Fatores ergonômicos na síndrome de burnout em enfermeiros de uma emergência hospitalar
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Resumo
Objetivo: Avaliar a síndrome de burnout entre profissionais de enfermagem atuantes no setor de emergência de um hospital público municipal e propor recomendações ergonômicas para prevenção da síndrome. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritivo-analítica de abordagem qualiquantitativa, com a participação de 15 enfermeiros. Foram aplicados questionários para coleta de dados sociodemográficos e de saúde geral, além do Maslach Burnout Inventory (MBI). Foi realizada a análise ergonômica preliminar para identificar os riscos ocupacionais. Resultados: A amostra foi predominantemente composta por mulheres na faixa etária acima dos 35 anos, com filhos e companheiros e, mais de um vínculo empregatício. Em relação às dimensões do MBI, 54% dos enfermeiros apresentaram risco moderado de burnout, com alterações em duas dimensões. Por outro lado, 33% dos profissionais apresentaram alto risco, situando-se na faixa crítica das três dimensões avaliadas. Foram identificados fatores ergonômicos deficientes no setor de emergência, como problemas na organização do trabalho, inadequações no mobiliário e posturas incorretas que causam estresse e desgaste profissional. Conclusão: Nesta amostra, a síndrome de burnout foi caracterizada sobretudo pela exaustão emocional, intensificada pelas condições ergonômicas inadequadas. Assim, ressalta-se a necessidade de adoção de medidas ergonômicas físicas, organizacionais e cognitivas para promover o bem-estar dos enfermeiros.
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