Cirurgias ambulatoriais de pequeno porte: perfil epidemiológico dos pacientes e uso da classificação ASA na predição de complicações cirúrgicas
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia ambulatorial de pequeno porte e analisar a relação entre a classificação ASA e complicações pós-operatórias Métodos: Estudo observacional e quantitativo realizado com pacientes atendidos em ambulatório acadêmico, entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024. Estatísticas descritivas, incluindo valores médios e medianos, foram empregadas para análise dos dados. Para avaliar a associação da classificação ASA e complicações pós-operatórias foi aplicado o Teste Exato de Fisher. Resultados: O estudo avaliou 70 pacientes submetidos à cirurgia ambulatorial, em unidade ambulatorial acadêmica tipo I. Homens e mulheres apresentaram distribuição próxima e mais de setenta por cento dos participantes registraram pelo menos uma comorbidade. A maioria dos pacientes (45,71%) estava na faixa etária de 60 anos e mais. Encontrou-se maior prevalência de lesões não neoplásicas e, dentre as neoplásicas, a maioria recebeu o diagnóstico de carcinoma basocelular. A classificação ASA não apresentou uma correlação significativa com complicações pós-operatórias (IC 95%; p = 0,5509). Conclusão: Cirurgias ambulatoriais de pequeno porte, em unidade ambulatorial tipo I, podem ser realizadas com bons resultados e pequenos índices de complicação pós-operatória, em pacientes idosos e com comorbidades controladas. Todavia o pequeno tamanho da amostra requer estudos com populações maiores.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BRASIL. Ministério da Educação. 2015. Diretrizes curriculares nacionais para o curso de medicina, 2015. Disponível em: http ://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/Med.pdf .
3. CORTEZ ACL, et al. Aspectos gerais sobre a transição demográfica e epidemiológica da população brasileira. Enferm Bras, 2019; 18(5): 700-9.
4. CUKIERMAN DS, et al. Enhanced recovery protocols for ambulatory surgery. Best Pract Res Clin Anaesthesiol, 2023; 37(3): 285-303.
5. FITZ-HENRY J. The ASA classification and peri-operative risk. The Annals of The Royal College of Surgeons of England, 2011; 93(3): 185-187.
6. FOLEY C, et al. American Society of Anesthesiologists Physical Status Classification as a reliable predictor of postoperative medical complications and mortality following ambulatory surgery: an analysis of 2,089,830 ACS-NSQIP outpatient cases. BMC Surg, 2021; 21: 253.
7. GOSWAMI P, et al. Histopathology spectrum of skin lesions in teaching institution. Journal of family medicine and primary care, 2022; 11(8): 4610–4613.
8. HANSEN J, et al. Management of ambulatory anesthesia in older adults. Drugs Aging, 2020; 37(12): 863-874.
9. KEN KM, et al. Postoperative Infections in Dermatologic Surgery: The Role of Wound Cultures. Dermatol Surg, 2020; 46(10): 1294-1299.
10. MAYHEW D, et al. A review of ASA physical status - historical perspectives and modern developments. Anaesthesia, 2019; 74(3): 373-379.
11. MONTEIRO GT, et al. Cirurgia ambulatorial em hospital escola na perspectiva do paciente. Sustinere, 2022; 9(2): 675-84.
12. NAZAR JC, et al. Cirugía ambulatoria: selección de pacientes y procedimientos quirúrgicos. Rev Chil Cir., 2015; 67(2): 207-213.
13. OLIVEIRA MR, et al. A atualidade da cirurgia ambulatorial. Rev bras educ med. 1985; 9(1): 52–4.
14. PURIM KSM, et al. Basic skills for outpatient surgery in medical graduation. Rev Col Bras Cir, 2015; 42(5): 341–4.
15. PURIM KSM, et al. Checklist de segurança no ensino de cirurgia ambulatorial. Rev Col Bras Cir, 2019; 46(3): 20192197.
16. R CORE TEAM R. In: A Language and Environment for Statistical Computing. R Foundation for Statistical Computing. Vienna, Austria. Disponível em: https ://www.R-project.org/. Acesso em: 2 fev. de 2024.
17. RAJAN N, et al. Patient Selection for Adult Ambulatory Surgery: A Narrative Review. Anesth Analg., 2021;133(6):1415-1430.
18. SANTOS JS, et al. Cirurgia ambulatorial: do conceito à organização de serviços e seus resultados. Medicina (Ribeirão Preto), 2008; 41(3): 274–286.
19. SOUSA IMM, et al. A importância da classificação asa nos desfechos cirúrgicos: um artigo de revisão. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 2024; 6(6): 2179–2192.
20. YOUNG S, et al. Safety considerations with the current ambulatory trends: more complicated procedures and more complicated patients. Korean journal of anesthesiology, 2023; 76(5): 400–412.