Avaliação da depressão no puerpério imediato e tardio

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Ana Carolina Proxedes de Castro
Acsa Gabriela dos Reis Silva
Ana Clara Pereira Abrantes Couy
Kríscia Lúcia da Cruz
Valéria Gomes Ventura
Vitória Helena Carvalho Furtado de Mendonça
Juliana Barroso Zimmermmann

Resumo

Objetivo: Avaliar a frequência de depressão pós-parto em puérperas atendidas em puerpério recente e tardio. Métodos: Foram estudadas 99 puérperas atendidas em puerpério recente e tardio para avaliação de sintomas de depressão pós-parto. Para tanto, foi utilizada a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS). A seguir, o questionário foi reaplicado no período de puerpério tardio. Considerou-se com sintomas depressivos aquelas pacientes que somaram > 12 pontos no questionário aplicado. Todas as respostas foram transcritas em Excel e os dados estatísticos foram avaliados através do software Jamovi para Mac. Considerou-se p < 0,05. Resultados: Na avaliação no puerpério imediato, verificou-se que 31,3% (n=31) foram classificadas com sintomas depressivos e 68,7% (n=68) não apresentavam estes sintomas. A média de pontos identificados no EDPS foi de 9,49 + 9,00 pontos. No puerpério tardio, foi possível avaliar dados de 78 pacientes, já que 12 pacientes não foram localizadas. A avaliação, neste período, identificou 23 pacientes com sintomas depressivos (29,5%) e 55 pacientes sem sintomatologia depressiva (70,5%). A média de pontos foi de 9,04 + 5,95. Conclusão: A depressão pós-parto é presente na população e deve ser uma preocupação no atendimento destas pacientes.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
CastroA. C. P. de, SilvaA. G. dos R., CouyA. C. P. A., CruzK. L. da, VenturaV. G., MendonçaV. H. C. F. de, & ZimmermmannJ. B. (2024). Avaliação da depressão no puerpério imediato e tardio. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(12), e18741. https://doi.org/10.25248/reas.e18741.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ALVES TV e BEZERRA MMM. Principais alterações fisiológicas e psicológicas durante o Período Gestacional. Rev. Psicol, 2020; 14(49): 114–26.

2. ANDREWS-FIKE C. A review of postpartum depression. Prim Care Companion J Clin Psychiatry. 1999; 1(1): 9-14.

3. BOYCE PM. Risk factors for postnatal depression: a review and risk factors in Australian populations. Arch Woman Mental Health, 2003; 6: 43-50.

4. CERNADAS JMC. Postpartum depression: Risks and early detection. Arch Argent Pediatr. 2020; 118(3):154-155.

5. CHANDRAN M. Post-partum depression in a cohort of women from rural area of Tamil Nadu, India: incidence and risk factors. British J Psychiatry, 2002:181: 499-04.

6. COUTINHO MLP e SARAIVA ERA. As representações sociais da depressão pós-parto elaboradas por mães puérperas. Psicol. Cienc. Prof, 2008; 28 (2): 244-59.

7. COUTINHO MPL e SARAIVA RA. As representações sociais da depressão pós-parto. Universidade Federal da Paraíba. Psicologia, Ciência e Profissão. 2008. Disponível online https ://www.scielo.br/j/pcp/a/rQnTkNhpf3cmcWPK9Cq5ZJq/?format=pdf&lang=pt.

8. COX JL, et al. Detection of postnatal depression. Development of the 10-item Edinburgh Postnatal Depression Scale. Br J Psychiatry. 1987; 150(6): 782-6.

9. DIAS CC e FIGUEIREDO B. Breastfeeding and depression: a systematic review of literature. Affect Disord. 2015; 171: 142-54.

10. FALANA SD e CARRINGTON JM. Postpartum Depression: Are You Listening? Nurs Clin North Am. 2019; 54(4): 561-567.

11. FARIAS SCS, et al. Avaliação clínica e epidemiológica da depressão pós-parto no contexto brasileiro: uma revisão integrativa de literatura. Braz J Implantol Health Sci, 2024; 6(4): 2431–43.

