Implicações nutricionais da polifarmácia em idosos hospitalizados
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Avaliar as implicações nutricionais da polifarmácia em idosos hospitalizados. Método: Trata-se de um estudo do tipo transversal, descritivo, realizado nos meses de agosto a outubro de 2021. As variáveis coletadas foram: fatores socioeconômicos, índice de massa corporal, consumo alimentar e de medicamentos. Resultados: Participaram da pesquisa 30 idosos. Majoritariamente, 93,3% desse público alvo possuíam doença crônica não transmissível (DCNT). A maioria era portadora de duas ou mais doenças crônicas e fazia uso de cinco ou mais medicamentos (66,7%). Em relação ao IMC, os idosos com o maior uso de medicamentos possuíam o estado nutricional entre baixo peso (31%) e eutrofia (31%). Comparando o consumo alimentar dos dois grupos de idosos é possível afirmar que o grupo que faz uso de polifarmácia apresenta a ingesta de energia, nutrientes e fibras mais deficiente, se comparado a amostra que faz uso de menos medicamentos. Conclusão: Embora não tenha havido diferença estatística entre o estado nutricional e polifarmácia, a maioria dos pacientes que fazia o uso de cinco ou mais medicamentos associados estava classificado entre baixo peso e eutrofia. Além desse resultado, outro fator relevante que implicou na saúde dos idosos polimedicados foi o consumo inadequado de energia, fibras, macronutrientes e micronutrientes.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ANJO DFC. Functional foods in angiology and vascular surgery. Journal Vascular Brasileiro, 2004; 3 (2): 145-154.
3. BORGES VC. Alimentos funcionais: prebióticos, probióticos, fitoquímicos e simbióticos. In: Waitzberg DL. Nutrição Enteral e Parenteral na Prática Clínica. São Paulo (SP): Atheneu, 2001; 6p.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Guia de atenção à reabilitação da pessoa idosa. 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_atencao_reabilitacao_pessoa_idosa.pdf. Acessado em: 13 de junho de 2023.
5. CAMPANELLI CM. American Geriatrics Society updated beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Journal of the American Geriatrics Society, 2012; 60(4):616-631.
6. CARUSO, L. Distúrbios do trato digestório. In: Cuppari, Lílian. Nutrição clínica no adulto. São Paulo (SP): Manole, 2019; 624p.
7. CHARTERIS K, MORELLI C. Antibiotic susceptibility of potentially probiotic Bifidobacterium isolates from the human gastrointestinal tract. Letters in applied microbiology, 1998; 26 (5): 333-337.
8. DELLAROZA MSG, et al. Dor crônica em idosos residentes em São Paulo, Brasil: prevalência, características e associação com capacidade funcional e mobilidade (Estudo SABE). Cadernos de Saúde Pública, 2013; 29 (2): 325-334.
9. DOS SANTOS ADAP, et al. Avaliação do acompanhamento farmacoterapêutico de idosos hospitalizados em uso de analgésicos opioides. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 2020; 10 (1): 1-9.
10. FAUSTINO CG, et al. Medicamentos potencialmente inapropriados prescritos a pacientes idosos ambulatoriais de clínica médica. Einstein, 2011; 9(1):18-23.
11. FIDELIX MSP, et al. Prevalência de desnutrição hospitalar em idosos. Revista da Associação Brasileira de Nutrição- RASBRAN, 2013; 5 (1): 60-68.
12. FRISANCHO, AR. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of nutritional status. Am J Clin Nutr, 1981; 34(11): 2540-2545.
13. Gonçalves TJM, et al. Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no envelhecimento. Braspen J, 2019; 34 (3): 2-58.
14. GROUP KDIGO. Clinical practice guideline for the evaluation and management of chronic kidney disease. Kidney int, 2013; 3 (1): 1-150.
15. GUIMARÃES DC, et al. Uso de medicamentos potencialmente inadequados entre idosos em um hospital geral brasileiro. Infarma-Ciências Farmacêuticas, 2016; 28(1): 27-32.
16. HEUBERGER RA, CAUDELL K. Polypharmacy and nutritional status in older adults: a cross-sectional study. Drugs & aging, 2011; 1;28(4):315-23.
17. INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS (ISMP). Medicamentos potencialmente inadequados para idosos. 2017. Disponível em: https://www.ismp-brasil.org/site/wp-content/uploads/2017/09/is_0006_17a_boletim_agosto_ismp_210x276mm_v2.pdf. Acesso em: 2 de fevereiro de 2023.
18. INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS (ISMP). Polifarmácia: Quando muito é demais. 2018. Disponível em: https://www.ismp-brasil.org/site/wp-content/uploads/2018/12/boletim-ismp-novembro.pdf. Acessado em: 2 de fevereiro de 2023.
19. JYRKKÄ J, et al. Association of polypharmacy with nutritional status, functional ability and cognitive capacity over a three‐year period in an elderly population. Pharmacoepidemiology and drug safety, 2011; 20 (5): 514-522.
20. JYRKKÄ J, et al. Polypharmacy and nutritional status in elderly people. Current Opinion in Clinical Nutrition & Metabolic Care, 2012; 15 (1): 1-6.
21. KOYAMA A, et al. Long-term cognitive and functional effects of potentially inappropriate medications in older women. Journals of Gerontology Series A: Biomedical Sciences and Medical Sciences, 2014; 69(4): 423–429.
22. LIMA DF, et al. Fatores que dificultam a alimentação por via oral do idoso hospitalizado. Enfermería Global, 2017; 16 (4): 429-464.
23. MAINARDES VC, et al. Polifarmácia em idosos de uma instituição de longa permanência. Revista Valore, 2022; 7(1): 7027-7041.
24. MANNING TS, GIBSON GR. Microbial-gut interactions in health and disease. Prebiotics. Best practice & research. Clinical gastroenterology, 2004; 18 (2): 287- 298.
25. MEARIN F, et al. Clinical practice guideline: irritable bowel syndrome with constipation and functional constipation in the adult. Rev Esp Enferm Dig, 2016; 108 (6): p. 332-63.
26. MORIGUTI JC, et al. Nutrição no Idoso. In: Ciências Nutricionais: Aprendendo a Aprender. São Paulo: Sarvier, 2008; 760p.
27. MUNCK AKR, DE ARAÚJO ADLA. Avaliação dos medicamentos inapropriados prescritos para pacientes idosos em um Hospital Universitário. HU Revista, 2012; 38 (3): 231-240.
28. OLIVEIRA MG, et al. Consenso brasileiro de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos. Geriatr Gerontol Aging, 2016; 10(4):168-181.
29. PEIXOTO JS, et al. Riscos da interação droga-nutriente em idosos de instituição de longa permanência. Revista Gaúcha de Enfermagem, 2012; 33(3): 156-164.
30. PEREIRA NG. Infecção pelo Clostridium difficile. J bras. Med, 2014; 102 (5): 27-49.
31. REZENDE EM, et al. Mortalidade de idosos com desnutrição em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: uma análise multidimensional sob o enfoque de causas múltiplas de morte. Cadernos de Saúde Pública, 2010; 26 (6): 1109-1121.
32. SANTOS FA, RAO VS. Fármacos para o Controle da Acidez Gástrica e Protetores da Mucosa. In: Sistema Digestório: Integração Básico-Clínica. São Paulo (SP): Blucher, 2015; 838p.
33. SLANEY H, et al. Application of the Beers criteria to alternate level of care patients in hospital inpatient units. The Canadian journal of hospital pharmacy, 2015; 68(3): 218–225.
34. SILVEIRA EA, et al. Polifarmácia, doenças crônicas e marcadores nutricionais em idosos. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2014; 17 (4): 818-829.
35. TANNOCK, G. W. The acquisition of the normal microflora of the gastrointestinal tract. In: Human health: the contribution of microorganisms. London: Springer London, 1994; 116p.
36. VENTURINI CD, et al. Inadequação da ingestão alimentar em idosos: interação fármaco-nutriente. PAJAR-Pan-American Journal of Aging Research, 2020; 8 (1): p.1-9.
37. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medication without harm. 2017. Disponível em: https://www.bpsassessment.com/wpcontent/themes/bpspsa/assets/Downloads/2.%20The%20third%20Global%20Patient%20Safety%20Challeng.pdf. Acesso em: 2 de fevereiro de 2023.
38. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Physical status: The use of and interpretation of anthropometry, Report of a WHO Expert Committee. 1995. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/journals/journal-of-biosocial science/article/abs/physical-status-the-use-and-interpretation-of-anthropometry-report-of-a-who-expert-committee-who-technical-report-series-no-854-pp-452-who-geneva-1995-swiss-fr-7100/9B4A856BF12419A5E208050DD7E103E8. Acesso em 2 de fevereiro de 2023.