Incapacidades físicas de pessoas com hanseníase
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Resumo
Objetivo: Identificar as incapacidades físicas de pessoas que tiveram hanseníase. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo exploratório, com abordagem quantitativa, referentes aos achados de exames dermatoneurológicos realizados em um grupo de 20 pessoas com sequelas de hanseníase em um ex-hospital colônia no estado do Piauí. Os exames foram realizados no período de junho a setembro de 2023, utilizando dois instrumentos: o Formulário para Avaliação Neurológica Simplificada e Classificação do Grau de Incapacidade Física em Hanseníase e o Questionário de Suspeição de Hanseníase. Resultados: Os participantes foram majoritariamente do gênero masculino (85%), com faixa etária média de 64 anos e grau 2 de incapacidade física (75%). Os pacientes apresentavam sequelas da doença, como lagoftalmo, garras, atrofia muscular, lesões tróficas e traumáticas, reabsorção óssea e acuidade visual prejudicada. Pés (65%) e olhos (75%) foram os segmentos mais comprometidos, enquanto dormências nas mãos e pés (75%) e formigamento (60%) foram as alterações sensitivas predominantes. Conclusão: As incapacidades físicas geraram prejuízos à qualidade de vida de pessoas com hanseníase, realçando as limitações nas atividades cotidianas. Ressalta-se a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, visando prevenir sequelas e promover a saúde física e mental.
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