Análise epidemiológica da doença de Chagas aguda nas 13 regiões de saúde do Estado do Pará entre os anos de 2017 e 2021
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Resumo
Objetivo: Analisar os indicadores epidemiológicos, incidência, mortalidade e letalidade nas 13 Regiões de Saúde do Pará sobre a Doença de Chagas Aguda entre 2017 e 2021. Métodos: Estudo ecológico, descritivo, retrospectivo, transversal e quantitativo com estatística inferencial. Resultados: Observou-se 1.225 casos em 11 regiões de saúde no Pará no período analisado, cujas regiões prevalentes foram Tocantins e Metropolitana I. Verificou-se associação estatística relevante entre as regiões de saúde e as variáveis epidemiológicas propostas, excetuando-se sexo. A forma de infecção oral, mais notificada no segundo semestre e com pico em setembro, foi a mais prevalente. O ano de maior notificação foi 2017, cujas regiões de maior prevalência foram Marajó I e II. Em 2019, foi registrada a maior letalidade (2,34) e mortalidade (0,08), assim como correlação significativa entre esses indicadores e os aglomerados subnormais. Conclusão: A alta notificação no segundo semestre, com maior expressividade em Tocantins e Metropolitana I, foi associada ao período de safra do açaí, com principais variáveis epidemiológicas associadas sendo faixa etária, etnia e modo de infecção provável. Destaca-se que o estudo teve limitação pela análise por regiões de saúde, apresentando possível viés de notificação.
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