Prevalência e fatores associados à polifarmácia entre idosos longevos institucionalizados
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Resumo
Objetivo: Verificar a prevalência e os fatores associados à polifarmácia em idosos longevos institucionalizados. Métodos: Trata-se de estudo transversal com 272 idosos, com idade igual ou superior a 80 anos, residentes em instituições de longa permanência para idosos. A variável dependente foi polifarmácia, definida como o uso concomitante de cinco ou mais medicamentos. As variáveis independentes incluíram informações sociodemográficas e de saúde. Utilizou-se a regressão de Poisson com variância robusta para avaliar o efeito das variáveis independentes em relação ao desfecho. Resultados: Dos entrevistados 78,4% faziam uso de polifarmácia. A polifarmácia esteve associada à possuir cardiopatia RP=1,13 (IC95% 1,01-1,27), história de acidente vascular encefálico RP=1,18 (IC95% 1,05-1,33), dor crônica RP= 1,17 (IC95% 1,04-1,31) e fazer uso de medicamento potencialmente inapropriado para idosos RP= 1,32 (IC95% 1,17-1,50), de medicamentos do grupo anatômico A (Aparelho digestivo e metabolismo) RP= 1,54 (IC95% 1,17-2,04), do grupo anatômico B (Sangue e órgãos hematopoiéticos) RP= 1,25 (IC95% 1,09-1,42), do grupo anatômico C (Aparelho cardiovascular) RP= 1,28 (IC95%1,03-1,59) e do grupo anatômico N (Sistema nervoso) RP= 1,29 (IC95% 1,06-1,59). Conclusão: a polifarmácia apresenta elevada prevalência entre idosos longevos institucionalizados e está associada aos grupos descritos acima.
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