Iniciação sexual de adolescentes escolares no Brasil

##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##

PDF
Publicado Jan 31, 2025
DOI https://doi.org/10.25248/reas.e18602.2025

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Maria Cristina Paiva Paraguassu
Programa de Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Estadual do Piauí
Alberto Pereira Madeiro
Universidade Estadual do Piauí

Resumo

Objetivo: Analisar a iniciação sexual dos adolescentes escolares no Brasil. Métodos: Realizou-se estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2019. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas, comportamentais, orientações recebidas na escola e questões relacionadas aos serviços de saúde. Empregou-se a regressão de Poisson, com cálculo da razão de prevalência ajustada (RPaj) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: A prevalência de iniciação sexual foi de 31,1%. Observou-se idade média de iniciação de 13,76 anos (sexo masculino: 13,42 anos; sexo feminino: 14,29 anos). Houve maior prevalência de iniciação sexual entre adolescentes do sexo masculino (RPaj=1,66; 1,59;1,73), de 16 a 17 anos (RPaj=1,13; 1,11;1,14), de escolas públicas (RPaj=1,04; IC95% 1,03;1,05), habitantes da região Norte (RPaj=1,04; 1,03;1,06), que usavam álcool (RPaj=1,10; 1,08;1,11), cigarro (RPaj=1,12; 1,11;1,14) e drogas ilícitas (RPaj=1,18; IC95%1,16;1,20), que se envolveram em brigas nos últimos 30 dias (RPaj=1,06; 1,04;1,08) e que já sofreram violência sexual (RPaj=1,33; 1,31;1,36). Conclusão: Cerca de 1/3 dos adolescentes informaram já ter iniciado a vida sexual, com idade média de início mais baixa entre os rapazes. Fatores sociodemográficos, comportamentais e do contexto familiar apresentaram associação com a iniciação sexual.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
ParaguassuM. C. P., & MadeiroA. P. (2025). Iniciação sexual de adolescentes escolares no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e18602. https://doi.org/10.25248/reas.e18602.2025
Edição
v. 25 (2025): Revista Eletrônica Acervo Saúde (ISSN 2178-2091) | Volume 25 | 2025
Seção
Artigos Originais

Copyright © | Todos os direitos reservados.

A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.

Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.

Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.

Referências

1. BELLIS MA, et al. Sexual uses of alcohol and drugs and the associated health risks: a cross-sectional study of young people in nine European cities. BMC Public Health, 2008; 8(1): 1-11.

2. BIELENKI CRZ, et al. Sexualidade na adolescência em tempos de AIDS: um estudo com escolares. Aletheia, 2019; 52(2): 135-146.

3. BORGES ALV, et al. ERICA: início da vida sexual e contracepção em adolescentes brasileiros. Revista de Saúde Pública, 2016; 50(1): 15.

4. BRASIL. 2022. In: Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de HIV/Aids. Disponível em: https ://www.gov.br/aids/ptbr/centraldeconteudo/boletinsepidemiologicos/2022/hivaids/boletim_hiv_aids_-2022_internet_31-01-23.pdf/view. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília, DF. Acesso em: 21 mar. 2023.

5. BRAVERMAN PKD. Sexually transmitted diseases in adolescents. Medical Clinics of North America, 2000; 84: 869-889.

6. BRILHANTE AVM, CATRIB AMF. Sexualidade na adolescência. Femina, 2011; 39(10): 504-509.

7. CASTRO LC, et al. Prevalência e fatores associados à iniciação sexual em adolescentes escolares do Piauí, 2015. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2023; 32(1): 2022612.

8. COSTA SF et al. Vulnerabilidades sociais e iniciação sexual entre 10 e 14 anos em estudantes do município do Rio de Janeiro, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 2022; 27: 2763-2776.

9. CRUZ MS, et al. Perfil socioeconômico, demográfico, cultural, regional e comportamental da gravidez na adolescência no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, 2016; 46: 243-266.

10. CUSTÓDIO AV, LIMA RP. O contexto da violência sexual contra crianças e adolescentes. Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas, 2023; 11(2): 48-72.

