Impacto do tratamento com gestrinona e medroxiprogesterona no manejo da endometriose
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Resumo
Objetivo: Investigar na literatura acerca da eficácia do tratamento com gestrinona e medroxiprogesterona no manejo da endometriose. Métodos: Trata-se de uma Revisão Integrativa da literatura. O levantamento eletrônico dos dados ocorreu nas bases de dados Pubmed e LILACS. Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (Decs): “Endometriose”, “Endometriose pélvica “, “Tratamento”, “Tratamento da endometriose”, “Gestrinona”, “Medroxiprogesterona”, “Progestágeno”, “Contraceptivos orais”, “Anti progestágenos”. Resultados: Foram selecionados onze artigos, em que considera a utilização da gestrinona eficaz na dose de 1,25mg ou de 2,5mg duas vezes por semana para o tratamento da endometriose. Apesar disso, um total de 67% as pacientes recrutadas relataram efeitos colaterais associados com o uso da medicação. A utilização da medroxiprogesterona deve ser questionada e ainda, deve-se refletir acerca da necessidade da instituição dessa terapêutica, em decorrência dos resultados semelhantes a utilização do placebo nas pacientes com endometriose. Considerações finais: O tratamento das pacientes com endometriose deve ser sempre individualizado. A literatura sugere que a gestrinona e a medroxiprogesterona são opções terapêuticas seguras e eficazes para o tratamento da endometriose, entretanto, essa interpretação deve ser realizada com cuidado, visto que, a qualidade das evidências disponíveis atualmente é baixa, com altos vieses metodológicos e pouco claras.
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