Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com Paralisia Cerebral assistidos pelo serviço de ortopedia pediátrica de um hospital de referência na região Norte do Brasil
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Resumo
Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico de pacientes com paralisia cerebral espástica assistidos pelo serviço de ortopedia pediátrica em hospital de referência no Norte do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter observacional, retrospectivo, transversal, descritivo e analítico, no qual serão analisados os prontuários dos pacientes, em busca da associação entre o perfil epidemiológico e os casos de paralisia cerebral. Resultados: Foram incluídos 103 pacientes diagnosticados com paralisia cerebral espástica, a maioria dos pacientes eram do sexo masculino (60,2%), idade média de aproximadamente 9 anos. Cerca de 32% dos pacientes conseguem se comunicar verbalmente, mas com dificuldade, e 38,8% não conseguem deambular, e necessita do uso exclusivo de cadeira de rodas. A maioria das mães tiveram um pré-natal adequado (64,1%), porém a maior parte das crianças nasceram pré-termo (57,3%), o que justifica as principais intercorrências associadas a PC no presente estudo: prematuridade, hipóxia e anóxia fetal. 83,5% dos pacientes usam a Toxina Botulínica tipo A (TBA), e os membros inferiores são os mais acometidos. Conclusão: Ao final do estudo, conclui-se que o cuidado se inicia antes do período gestacional e se estende aos cuidados específicos pós diagnósticos, e quando feito de forma precoce, os déficits são atenuados.
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