11. DITTUS PJ, et al. Parental monitoring and its associations with adolescent sexual risk behavior: a meta-analysis. Pediatrics, 2015; 136(6): 1587-1599.

12. DOMINGUES CSB, et al. Protocolo brasileiro para infecções sexualmente transmissíveis 2020: vigilância epidemiológica. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2021; 30: 2020549.

13. FELISBINO-MENDES MS, et al. Análise dos indicadores de saúde sexual e reprodutiva de adolescentes brasileiros, 2009, 2012 e 2015. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2018; 21(1): 180013.

14. FURLANETTO MF, et al. Educação sexual em escolas brasileiras: revisão sistemática da literatura. Cadernos de Pesquisa, 2018; 48: 550-571.

15. GONÇALVES H, et al. Início da vida sexual entre adolescentes (10 a 14 anos) e comportamentos em saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2015; 18(1): 25-41.

16. KANN L, et al. Youth risk behavior surveillance - United States, 2015. MMWR Surveillance Summaries, 2018; 65(6): 1-174.

17. KEBEDE N, et al. Prevalence and associated factors of early initiation of sexual intercourse among youth in Ethiopia: systematic review and meta-analysis. BMC Public Health, 2023; 23(1): 2072.

18. KUSHAL SA, et al. Regional and sex differences in the prevalence and correlates of early sexual initiation among adolescents aged 12–15 years in 50 countries. Journal of Adolescent Health, 2022; 70(4): 607-616.

19. LINS LS, et al. Análise do comportamento sexual de adolescentes. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 2017; 30(1): 47-56.

20. MALTA DC, et al. Prevalência de exposição às situações de violência vividas por estudantes adolescentes brasileiros. Revista Mineira de Enfermagem, 2022; 26: 1458.

21. MOREIRA GBC, et al. Adolescentes e infecções sexualmente transmissíveis: comportamentos de risco e fatores contextuais que contribuem para o aumento da incidência no Brasil. Revista Interdisciplinar Ciências Médicas, 2021; 5: 59-66.

22. OLIVEIRA NP, et al. Sexualidade na adolescência: um estudo com escolares da cidade de Manaus/AM. Aletheia, 2014; 43: 129-146.

23. OLIVEIRA-CAMPOS M, et al. Comportamento sexual em adolescentes brasileiros, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012). Revista Brasileira de Epidemiologia, 2014; 17: 116-130.

24. PEREIRA D e FERREIRA E. Uso do preservativo masculino por adolescentes no início da vida sexual. Adolescência e Saúde, 2012; 9: 37-44.

25. REIS GB, et al. Supervisão dos pais e comportamento sexual entre adolescentes brasileiros. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2023; 26: 230013.

26. REIS LF, et al. Factors associated with early sexual initiation and unsafe sex in adolescents: substance use and parenting style. Journal of Adolescence, 2020; 79: 128-135.

27. SANTOS FM e PAZELLO ET. O impacto da gravidez precoce sobre os resultados econômicos e sociais das adolescentes brasileiras. Encontro Nacional De Economia, 2012; 40: 1-20.

28. SANTOS MJ, et al. Prevalência de violência sexual e fatores associados entre estudantes do ensino fundamental–Brasil, 2015. Ciência & Saúde Coletiva, 2019; 24: 535-544.

29. SASAKI RSA, et al. Prevalência de relação sexual e fatores associados em adolescentes escolares de Goiânia, Goiás, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 2015; 20(1): 95-104.

30. SZUCS LE, et al. Condom and contraceptive use among sexually active high school students — Youth Risk Behavior Survey, United States, 2019. MMWR Supplements, 2020; 69(1): 11.

31. VIEIRA KJ, et al. Início da atividade sexual e sexo protegido em adolescentes. Escola Anna Nery, 2021; 25(3): 20200066.

32. WHO. WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. 2020. In: Global status report on preventing violence against children 2020: executive summary. Disponível em: https ://iris.who.int/bitstream/handle/10665/332395/9789240006379eng.pdf?sequene=1. Acesso em: 30 jan. 2024.

33. WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. 2022. In: Adolescent health. Disponível em: https ://www.who.int/health-topics/adolescent-health#tab=tab_1. Acesso em: 10 fev. 2023.