Avaliação da saúde e do autocuidado dos médicos: medidas para prevenção e tratamento
##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Avaliar o nível de preocupação dos médicos com sua própria saúde e as medidas de prevenção e tratamento tomadas por esses. Métodos: Trata-se de estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa, conduzido com 120 médicos de Belém do Pará, com aplicação de um questionário com 16 perguntas. Os dados obtidos foram cruzados no Bioestat. 5.3. Resultados: A maioria relatou manter boa frequência de sono (41,6%), 74,1% realizam atividades físicas semanais e apenas 9,1% relataram alimentação inadequada. 49 participantes relataram ter diagnóstico de transtorno mental e 19 o uso de pelo menos uma droga psicoativa. Os graduados apresentaram maiores problemas de saúde mental (p. <.001), 47,5% relata automedicação recorrente e 71,6% uma baixa frequência ou não realiza consultas formais com outros médicos. Conclusão: As mulheres têm mais horas de sono, fazem mais exames de rotina e consultas formais. Entretanto, são a maioria com diagnósticos de transtornos mentais e, até os 30 anos, as que mais fazem uso de drogas psicoativas. Desse modo, avalia-se que o autocuidado do médico está sendo tomado, mas precisa ser alvo de investimento por cada profissional, já que há desigualdade entre gêneros, idades e áreas de atuação.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. CNSM. COMISSÃO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL. Declaração de consenso igualmente boa: Melhorar a saúde física e o bem-estar das pessoas que vivem com doenças mentais na Austrália, Sydney, NSW: NMHC, 2016.
3. DYRBYE LN, et al. Burnout and Suicidal Ideation among U.S. Medical Students, Annals Of Internal Medicine, 2008; 149(5).
4. DYRBYE LN, et al. Physician satisfaction and burnout at different career stages, Mayo Clin Proc, 2013; 88(12): 1358-1367.
5. ESTRELA Y, et al. Estresse e correlatos com características de saúde e sociodemográficas de estudantes de medicina, CES Med, Medellín, 2018; 32(3): 215-225.
6. FEIJÓ DH, et al. Dilemas e frustrações do estudante de medicina: estudo transversal, Pará Research Medical Journal, Editora Cubo, 2017; 1(3).
7. FOC. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Saúde mental e atenção psicossocial na pandemia Covid-19: orientação aos trabalhadores dos serviços de saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2020.
8. FONSECA LANS, et al. A importância do sono nas diversas fases da vida: uma revisão da literatura, Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria, 2020; 24(3): 268-282.
9. GRACINO ME, et al. A saúde física e mental do profissional médico: uma revisão sistemática, Saúde em Debate, 2016; 40(110): 244-263.
10. HIANY N, et al. Perfil Epidemiológico dos Transtornos Mentais na População Adulta no Brasil: uma revisão integrativa, Rev. Enferm. Atual In Derme, 2020; 86(24).
11. KERR-CORRÊA F, et al. Uso de álcool e drogas por estudantes de medicina da Unesp, Revista Brasileira de Psiquiatria, Editora Scientific, 1999; 21(2): 95-100.
12. LACRUZ SP, et al. Fatores relacionados à probabilidade de sofrer problemas de saúde mental em profissionais de emergência, Revista Latino-Americana de Enfermagem, FapUNIFESP (SciELO), 2019; 27.
13. LANE MM, et al. Ultraprocessed food and chronic noncommunicable diseases: A systematic review and meta-analysis of 43 observational studies, Obes. Rev, 2021; 22: 13146.
14. MACHADO MH. Os médicos no Brasil: um retrato da realidade, Rio de Janeiro: Fiocruz, 1997.
15. MALHI GS, et al. Diretrizes de prática clínica do Royal Australian and New Zealand College of Psychiatrists para transtorno de humor, Aust NZJ Psiquiatria, 2015; 49(1): 1–185.
16. MARTINS M de A. Check-up do check-up, Revista da Associação Médica Brasileira, 2005; 51(3): 121.
17. MONTEIRO PC, et al. A sobrecarga do curso de Medicina e como os alunos lidam com ela, Brazilian Journal Of Health Review, 2019; 2(4): 2998-3010.
18. MOREIRA HAA, et al. Síndrome de Burnout em médicos: uma revisão sistemática, Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, FapUNIFESP (SciELO), 2018; 43: 1-11.
19. NOGUEIRA-MARTINS LA e NOGUEIRA-MARTINS MCF. O exercício atual da medicina e a relação médico-paciente, Rev Bras Clin Terap, 1998; 24(2): 59-64.
20. OLIVEIRA AMG, et al. Prevalência da Síndrome de Burnout em estudantes da graduação de medicina, Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2021; 13(2).
21. PETTRES AA e ROS MA. A determinação social da saúde e a promoção da saúde. Arquivos Catarinenses de Medicina: Associação Medica Brasileira, 2018; 3(47): 183-196.
22. PIERANTONI CR, et al. Rotatividade da força de trabalho médica no Brasil, Saúde Debate, 2015; 39(106): 637-647.
23. POPA F, et al. Occupational burnout levels in emergency medicine - a stage 2 nationwide study and analysis, J Med Life, 2010; 3(4): 449-453.
24. SANTANA C. Saúde mental: depressão, ansiedade e estresse de estudantes de pré-vestibular para o curso de medicina. Universidade Federal da Fronteira Sul, Passo Fundo, 2019; 1-45.
25. SANTOS AC, et al. The Cost of Inaction on Physical Inactivity to Healthcare Systems, Ssrn Electronic Journal, 2022.
26. SILVA AJF, et al. Hipocrisia na medicina: a incoerência entre o autocuidado falho e a necessidade do cuidado ao próximo. O Impacto da Covid-19 Sob Análise de Futuros Médicos em Formação, Editora Poison, 2022.
27. SOARES AB e MARTINS JSR. Ansiedade dos estudantes diante da expectativa do exame vestibular. Paidéia (Ribeirão Preto), FapUNIFESP, 2010; 20(45): 57-62.
28. SOUZA PCG de O. A relação do estresse e ansiedade no processo de compulsão alimentar e seus impactos na saúde do paciente adulto, Trabalho de conclusão de curso em Nutrição. Unopar, Rio das Ostras. 2022; 46.
29. TORRES AR, et al. Inserção, renda e satisfação profissional de médicos formados pela Unesp, Revista Brasileira de Educação Médica, 2012; 36(1): 32-40.
30. VAN WIETMARSCHEN H, et al. Effects of mindfulness training on perceived stress, self compassion, and self-reflection of primary care physicians: a mixed-methods study, Bjgp Open, Royal College of General Practitioners, 2018; 2(4).
31. WOLF MR e ROSENSTOCK JB. Inadequate Sleep and Exercise Associated with Burnout and Depression Among Medical Students. Academic Psychiatry, Springer Science and Business Media LLC, 2016; 41(2): 174-179.
32. ZAMBELO R, et al. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, USP, 2018.