A evolução da Doença de Chagas aguda na região Oeste da Bahia: análise clínica e epidemiológica de uma década (2014-2023)
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Resumo
Objetivo: Conhecer os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença de Chagas aguda na região Oeste do estado da Bahia. Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa, que utilizou dados secundários coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde, considerando o número de casos notificados no período de 2014 a 2023. Resultados: Observou-se variação significativa no número de casos de doença de Chagas ao longo dos anos, com picos de incidência em 2017 e aumentos constantes nos últimos anos. A via vetorial foi a principal forma de infecção. A maioria dos pacientes apresentava sintomas como febre persistente, astenia e edema de face/membros, enquanto a meningoencefalite foi menos comum. A região Oeste da Bahia apresentou uma incidência relativamente baixa de casos ao longo dos anos, com variações significativas. Em 2015, houve um pico de 18 casos, enquanto nos demais anos a variação foi entre 0 e 12 casos. Conclusão: A elevada taxa de confirmação laboratorial e o predomínio de casos sintomáticos destacam a necessidade de medidas contínuas de vigilância e intervenção. A integração de estratégias de controle e a promoção de políticas públicas eficazes são essenciais para o manejo da doença na região.
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