Obesidade no Brasil: desafios sociais, econômicos e de saúde pública
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar o impacto dos fatores socioeconômicos na prevalência da obesidade na população brasileira. Revisão bibliográfica: A obesidade, definida por um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30,0 kg/m², é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas globalmente. No Brasil, a prevalência de obesidade está fortemente ligada a fatores socioeconômicos. Indivíduos de baixa renda, com menor escolaridade e mulheres negras são desproporcionalmente afetados. O ambiente obesogênico, caracterizado pela falta de acesso a alimentos saudáveis e à infraestrutura adequada para a prática de atividades físicas, contribui para o aumento dos índices de obesidade. Adicionalmente, o consumo de alimentos ultraprocessados e as condições de trabalho precárias intensificam essa situação, especialmente em regiões com menor desenvolvimento, como a Norte e a Nordeste. Considerações finais: Fatores socioeconômicos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da obesidade no Brasil, destacando a necessidade urgente de políticas públicas que promovam a equidade no acesso a alimentos saudáveis e a ambientes favoráveis à prática de atividades físicas. A criação de programas de prevenção e tratamento direcionados a populações vulneráveis é essencial para conter o avanço da obesidade no país.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BRASIL. Boletim Epidemiológico: cenário da obesidade no Brasil. 7o ed. Vol. 55. Brasília: Ministério da Saúde; 2024.
3. BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. 2o ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
4. BRASIL. Pesquisa Nacional de Saúde: percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal: Brasil e grandes regiões. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2019.
5. BRASIL. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: dados de 2023. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2023.
6. BRASIL. Vigitel Brasil 2023: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde; 2023.
7. CANELLA DS, et al. Consumo de hortaliças e sua relação com os alimentos ultraprocessados no Brasil. Rev saúde pública. 2018;52:50.
8. CONSELHO NACIONAL DE AUTORREGULAÇÃO PUBLICITÁRIA. Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. 2021.
9. DIAS PC, et al. Obesidade e políticas públicas: concepções e estratégias adotadas pelo governo brasileiro. Cad Saúde Pública. 2017;33(7).
10. FEDERAÇÃO MUNDIAL DE OBESIDADE. World Obesity Atlas. 2024. Disponível em: https://data.worldobesity.org/publications/?cat=22
11. FERREIRA SRG, et al. Determinants of obesity in Latin America. Nat Metab. 2024;6(3):409–32.
12. HALL KD, et al. Ultra-Processed Diets Cause Excess Calorie Intake and Weight Gain: An Inpatient Randomized Controlled Trial of Ad Libitum Food Intake. Cell Metab. 2019;30(1):67-77.e3.
13. HOLLAND M, et al. Obesidade e consumo das famílias brasileiras: diagnóstico e implicações para políticas públicas. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas; 2022.
14. HOWELL NA, BOOTH GL. The Weight of Place: Built Environment Correlates of Obesity and Diabetes. Endocrine Reviews. 2022;43(6):966–83.
15. LOUZADA MLDC, et al. Consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil: distribuição e evolução temporal 2008–2018. Rev saúde pública. 2023;57(1):12.
16. MIGOWSKI A, TAVARES GLDC. Análise Temporal da Prevalência da Obesidade e do Sobrepeso no Brasil entre 2006 e 2023: Evidências a partir dos dados do Vigitel. J onscience. 2024;2(1):e00104.
17. NILSON EAF, et al. Custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Revista Panamericana de Salud Pública. 2020;44:1.
18. OLIVEIRA TFVD, et al. Fortalecimento das ações de cuidado às pessoas com obesidade no contexto da pandemia de COVID-19: o caso do Brasil. Ciênc saúde coletiva. 2023;28(12):3673–85.
19. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Movimento é vida: atividades físicas e esportivas para todas as pessoas. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; 2017.
20. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Panorama Regional da Segurança Alimentar e Nutrição da América Latina e Caribe 2023. 2021.
21. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Physical status: The use and interpretation of anthropometry. 85th ed. Geneva; 1995.
22. PEARSON AL, et al. Study of active neighborhoods in Detroit (StAND): study protocol for a natural experiment evaluating the health benefits of ecological restoration of parks. BMC Public Health. 2020;20(1):638.
23. SILVA FMOD, et al. Fatores ambientais associados à obesidade em população adulta de um município brasileiro de médio porte. Cad Saúde Pública. 2019;35(5):e00119618.
24. SILVA LA, et al. Fatores socioeconômicos e comportamentais associados a desigualdade na obesidade de homens e mulheres no Brasil. Estud Econ. 2023;53(1):177–209.
25. WILLIAMS MS, et al. Social and Structural Determinants of Health and Social Injustices Contributing to Obesity Disparities. Curr Obes Rep. 2024;13(3):617–25.