Influência da pandemia da COVID-19 no perfil clínico dos prematuros
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Resumo
Objetivo: Analisar a influência da pandemia da COVID-19 no perfil clínico dos prematuros nascidos em um hospital público, entre 2019 e 2023. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional e quantitativo. Foram analisados 2.158 nascimentos prematuros. Resultados: Em 2021 ocorreram 22% do total de partos observados nesse intervalo de 5 anos. A maioria dos prematuros foram do sexo masculino (53,3%) (p=0,027); estavam com baixo peso (47,6%), sendo mais prevalente em 2023 (54,2%); extremo baixo peso em 2023 (10,6%); muito baixo peso em 2022 (14,4%) (p=0,001). Quanto ao Capurro houve prevalência de prematuridade moderada/tardia em 84,2% dos casos. Nascidos antes da 28ª semana foram 11,5% em 2022. Em relação ao APGAR no quinto minuto 82,8% dos prematuros obtiveram valor ≥7 em todos os anos do estudo. Em 2019 foram 85,5% dos nascimentos, e o APGAR<7 foi em 2020 (20,7%) (p=0,014). A maioria dos prematuros (44,4%) foram direcionados para o alojamento conjunto. Em 2019 41,8% dos prematuros foram destinados à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, e esse número caiu em 2020 e nos demais anos (p≤0,0001). Conclusão: A pandemia impactou significativamente nas gestações e no perfil clínico dos prematuros. Aspectos relacionados à prematuridade e ao período pandêmico merecem mais investigação.
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