Perspectivas de uso do ácido tranexâmico nos pacientes politraumatizados
##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Sumarizar as atuais indicações para o uso do ácido tranexâmico (TXA) no tratamento de pacientes vítimas de trauma com grandes sangramentos. Revisão bibliográfica: O ácido tranexâmico é um medicamento sintético similar à lisina, identificado em 1962. Inicialmente, era utilizado por sua ação antifibrinolítica no tratamento de extrações dentárias para pacientes com coagulopatias hereditárias, metrorragia e hematúria. Atualmente, destaca-se também como um importante agente no manejo de pacientes politraumatizados com hemorragias significativas, ao impedir a ligação do ativador de plasminogênio tecidual (tPa) às moléculas de plasminogênio. Dessa forma, o ácido tranexâmico inibe a lise da fibrina e preserva o coágulo sanguíneo, resultando na redução do sangramento. Por essa relevância, o ácido tranexâmico é considerado um medicamento essencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Considerações finais: O ácido tranexâmico auxilia na redução da perda sanguínea e melhora a sobrevida em casos de hemorragia em uma ampla gama de pacientes. Espera-se que os critérios atuais para indicação de seu uso sejam ampliados. Estudos recentes corroboram sua segurança e orientam sua utilização, desde que observados critérios de segurança pré-definidos.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ÁCIDO TRANEXÂMICO. Responsável técnico Adriano Pinheiro Coelho. São Paulo: EMS SIGMA Pharma Ltda. Bula de remédio, 2019.
3. ALBUQUERQUE SRL. Manual de transfusão sanguínea. Manaus: Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, 2023; 75.
4. ARANTES FILHO GC, et al. Ácido tranexâmico no atendimento pré-hospitalar ao trauma. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2024; 24(8): 16666.
5. ATLS - Advanced Trauma Life Support® Student Course Manual. 10th ed. Chicago: ACS American College of Surgeons, 2018; 420.
6. BOSSERS SM, et al. Brain-protect collaborators. Association Between Prehospital Tranexamic Acid Administration and Outcomes of Severe Traumatic Brain Injury. JAMA Neurology, 2021; 78(3): 338-45.
7. CAI J, et al. The many roles of tranexamic acid: an overview of the clinical indications for TXA in medical and surgical patients. European Journal of Haematology, 2019; 104(2): 79-87.
8. COATS TJ, et al. Implementation of tranexamic acid for bleeding trauma patients: a longitudinal and cross-sectional study. Emergency Medicine Journal, 2019; 36(2): 78-81.
9. COLOMINA MJ, et al. Clinical use of tranexamic acid: evidence and controversies. Brazilian Journal of Anesthesiology, 2022; 72(6): 795-812.
10. CRASH-3 TRIAL COLLABORATORS. Effects of tranexamic acid on death, disability, vascular occlusive events and other morbidities in patients with acute traumatic brain injury (CRASH-3): a randomized, placebo-controlled trial. Lancet, 2019; 394(10210): 1713-23.
11. FISCHER K, et al. Reversing Bleeding Associated with Antiplatelet Use: The Role of Tranexamic Acid. Cureus, 2020; 12(9): 10290.
12. FRANKLIN DS, et al. Uso do Ácido Tranexâmico no contexto do trauma com hemorragia: Use of Tranexamic Acid in the context of trauma with hemorrhage. Brazilian Journal of Development, 2022; 8(10): 65142-56.
13. GALANTE MM, et al. Indicação de Ácido Tranexâmico em pacientes vítimas de trauma. Brazilian Journal of Health Review, 2021; 4(5): 20575-85.
14. GRASSIN-DELYLE S, et al. Optimisation of the dosage of tranexamic acid in trauma patients with population pharmacokinetic analysis. Anaesthesia, 2018; 73(6): 719-29.
15. GUYETTE FX, et al. Tranexamic Acid During Prehospital Transport in Patients at Risk for Hemorrhage After Injury: A Double-blind, Placebo-Controlled, Randomized Clinical Trial. JAMA Surgery, 2020; 156(1): 11-20.
16. KARL V, et al. Association of Tranexamic Acid Administration with Mortality and Thromboembolic Events in Patients with Traumatic Injury: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Network Open, 2022; 5(3): 220625.
17. LEVY JH, et al. Antifibrinolytic Therapy and Perioperative Considerations. Anesthesiology, 2018; 128(3): 657-70.
18. LIER H, et al. Tranexamic Acid for Acute Hemorrhage: A Narrative Review of Landmark Studies and a Critical Reappraisal of Its Use Over the Last Decade. Anesthesia and analgesia, 2019; 129(6): 1574-84.
19. LIER H e SHANDER A. Tranexamic acid: the king is dead, long live the king! British Journal of Anaesthesia, 2020; 124(6): 659-62.
20. LIMA DS. Estudo comparativo do ácido tranexâmico no pré-hospitalar e sala de emergência: impacto em pacientes de trauma com choque hemorrágico. Tese de Doutorado (Doutorado em Cirurgia) - Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023; 77.
21. OKAMOTO S e OKAMOTO U. Amino-methyl-cyclohexane-carboxylic acid: AMCHA. A new potent inhibitor of fibrinolysis. The Keio Journal of Medicine, 1962; 11(3): 105-15.
22. PINTO MA, et al. (2016). Use of tranexamic acid in trauma patients: An analysis of cost-effetiveness for use in Brazil. ABCD.
23. POST R, et al. Short-term tranexamic acid treatment reduces in-hospital mortality in aneurysmal subarachnoid hemorrhage: a multicenter comparison study. PLoS One, 2019; 14(2): 211868.
24. POST R, et al. Ultra-early tranexamic acid after subarachnoid hemorrhage (ULTRA): a randomized controlled trial. Lancet, 2021; 397(10269): 112-8.
25. PROADI – SUS. https ://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-03/saude-vai-integrar-dados-sobre-acidentes-lesoes-e-violencia-no-pais . Acesso em 22 de agosto de 2024.
26. QUEENSLAND AMBULANCE SERVICE. Clinical Practice Guidelines: Trauma/hypovolemic Shock. Queensland: Queensland Ambulance Service; 2021. Available from: https ://www.ambulance.qld.gov. au/__data/assets/pdf_file/0017/219140/cpg_hypovolaemic-shock.pdf.
27. SOUSA CCS, et al. Uso do ácido tranexâmico no trauma em contexto pré-hospitalar. Contribuciones a las ciencias sociales, 2024; 17(3): 5982.
28. SPAHN DR, et al. The European guideline on management of major bleeding and coagulopathy following trauma: fifth edition. Critical Care, 2019; 23(1): 98.
29. SPINELLA PC, et al. The Immunologic Effect of Early Intravenous Two and Four Gram Bolus Dosing of Tranexamic Acid Compared to Placebo in Patients With Severe Traumatic Bleeding (TAMPITI): A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled, Single-Center Trial. Frontiers in immunology, 2020; 11: 2085.
30. TAAM J, et al. Current Evidence and Future Directions of Tranexamic Acid Use, Efficacy, and Dosing for Major Surgical Procedures. Journal of Cardiothoracic and Vascular Anesthesia, 2020; 34(3): 782-90.
31. THE CRASH-2 Collaborators. Effects of tranexamic acid on death, vascular occlusive events, and blood transfusion in trauma patients with significant haemorrhage (CRASH-2): a randomised, placebo-controlled trial. Lancet 2010; 376: 23–32.
32. WOOD F e WOOD L. Should pre-hospital intramuscular tranexamic acid be given to trauma patients at risk of significant haemorrhage? Trauma, 2024; 26(1): 83-5.