Fatores associados ao desenvolvimento da Doença do Refluxo Gastroesofágico em universitários do interior da Amazônia
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Determinar os fatores de risco de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) prevalentes nos estudantes de uma universidade no interior da Amazônia. Métodos: Estudo observacional, descritivo e quantitativo realizado na Universidade do Estado do Pará (UEPA) via questionário eletrônico. Resultados: Obtiveram-se 183 respostas. A prevalência foi do sexo feminino (53,6%), pardos (58,46%), com idade de 18 a 20 anos (45,35%). A maioria (38,3%) cursa medicina, 94% têm o curso em tempo integral. 13,1% têm diagnóstico da doença. Quanto ao Índice de Massa Corporal (IMC), 25,6% estão em sobrepeso e 6,01% em obesidade tipo I. 76% consomem no mínimo 1 copo de café por dia, 60,7% consomem bebidas alcóolicas socialmente e 3,3% fumam cigarros eletrônicos. 46% utilizam Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs) todos os meses e 38,8% têm sono inadequado. 32,8% não praticam exercícios físicos. A média de estresse percebido foi de 22,3 e a média feminina foi mais elevada (24,8). Conclusão: O sono insuficiente, o consumo de bebidas alcoólicas e de café e o nível de estresse elevado são fatores de risco para a DRGE predominantes em universitários. Novos estudos são necessários para esclarecer a relação entre este estilo de vida e o desenvolvimento de DRGE.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BINDU S, et al. “Non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) and organ damage: A current perspective.” Biochemical pharmacology, 2020; 180: 114-147.
3. BRASIL. Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística (IBGE). Censo Brasileiro. 2022. Rio de Janeiro. 2023. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/pt/censo-2022-inicio.html?lang=pt-BR. Acessado em 05 de janeiro de 2024.
4. CHEN S, et al. Is alcohol consumption associated with gastroesophageal reflux disease? J Zhejiang Univ sci b, 2010; 11(6):423-8.
5. COHEN S, et al. Perceived Stress Scale. J Health Soc Behav, 1983; 24(4):385-96.
6. COHEN S. Contrasting the Hassles Scale and the Perceived Stress Scale: Who's really measuring appraised stress? American Psychologist, 1986; 41(6): 716–718.
7. CORONEL MA, et al. The efficacy of the different endoscopic treatments versus sham, pharmacologic or surgical methods for chronic gastroesophageal reflux disease: a systematic review and meta-analysis. Arq. gastroenterol, 2018; 55: 296-305.
8. EMILSSON OI, et al. Insufficient sleep and new onset of nocturnal gastroesophageal reflux among women: a longitudinal cohort study. J clin sleep med, 2022; 18(7):1731–1737.
9. FARO A. Análise fatorial confirmatória das três versões da Perceived Stress Scale (PSS): um estudo populacional. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2015; 28(1): 21–30.
10. FRANKE A, et al. The effect of ethanol and alcoholic beverages on gastric emptying of solid meals in humans. Alcohol and alcoholism (Oxford, Oxfordshire), 2005; 40(3): 187–193.
11. FREITAS LM, et al. Estilos de vida associado a faixa etária de acadêmicos da Universidade Federal de Rondonópolis, MT. Biodiversidade, 2019; 18(1): 129-149.
12. GOLDMAN N, et al. Perceived stress and physiological dysregulation in older adults. Stress, 2005; 8(2): 95-105.
13. GONÇALVES ARN, et al. Doença do Refluxo Gastroesofágico: artigo de revisão. Revista Médica de Minas Gerais, 2005; 15(3): 192-5.
14. HALLAN A, et al. Risk factors on development of new-onset gastroesophageal reflux symptoms. A population-based prospective cohort study: The HUNT Study. Amer J Gastroenterol, 2015; 110: 393-400.
15. LEVY RL, et al. Psychosocial Aspects of the Functional. Gastrointestinal Disorders. Gastroenterology, 2006; 130: 1447–1458.
16. MARTINUCCI I, et al. Gastroesophageal reflux symptoms among Italian university students: epidemiology and dietary correlates using automatically recorded transactions. BMC Gastroenterol, 2018; 18(1): 116.
17. MEIRA ATS, et al. Clinical and endoscopic evaluation in patients with gastroesophageal symptoms. Arquivos De Gastroenterologia, 2019; 56(1): 51–54.
18. NEHLIG A. Effects of Coffee on the Gastro-Intestinal Tract: A Narrative Review and Literature Update. Nutrients, 2022; 14: 399.
19. NIRWAN JS, et al. Global prevalence and risk factors of gastro-oesophageal reflux disease (gord): systematic review with meta-analysis. Sci reports, 2020; 10: 5814-5826.
20. OGA S, et al. Fundamentos de toxicologia. 4nd ed. São Paulo: Atheneu, 2008; 704p.
21. OLADOSU FA, et al. Nonsteroidal antiinflammatory drug resistance in dysmenorrhea: epidemiology, causes, and treatment. American journal of obstetrics and gynecology, 2018; 218(4): 390–400.
22. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Guidelines on physical activity and sedentary behaviour: at a glance. Genebra. 2020. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240015128. Acessado em 05 de janeiro de 2024.
23. PIRES AMFS, et al. Qualidade de Vida de Acadêmicos de Medicina: Há Mudanças durante a Graduação? Revista Brasileira De Educação Médica, 2020; 44 (4): e124.
24. REIS RS, PETROSKI EL. Relibity and validity of the Brazilian version of the perceived stress scale. Preventive Medicine (In Press), 2004; 15(1):107-14.
25. REMOR E. Psychometric properties of a European Spanish version of the Perceived Stress Scale (PSS). Spanish Journal of Psychology, 2006; 9(1): 86-93.
26. SAWAH MA, et al. Perceived Stress and Coffee and Energy Drink Consumption Predict Poor Sleep Quality in Podiatric Medical Students: A Cross-sectional Study. Journal of the American Podiatric Medical Association, 2015; 105(5): 429–434.
27. SCHEY R, et al. Sleep Deprivation Is Hyperalgesic in Patients With Gastroesophageal Reflux Disease. Gastroenterology, 2007; 133: 1787-95.
28. SOUSA CC, ARAÚJO TM. Qualidade de Vida de Acadêmicos de Medicina. Rev Bras Saude Ocup, 2024; 44(04): e124.
29. TARASZEWSKA A. Risk factors for gastroesophageal reflux disease symptoms related to lifestyle and diet. Roczniki Panstwowego Zakladu Higieny, 2021; 72(1): 21-28.
30. VIEIRA VCR, et al. Perfil socioeconômico, nutricional e de saúde de adolescentes recém-ingressos em uma universidade pública brasileira. Revista De Nutrição, 2002; 15(3): 273–282.
31. WADALLA NJ. Personal, academic and stress correlates of gastroesophageal reflux disease among college studentsin southwestern Saudi Arabia: A cross-section study, Annals of Medicine and Surgery; 2019; 47: 61-65.
32. WRIGHT CE, et al. O efeito do estresse psicológico na gravidade e percepção dos sintomas em pacientes com refluxo gastroesofágico. J Psicosom Res, 2005; 59: 415–424.
33. YUAN S, LARSSON SC. Adiposity, diabetes, lifestyle factors and risk of gastroesophageal reflux disease: a Mendelian randomization study. Eur J Epidemiol, 2022; 37: 747–754.
34. ZHENG Z, et al. Lifestyle factors and risk for symptomatic gastroesophageal reflux in monozygotic twins. Gastroenterol, 2007; 132: 87-95.