Docentes e metodologias na educação médica
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: integrar o processo de formação docente e metodologias na educação médica. Revisão bibliográfica: O ensino da Medicina incorpora o método científico à função social do médico e necessita incluir questões humanistas e éticas. O professor de Medicina deve ser intimamente ligado à prática profissional e dedicado a entender a transmissão de conhecimento e habilidades. Boa parte dos médicos, especialmente no Brasil, aprendem a ser professores deixando parte da assistência, numa decisão difícil. Dos obstáculos à transformação do médico em professor, destacamos responsabilidades acadêmicas, desenvolvimento pedagógico, remuneração, tempo dispendido em preparo e revisões e suscetibilidade ao burnout. Mesmo antes das definições de metodologias pedagógicas, o ensino da Medicina já ocorria em beira de leito, ambulatórios, discussões de casos e outras práticas. A sistematização destas metodologias pretende descentralizar o professor e responsabilizar o aluno pela aprendizagem. Embora professores tenham interesse nestas metodologias e relatem satisfação com sua aplicação, sua implantação depende de questões institucionais e curriculares. Modelos mistos que conservam aulas tradicionais e incorporam práticas ativas têm sido amplamente observados. Considerações finais: O caminho para a identidade docente na Medicina é desafiador, mas cativante. As metodologias ativas, apropriadamente aplicadas, são úteis para impulsionar a aprendizagem.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ALMEIDA AL e PORTELLA DL. A avaliação do pensamento crítico: uma abordagem a estudantes de Medicina brasileiros. Research, Society And Development, 2021; 10(12): 122101220203.
3. ANASTASIOU LGC e ALVES LP. Estratégias de ensinagem. In: ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Processos de ensinagem na universidade. Joinville: Editora Univille, 2003; 67-99.
4. AZEVEDO VF. Ensinagem: A Importância na prática e no ensino médico. Iátrico – CRMPR, 2021: 5.
5. BATISTA NA, et al. Educação Médica no Brasil. São Paulo: Cortez Editora, 2015; 398p.
6. BIBERG-SALUM TG, et al. Quais são as competências necessárias para ser um bom professor?: concepções dos docentes de um curso de medicina. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, 2020; 3(21): 297-302.
7. BJORK RA e BJORK EL. Desirable difficulties in theory and practice. Journal Of Applied Research In Memory And Cognition, 2020; 9(4): 475-79.
8. BOWEN J e CATE OT. Prerequisites for Learning Clinical Reasoning. Principles and Practice of Case-based Clinical Reasoning Education: a method for preclinical students. Innovation and Change in Professional Education series, 2017; 15: 47-64.
9. BUREAU J, et al. Pathways to Student Motivation: a meta-analysis of antecedents of autonomous and controlled motivations. Review Of Educational Research, 2021; 92(1): 46-72.
10. CHACKO T. Emerging pedagogies for effective adult learning: from andragogy to heutagogy. Archives Of Medicine And Health Sciences, 2018; 6(2): 278.
11. CHALLA KT, et al. Modern techniques of teaching and learning in medical education: a descriptive literature review. Mededpublish, 2021; 10(1): 18.
12. CHAN CYW, et al. Adoption and correlates of the Dundee Ready Educational Environment Measure (DREEM) in the evaluation of undergraduate learning environments – a systematic review. Medical Teacher, 2018; 40(12): 1240-7.
13. CONCEIÇÃO CV e MORAES MAA. Percepções de estudantes e professores sobre métodos ativos para a formação de médicos. Revista Eletrônica de Educação, 2020; 14: 3732083.
14. CORTELA BSC. Práticas inovadoras no ensino de graduação na perspectiva de professores universitários. Revista Docência do Ensino Superior, 2016; 6(2): 9-34.
15. COSTA NMSC. Docência no ensino médico: por que é tão difícil mudar? Revista Brasileira de Educação Médica, 2007; 31(1): 21-30.
16. DANIEL M, et al. Clinical Reasoning Assessment Methods: a scoping review and practical guidance. Academic Medicine, 2019; 94(6): 902-12.
17. DECOURT LV. William Osler na Intimidade de seu Pensamento. In INCOR-USP. 2004. Disponível em: https://www.incor.usp.br/conteudo-medico/decourt/momento%20de%20reflexao%20william%20osler.html. Acessado em: 15 de novembro de 2023.
18. ELNICKI DM. Learning With Emotion: which emotions and learning what?. Academic Medicine, 2010; 85(7): 1111.
19. FASCE EH, et al. Aprendizaje autodirigido en estudiantes de primer año de Medicina de la Universidad de Concepción y su relación con el perfil sociodemográfico y académico. Revista Médica de Chile, 2013; 141(9): 1117-25.
