Aspectos sociodemográficos e clínico-epidemiológicos relacionados ao abandono do tratamento de hanseníase no Estado do Pará entre os anos de 2018 a 2022

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Tamires do Socorro Silva da Silva
Willislane Oliveira de Souza
Aila Anastácia Souza Ribeiro
Andressa Santa Brígida da Silva
Bruno Gonçalves Pinheiro
Tais Vanessa Gabbay Alves
Bruno José Martins da Silva

Resumo

Objetivo: Avaliar os aspectos sociodemográficos e clínico-epidemiológicos relacionados ao abandono do tratamento de hanseníase no Pará, no período de 2018 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo epidemiológico do tipo ecológico. Os parâmetros utilizados são de indivíduos de ambos os sexos, de todas as idades e casos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) presentes no website do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Entre 2018 e 2022 foram notificados 9.941 casos de hanseníase no Estado do Pará, e 1.180 casos de abandono do tratamento de hanseníase, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae. Posto isso, o ano de 2019 foi o mais relevante, com 2.575 casos notificados, e 396 casos de abandono. Dentre os 10 municípios ressaltados no estudo, a cidade de Marituba destaca-se com com maior número de casos notificados e abandono do tratamento, sendo respectivamente, 975 e 114. O sexo masculino, com idade superior a 15 anos, se destaca com o maior índice de casos de abandono no Estado. Conclusão: Conclui-se que, fatores sociodemográficos, escolares e estigmas estão ligados intrinsecamente ao abandono do tratamento de hanseníase no Estado do Pará.

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Como Citar
SilvaT. do S. S. da, SouzaW. O. de, RibeiroA. A. S., SilvaA. S. B. da, PinheiroB. G., AlvesT. V. G., & SilvaB. J. M. da. (2025). Aspectos sociodemográficos e clínico-epidemiológicos relacionados ao abandono do tratamento de hanseníase no Estado do Pará entre os anos de 2018 a 2022. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e19066. https://doi.org/10.25248/reas.e19066.2025
Seção
Artigos Originais

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