Neoplasias encefálicas em populações pediátricas

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Isabella Larissa dos Santos Silva
Leônidas da Silva Neto
Daniel da Silva Borges
Yamara Gomes da Silva

Resumo

Objetivo: Investigar a literatura acerca dos possíveis fatores de risco associados com o desenvolvimento de tumores cerebrais em crianças e adolescentes. Métodos: Estudo de revisão integrativa realizado nas bases de dados LILACS e Pubmed. Foram utilizadas as palavras-chave “tumor cerebral”, “criança”, “adolescente”, “fator de risco”. Todas as palavras-chave foram pareadas utilizando o operador booleano AND. Resultados: Foram selecionados 10 estudos, sendo que sete estudos são de caso controle, 2 metanálises e uma revisão sistemática. As crianças apresentaram risco aumentado para tumor cerebral com as exposições ocupacionais maternas a solventes clorados em qualquer período antes do nascimento. Já a exposição paterna foi associada ao maior risco de desenvolvimento tumoral apenas no ano anterior à concepção e, foi atribuído especialmente ao benzeno. Foi observado ainda risco para o desenvolvimento de meduloblastoma e em crianças com peso elevado ao nascimento. Não foram observadas associações estatísticas significativas em relação ao desenvolvimento de ependimoma. Considerações finais: Este estudo fornece informações sobre a história dos tumores cerebrais na infância, demonstrando que, o início precoce ou, a exposição a pesticidas, solventes clorados, ao benzeno, a outros aromáticos e procedimentos radiológicos podem ser prejudiciais no período neonatal, sendo considerados fatores evitáveis.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SilvaI. L. dos S., Silva NetoL. da, BorgesD. da S., & SilvaY. G. da. (2024). Neoplasias encefálicas em populações pediátricas. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(12), e18119. https://doi.org/10.25248/reas.e18119.2024
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. ANDERSEN TV, et al. Patterns of exposure to infectious disease and social contacts in early life and risk of brain tumours in children and adolescents: na international case-control study (CEFALO). Br J Cancer, 2013; 108 (11): 2346-53.

2. ARGOLLO N e LESSA I. Associação de sinais e sintomas com neoplasias cerebrais na infância. Jornal de pediatria, 2000; 46(5): 1-7.

3. CHEN S, et al. Exposure to pyrethroid pesticides and the risk of childhood brain tumors in East China. Environ Pollut, 2016; 218: 1128-1134.

4. HARDER T, et al. Birth weight and subsequent risk of childhood primary brain tumors: a meta-analysis, 2008; 168(4): 366-73.

5. JOHNSON KJ, et al. Chilhood brain tumor epidemiology: A brain tumor epidemiology consortium review. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev, 2014; 23(12): 2716-2736.

6. KASHANI HRK, et al. Epidemiologic profile and outcome of primary pediatric brain tumors in iran: retrospective study and literature review. Childs Nerv Syst, 2022; 38: 353-360.

7. MAGALHÃES GA, et al. Análise epidemiológica, clínica e patológica de crianças com neoplasias do Sistema Nervoso Central tratadas com radioterapia no Instituto Nacional de Câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, 2023; 69(4): 1-9.

8. MILNE E, et al. Childhood and parental diagnostic radiological procedures and risk of childhood brain tumors. Cancer Causes Control, 2014; 25(3): 375-83.

9. MUSKENS IS, et al. Germline genetic landscape of pediatric central nervours system tumors. Neuro-oncology, 2019; 21(11): 1376-1388.

10. ONYIJE FM, et al. Risk factors for childhood brain tumours: A systematic review and meta-analysis of observational studies from 1976 to 2022. Cancer epidemiol, 2024; 88: 1-35.

11. OSTROM QT, et al. CBTRUS Statistical report: pediatric brain tumor foundation childhood and adolescente primary brain and other central nervours system tumors diagnosed in the United States in 2004-2018, 2022; 24(3): 1-38.

12. PETERS S, et al. Childhood brain tumours: associations with parental occupational exposure to solvents. Br J Cancer, 2014; 111(15): 998-1003.

13. PLANT-FOX AS, et al. Pediatric brain tumors: the era of molecular diagnostics, targeted and immune-based therapeutics, and a focus on long term neurologic sequelae. Current Problems in Cancer, 2021; 45(4): 1-17.

14. POLLACK IF, et al. Childhood brain tumors: current management, biological insights, and future directions. Journal of neurosurgery pediatrics, 2019; 23(3): 261-273.

15. RIOS L, et al. Avançando a idade dos pais e o risco de tumores sólidos em crianças: um estudo de caso controle no Peru. Revista de Oncologia, 2018; 1-10.

16. RONDINELLI PIP, et al. Tumores de células germinativas intracranianos na infância: avaliação de 14 casos. Arq. Neuro-psiquiatr, 2005; 63(3): 1-5.

17. ROSSO AL, et al. A case-control study of childhood brain tumors and fathers hobbies: a childrens oncology group study. Cancer Causes control, 2008; 19(10): 1201-7.

18. SCHMIDT LS, et al. Fetal growth, preterm birth, neonatal stress and risk for CNS tumors in children: a nordic population and register based case control study, 2010; 19(4): 1042-52.

19. SHEPPARD JP, et al. Risk of brain tumor induction from pediatric head CT procedures: A systematic Literature Review. Brain Tumor Res Treat, 2018; 6(1): 1-7.

20. STOCCO C, et al. Presentation and symptom interval in children with central nervours system tumors. A single-center experience. Childs Nerv Syst, 2017; 33: 2109-2116.

21. TEIXEIRA GM, et al. Tumor cerebral infantil: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2022; 14: 1-7.

22. VIENNEAU D, et al. A multionational case-control study on childhood brain tumours, anthropogenic factors, birth characteristics and prenatal exposures: A validation of intervier data. Cancer epidemiol, 2016; 40: 52-9.