Epidemiologia da distribuição e mortalidade por câncer vulvar no Brasil

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Juliana Arais Hocevar Kristoschek
Camille Moreira Baptista da Silva
Beatriz da Costa Rossi Ramos de Carvalho
Ana Estrela Melo
Luna Vitória Gondim Ferreira

Resumo

Objetivo: Revisar a epidemiologia brasileira de incidência e mortalidade por câncer vulvar entre 2013 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, epidemiológico e quantitativo sobre a neoplasia maligna da vulva no Brasil. Consideraram-se registros de janeiro de 2013 a dezembro de 2023, disponibilizados no Painel - Oncologia, SIH/SUS, SIM e DATASUS. Utilizou-se o programa Microsoft Office Excel para análises, apresentadas mediante estatística descritiva. Resultados: Foram notificados 9.259 casos, com aumento em 2018 e maior número em 2023 (1.411). A idade mais afetada foi de 60-69 anos (23,8%). A maior incidência ocorreu no Sudeste (47,6%) e a menor no Norte (3,9%). Quanto ao estadiamento, 16,6% dos casos foram diagnosticados no estágio 3, com muitos registros sem estadiamento específico. Sobre o tratamento, 33% das pacientes iniciaram em até 30 dias, sendo a modalidade cirúrgica predominante (35%). A mortalidade foi estável, com 4.274 óbitos, predominando naqueles acima de 80 anos e na Região Sudeste (55%). Conclusão: Apesar de a mortalidade ter se mantido constante, o aumento dos diagnósticos de câncer vulvar destaca a necessidade de políticas de saúde para prevenção, detecção precoce e incentivo à vacinação contra o HPV.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
KristoschekJ. A. H., SilvaC. M. B. da, CarvalhoB. da C. R. R. de, MeloA. E., & FerreiraL. V. G. (2024). Epidemiologia da distribuição e mortalidade por câncer vulvar no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(12), e18061. https://doi.org/10.25248/reas.e18061.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. BERENSON AB, et al. Vulvar Cancer Incidence in the United States and its Relationship to Human Papillomavirus Vaccinations, 2001-2018. Cancer Prevention Research, 2022; 15(11): 777-784.

2. BUCCHI L, et al. New Insights into the Epidemiology of Vulvar Cancer: Systematic Literature Review for an Update of Incidence and Risk Factors. Cancers, 2022; 14(2): 389.

3. BUGES NM, et al. Câncer de vulva nas regiões brasileiras entre os anos de 2018 e 2022. Cuadernos de Educación y Desarrollo, 2024; 16(1): 2731-2746.

4. CORRADO G e GARGANESE G. Leading New Frontiers in Vulva Cancer to Build Personalized Therapy. Cancers (Basel), 2022; 14(24): 6027.

5. GIANNINI A, et al. The giant steps in surgical downsizing toward a personalized treatment of vulvar cancer. Journal of obstetrics and gynaecology research, 2021; 48(3): 533-540.

6. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. 2016. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2021/diretrizes-brasileiras-para-o-rastreamento-cancer-colo-do-utero1.pdf. Acessado em: 30 de julho de 2024.

7. KAMOLRATANAKUL S e PITISUTTITHUM P. Human Papillomavirus Vaccine Efficacy and Effectiveness against Cancer. Vaccines, 2021; 9(12): 1413.

8. KESIĆ V, et al. Early Diagnostics of Vulvar Intraepithelial Neoplasia. Cancers, 2022; 14(7): 1822.

9. MACDUFFIE E, et al. Vulvar cancer in Botswana in women with and without HIV infection: patterns of treatment and survival outcomes. International Journal of Gynecological Cancer, 2021; 31(10): 1328-1334.

10. MALANDRONE F, et al. The Impact of Vulvar Cancer on Psychosocial and Sexual Functioning: A Literature Review. Cancers (Basel), 2021; 14(1): 63.

11. MERLO S. Modern treatment of vulvar cancer. Radiology and oncology, 2020; 54(4): 371–376.

12. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ministério da Saúde adota esquema de vacinação em dose única contra o HPV. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/abril/ministerio-da-saude-adota-esquema-de-vacinacao-em-dose-unica-contra-o-hpv#:~:text=N%C3%BAmero%20de%20doses%20aplicadas%20em,de%204%20milh%C3%B5es%20de%20doses. Acessado em: 31 de julho de 2024.

13. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota técnica Nº 41/2024 - CGICI/DPNI/SVSA/MS: Atualização das recomendações da vacinação contra HPV no Brasil. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2024/nota-tecnica-no-41-2024-cgici-dpni-svsa-ms. Acessado em: 30 de julho de 2024.

14. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Queda da cobertura vacinal contra o HPV representa risco de aumento de casos de cânceres evitáveis no Brasil. 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/queda-da-cobertura-vacinal-contra-o-hpv-representa-risco-de-aumento-de-casos-de-canceres-evitaveis-no-brasil. Acessado em: 30 de julho de 2024.

15. MOURA LL, et al. Cobertura da vacina papilomavírus humano (HPV) no Brasil: heterogeneidade espacial e entre coortes etárias. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2021; 24: E210001.

16. PAIVA KM, et al. Incidência de câncer nas regiões brasileiras e suas associações às Políticas de Saúde. Saúde e Pesquisa, 2021; 14(3): 533-542.

17. RYCHLIK A, et al. Sentinel lymph node in vulvar cancer. Chinese Clinical Oncology, 2021; 10(2): 19-19.

18. WAGNER MM, et al. History and Updates of the GROINSS-V Studies. Cancers (Basel), 2022; 14(8): 1956.

19. WILLIAMS A, et al. New Directions in Vulvar Cancer Pathology. Current oncology reports, 2019; 21(10): 88.

20. ZHOU WL e YUE YY. Trends in the Incidence of Vulvar and Vaginal Cancers With Different Histology by Race, Age, and Region in the United States (2001–2018). International Journal of Public Health, 2022; 67: 1605021.