20. FERREIRA CC e SOUZA AML. Formação e Prática do Professor de Medicina: um estudo realizado na universidade federal de Rondônia. Revista Brasileira de Educação Médica, 2016; 40(4): 635-43.
21. FIGUEIREDO DS, et al. The first year of the rest of our lives: Mental health of medical students. Research, Society and Development, 2022;11(9): 4811931651.
22. HAUG CJ e DRAZEN JM. Artificial Intelligence and Machine Learning in Clinical Medicine, 2023. New England Journal of Medicine, 2023; 388: 1201-8.
23. HOFFMANN C, et al. Prazer e sofrimento no trabalho docente: Brasil e Portugal. Educação e Pesquisa, 2019; 45: 187263.
24. LEITE VT, et al. Avaliação do Perfil dos Professores de Medicina de uma Universidade do Interior de Minas Gerais. Revista Brasileira de Educação Médica, 2020; 44(3): 20190330.
25. MAMEDE S e SCHMIDT HG. Deliberate reflection and clinical reasoning: founding ideas and empirical findings. Medical Education, 2022; 57(1): 76-85.
26. MELHEM AJJ, et al. Higher education methodologies and interdisciplinarity: a public university case in Brazil. International Journal of Development Research, 2023; 2(13): 61835-8.
27. MENDONÇA VLGM, et al. Síndrome de Burnout em Médicos Docentes de uma Instituição Pública. Psicologia em Pesquisa, 2012; 6(02): 90-100.
28. MIYAZATO ES, et al. A Síndrome de Burnout em professores médicos durante a pandemia da Covid-19. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2022; 15(1): e9597.
29. MOLL-KHOSRAWI P, et al. The effects of simulation-based education on medical students' motivation. International Journal Of Medical Education, 2021; 12: 130-35.
30. MORÉ NC e GORDAN PA. A Percepção dos Professores do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Maringá sobre Suas Dificuldades e Necessidades Educacionais para o Desenvolvimento do Ensino Médico. Revista Brasileira de Educação Médica, 2004; 28(3): 215-22.
31. MOURA HFN, et al. Uma estratégia para avaliação da percepção de docentes e discentes acerca dos métodos de ensino. Revista Brasileira de Educação Médica, 2022; 46(2):10327.
32. NELSON A e ELIASZ KL. Desirable Difficulty: theory and application of intentionally challenging learning. Medical Education, 2022; 57(2): 123-130.
33. NORMAN GR, et al. The Causes of Errors in Clinical Reasoning. Academic Medicin, 2017; 92(1): 23-30.
34. OLIVEIRA W. Algumas considerações sobre a interação professor-aluno na educação médica. Iátrico – CRMPR, 2021; 14-15.
35. PEREIRA RC, et al. Síndrome de Burnout em professores de medicina: revisão sistemática. Revista Edapeci, 2018; 18(3): 115-26.
36. PEREIRA M, et al. Metodologias ativas na educação médica no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2024; 24(2): e15032.
37. PIMENTA SG e ANASTASIOU LGC. O docente no ensino superior. Docência no Ensino Superior. São Paulo: Cortez Editora, 2002; 177-200.
38. SANTANA K e CESARIO RR. Caracterização e concepções de ensino-aprendizagem do corpo docente de um curso de medicina em desenvolvimento. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2020; 12(10): e4728.
39. SOUZA FILHO OC e NAUJOR, MI. O Professor de Medicina da UFSM no Contexto do Mal-Estar Docente. Revista Brasileira de Educação Médica, 2005; 29(1): 34-40.
40. STAPLETON G, et al. Why The Flipped Lecture Is Not A ‘One Size Fits All’ Solution To Undergraduate Medical Education. Journal Of Perspectives In Applied Academic Practice, 2020; 8(2): 50-7.
41. TAYLOR DCM e HAMDY H. Adult learning theories: implications for learning and teaching in medical education. Medical Teacher, 2013; 35(11): 1561-72.
42. TORRES V, et al. Ingressantes de cursos médicos e a percepção sobre a transição para uma aprendizagem ativa. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 2019; 23: 1700471.
43. TURECK F, et al. Estratégias de ensino do raciocínio clínico nos cursos de Medicina do Brasil: revisão integrativa. Revista Brasileira de Educação Médica, 2023; 47(1): 20220023.
44. TURRA EAN, et al. Basic life support training by a league of medical students for the community: an experience report. International Journal Of Health Science, 2024; 4: 1-2.
45. UYGUR J, et al. A Best Evidence in Medical Education systematic review to determine the most effective teaching methods that develop reflection in medical students: beme guide no. 51. Medical Teacher, 2019; 41(1): 3-16.
46. WAGNER KJ, et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: uso, dificuldades e capacitação entre docentes de curso de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 2022; 1(46): 28.