12. FEBRASGO. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Depressão Pós-parto. São Paulo: FEBRASGO; 2021. (Protocolo Febrasgo de Obstetrícia, nº 3/Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério). Disponível online < https ://sogirgs.org.br/area-do-associado/Depressao-Pos-parto-2021.pdf> Acessado em outubro de 2024.

13. FEBRASGO. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Depressão pós-parto. Femina, 2020; 48(8): 454-61.

14. GARFIELD L, et al. Risk factors for postpartum depressive symptoms in low-income women with very low-birth-weight infants. Adv Neonatal Care. 2015; 15(1): E3-8.

15. ISEKI A e OHASHI K. Relationship in Japan between maternal grandmothers' perinatal support and their self-esteem. Nursing and Health Sciences, 2014: 16: 157-163.

16. KIM JJ, et al. Suicide risk among perinatal women who report thoughts of self-harm on depression screens. Obstet Gynecol, 2015; 125(4): 885-93.

17. KJELDSEN MZ, et al. Family history of psychiatric disorders as a risk factor for maternal postpartum depression: a systematic review protocol. Syst Rev. 2022; 11(1): 68.

18. LEBEL C, et al. Sintomas depressivos maternos pré e pós-parto estão relacionados à estrutura cerebral das crianças na pré-escola. Psiquiatria Biológica, 2016; 80(11): 859-68.

19. LIU X, et al. Prevalence and Risk Factors of Postpartum Depression in Women: A Systematic Review and Meta-analysis. J Clin Nurs, 2022: 31(19-20): 2665-77.

20. LOBATO G, et al. Magnitude da depressão pós-parto no Brasil: uma revisão sistemática. Rev. Bras. Saúde Matern Infant. 2011; 11(4): 369-79.

21. MALLOY-DINIZ LF, et al. Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburg: análise fatorial e desenvolvimento de uma versão de seis itens. Disponível online < https ://www.scielo.br/j/rbp/a/PkHvnnVVy4X9SssRV3nPWWj/?format=pdf&lang=pt> Acessado em outubro de 2024.

22. MONTEIRO FNS, et al. Escala de depressão pós-parto de Edimburgo: revisão sistemática de estudos de validação em puérperas. 2020. Disponível online< https ://tcc.fps.edu.br/bitstream/fpsrepo/938/1/Escala%20de%20depress%c3%a3o%20p%c3%b3s-parto %20de%20Edimburgo%20revis%c3%a3o%20sistem%c3%a1tica%20de%20estudos%20de%20valida%
c3%a7%c3%a3o%20em%20pu%c3%a9rperas.pdf> Acessado em outubro de 2024.

23. OLIVEIRA TA, et al. Screening of Perinatal Depression Using the Edinburgh Postpartum Depression Scale. Rev Bras Ginecol Obstet, 2022: 44(5): 452-457.

24. PAYNE JL e MAGUIRE J. Pathophysiological mechanisms implicated in postpartum depression. Front Neuroendocrinol, 2019; 52: 165-180.

25. ROGERS A, et al. Associação entre depressão e ansiedade perinatal materna e desenvolvimento infantil e adolescente: uma metanálise. JAMA Pediatr, 2020; 174 (11): 1082-92.

26. SANTOS IS, et al. Validation of the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) in a sample of mothers from the 2004 Pelotas Birth Cohort Study. Cad. Saúde Pública, 2007; 23(11): 2577-88.

27. SARAIVA ERA e COUTINHO MPL. A estrutura das representações sociais das mães puérperas acerca da depressão pós-parto. Rev Psico USF, 2011; 12(2): 319- 26.

28. STEEN M e FRANCISCO AA. Bem-estar e saúde mental materna. Acta Paul Enferm, 2019; 32 (4): 3-6.

29. XIAO M, et al. Prevalence of suicidal ideation in pregnancy and the postpartum: A systematic review and meta-analysis. J Affect Disord. 2022; 296: 322: 115467.

30. ZINGA D, et al. Depressão pós-parto: sabemos os riscos, mas podemos preveni-la? Braz. J. Psiquiatr., 2005; 27: 56-64.