Profilaxia do HIV em recém-nascidos: necessidade de adesão, monitoramento e práticas multidisciplinares
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Resumo
Objetivo: Avaliar a conformidade dos protocolos de profilaxia do HIV em recém-nascidos e a atuação da equipe interdisciplinar no acompanhamento clínico. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado em um Hospital de referência materno-infantil em Belém do Pará, abrangendo 87 recém-nascidos expostos ao HIV, nascidos entre outubro de 2023 e março de 2024. Foram coletados dados referentes à prescrição de antirretrovirais, adesão ao protocolo e orientações aos cuidadores, com análise estatística realizada através do software BioEstat 5.4. Resultados: Descreveram que 85,1% dos esquemas profiláticos seguiam as diretrizes do Ministério da Saúde, e 19,5% exigiram intervenção junto as equipes médica e de enfermagem. Todos os pacientes receberam Zidovudina, e 79,3% receberam Lamivudina. Apesar disso, foi identificada uma taxa significativa de subnotificação de neonatos (36,8%) e uma preocupante lacuna na orientação farmacêutica, com 43,7% dos responsáveis sem receber as orientações adequadas. Conclusão: A importância da integração da equipe interdisciplinar e da educação farmacêutica para o sucesso da profilaxia do HIV. No entanto, as lacunas observadas na notificação e orientação sugerem a necessidade de melhorias nessas áreas para garantir a eficácia do tratamento e prevenção da transmissão vertical do HIV.
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