A cobertura da triagem neonatal e as características sociodemográficas no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional da Saúde – 2019
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Resumo
Objetivo: Descrever as coberturas dos rastreamentos da triagem neonatal no Brasil, a partir dos dados da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), e correlacionar com variáveis sociodemográficas. Métodos: Pesquisa quantitativa e descritiva, para a qual utilizou-se uma subamostra de dados coletados pela PNS de 2019. Foram analisadas frequências absolutas e relativas, além de seus intervalos de confiança. As coberturas dos testes e o recebimento de resultados foram estimados, considerando os estratos demográficos de idade, raça/cor, renda, região e área. Diferenças de prevalência foram avaliadas pelo teste Qui-quadrado de Pearson, com significância de 5%. Resultados: Observou-se uma maior proporção de crianças negras, de baixa renda, residentes no Norte e Nordeste e em área urbana. A menor cobertura encontrada foi de 61,9% para o teste do coraçãozinho. Houve variação na cobertura em tempo preconizado e acesso aos resultados. Identificaram-se iniquidades na cobertura, no acesso em tempo preconizado e no acesso aos resultados. Menores coberturas foram associadas a raça/cor, renda, região e área de moradia. A cobertura para triagem neonatal completa foi de 49,1%. Conclusão: O acesso ao teste do pezinho foi superior aos demais. O estudo também revelou disparidades sociodemográficas na triagem neonatal no Brasil, destacando a urgência de fortalecer as políticas intersetoriais.
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