Uso da hemoglobina glicada no diagnóstico do diabetes gestacional

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Eduarda Carnevale Villanova Andrade
Hilda Júlia Afonso Barboza Domingos
Júlia Ellen da Silva Sandy
Larissa Maria Soares de Araújo
Raíssa Andreina Vieira Pedra
Julia Gabetto Nascimento
André Luís Canuto
Juliana Barroso Zimmermmann

Resumo

Objetivo: Avaliar a importância da hemoglobina glicosilada (HbG) para o diagnóstico de diabetes mellitus gestacional. Métodos: Foram identificadas 43 pacientes com diagnóstico de hiperglicemia na gravidez, sendo 5 casos de diabetes prévio (diabetes diagnosticado na gravidez) e 37 casos de diabetes mellitus gestacional.  Todas as pacientes foram submetidas à dosagem de HbA1c pela técnica de cromatografia de alta performance (HLPC). Considerou-se p< 0,05. Resultados: A média de idade das pacientes foi de 30,8 + 5,97 anos, com valores mínimo de 19 e máximo de 42 anos. A média de gestações, partos e abortos foi de 2,17 + 1,59, 1,49 + 1,28 e 0,37 + 0,92, respectivamente. Quando se avaliou a hemoglobina glicada, identificou-se média de 5,92 + 0,94 g/dl. A associação dos valores da HbG com o diagnóstico de hiperglicemia na gravidez feito glicemia de jejum ou teste de sobrecarga com 75g de dextrosol (TS75g) não foi significativa, já que as médias de HbG não foram diferentes (p>0.05). A regressão logística não mostrou boa correlação entre os níveis de hemoglobina glicada e o diagnóstico de diabetes gestacional (p>0,05), exceto para os casos de diabetes prévio (p<0,05). Conclusão: A hemoglobina glicada não deve ser utilizada para o diagnóstico de diabetes gestacional isoladamente.

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Como Citar
AndradeE. C. V., DomingosH. J. A. B., SandyJ. E. da S., AraújoL. M. S. de, PedraR. A. V., NascimentoJ. G., CanutoA. L., & ZimmermmannJ. B. (2025). Uso da hemoglobina glicada no diagnóstico do diabetes gestacional. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e18410. https://doi.org/10.25248/reas.e18410.2025
Seção
Artigos Originais

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