A oxigenoterapia hiperbárica como opção para o manejo do autismo em crianças
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Investigar os efeitos da oxigenoterapia hiperbárica (OHB) como opção de manejo do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa, buscando artigos nas bases PubMed, SciELO e MEDLINE com os termos “Hyperbaric Oxygenation” e “Autism Spectrum Disorder”. Foram incluídos artigos primários, publicados entre 2009 e 2024, em português, inglês ou espanhol, disponíveis online. A análise contemplou a caracterização das amostras e dos resultados obtidos. Resultados: A revisão demonstrou que a OHB pode contribuir para a melhora da perfusão cerebral e a redução de sintomas centrais do TEA. Estudos indicaram melhorias significativas nas habilidades sociais, na comunicação e no comportamento, com resultados positivos em escalas de avaliação do autismo. No entanto, a heterogeneidade metodológica e a variabilidade nas populações analisadas ressaltam a necessidade de investigações adicionais. Considerações finais: A OHB se apresenta como uma intervenção promissora para o manejo do TEA, mostrando resultados encorajadores. Contudo, as limitações dos estudos, incluindo a falta de grupos controle rigorosos, enfatizam a importância de ensaios clínicos randomizados para elucidar sua real eficácia e potencial para melhorar a qualidade de vida de indivíduos no espectro autista.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. CARDOSO JS. A utilização da oxigenoterapia hiperbárica em idade pediátrica: a experiência do centro de medicina subaquática e hiperbárica. Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2015.
3. CURTIS K, et al. Evaluation of a Hyperbaric Oxygen Therapy Intervention in Individuals with Fibromyalgia. Pain Medicine, 2021; 22(6): 1324–1332.
4. DAUWE PB, et al. Does hyperbaric oxygen therapy work in facilitating acute wound healing: a systematic review. PlastReconstrSurg. 2014; 133(2): 208-15.
5. DEFILIPPIS M e WAGNER KD. Tratamento do Transtorno do Espectro do Autismo em Crianças e Adolescentes. Psychopharmacol Bull, 2016; 46(2): 18-41.
6. DOENYAS-BARAK K, et al. Hyperbaric oxygen therapy improves symptoms, brain’s microstructure and functionality in veterans with treatment resistant post-traumatic stress disorder: A prospective, randomized, controlled trial. PLOS ONE, 2022; 17(2): 264161.
7. EL-BAZ F, et al. Study the effect of hyperbaric oxygen therapx in Egyptian autistic children: A clinical trial. Egyptian Journal of Medical Human Genetics, 2014; 15(2): 155-162.
8. FADDA GM e CURY VE. A Experiência de Mães e Pais no Relacionamento com o Filho Diagnosticado com Autismo. Psicologia: teoria e pesquisa, 2019; 35(2).
9. FERNANDES CS, et al. Diagnóstico de autismo no século XXI: evolução dos domínios nas categorizações nosológicas. Psicologia USP, 2020; 31: 200027.
10. FERREIRA CIR. Etiologia e fisiopatologia da perturbação do espectro do autismo–revisão narrativa da literatura. PQDT-Global, 2020; 36.
11. FERREIRA L, et al. A oxigenoterapia hiperbárica como terapia complementar no tratamento do transtorno do espectro autista. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, 2016; 15: 37-44.
12. GOMES CGS, et al. Efeitos de Intervenção Comportamental Intensiva Realizada por Meio da Capacitação de Cuidadores de Crianças com Autismo. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, 2019; 35: 3523.
13. GUPTA SK e RATNAM BV. Cerebral perfusion abnormalities in children with autism and mental retardation: a segmental quantitative SPECT study. Indian pediatrics, 2009; 46(2).
14. HARCH PG, et al. Hyperbaric oxygen therapy for autism spectrum disorder: Retrospective analysis of clinical outcomes. J Neurological Science, 2020.
15. JOHNSON CP, et al. Identification and evaluation of children with autism spectrum disorders. Pediatrics, 2007; 120(5): 1183-1215.
16. KINZKOWSKI M e OLIVEIRA SA. Diagnóstico clínico e genético sobre o transtorno do espectro autista. Revista Mato-grossense de Saúde, 2024; 3(1): 48-66.
17. MERCADO WI. TEA–Diagnóstico precoce com reflexos na qualidade de vida da criança e da família. Research, Society and Development, 2022; 11(15): 544111537482.
18. MONTENEGRO MA, et al. Transtorno do Espectro Autista-TEA: manual prático de diagnóstico e tratamento. Thieme Revinter Publicações LTDA, 2018.
19. MOREIRA CN. A criança com transtorno do espectro autista TEA relatos sobre a importância da clínica e da escola na sua terapêutica/ Caroline Nascimento Moreira. – 2023; 41.
20. MUHLE R, et al. The genetics of autism. Pediatrics, 2004; 113(5): 472-486.
21. OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Transtorno do espectro autista. 2024. Disponível em: https ://www.paho.org/pt/topicos/transtorno-do-espectro-autista. Acesso em: out de 2024.
22. PETERSON T, et al. The Effects of Hyperbaric Oxygen Treatment on Verbal Scores in Children With Autism Spectrum Disorder: A Retrospective Trial. Cureus, 4 jan. 2024.
23. ROSSIGNOL DA, et al. Hyperbaric treatment for children with autism: a multicenter, randomized, double-blind, controlled trial. BMC pediatrics, 2009; 1-15.
24. SAKULCHIT TLC e Goldman RD. Oxiterapia hiperbárica para crianças com transtorno do espectro autista. Pode Fam Médico. 2017; 63(6): 446-448.
25. STYLES M, et al. Risk factors, diagnosis, prognosis and treatment of autism. Frontiers in Bioscience, 2020; 25(9): 1682-1717.
26. SUNDBERG M e VB-MAPP. Verbal Behavior Milestones Assessment and Placement Program: a language and social skills assessment program for children with autism or other developmental disabilities: guide. 2008.
27. SUZIN G, et al. Oxygen: The Rate-Limiting Factor for Episodic Memory Performance, Even in Healthy Young Individuals. Biomolecules, 2020; 10(9): 1328.