Fatores determinantes no Near Miss Materno em Unidade de Terapia Intensiva Obstétrica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Priscyla Nayara Calvinho Silva
Amanda Auxiliadora Jennings da Costa Silva
Renata Gama Mendes

Resumo

Objetivo: Investigar os fatores determinantes do near miss materno (NMM) nas unidades de terapia intensiva (UTI) obstétrica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPa). Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico, retrospectivo no qual foram avaliados prontuários de pacientes, do sexo feminino, em UTI Obstétrica na FSCMPa, em Belém- PA, no período de janeiro a dezembro de 2022, que tiveram o diagnóstico de NMM. Foi elaborado questionário que apresentava pelo menos um dos critérios de NMM estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva e analítica com auxílio do software BioEstat ® 5.4. O estudo foi aprovado pelo Comitê Ética e Pesquisa. Resultados: A amostra, com idade entre 19 e 25 anos, apresentou maioria de cor parda (93,6%), solteiras (83,9%) e 71% passaram pelo centro obstétrico. As condições que favoreceram internação em UTI foram pré-eclampsia (71%) seguida por sepse (22,6%). A via de parto foi cesárea (90%). Conclusão: A identificação de fatores de risco como desordens hipertensivas e disparidades socioeconômicas, evidencia a necessidade de intervenções direcionadas a grupos em situação de vulnerabilidade.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SilvaP. N. C., SilvaA. A. J. da C., & MendesR. G. (2025). Fatores determinantes no Near Miss Materno em Unidade de Terapia Intensiva Obstétrica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e19253. https://doi.org/10.25248/reas.e19253.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. AMORIM MM, et al. Morbidade materna grave em UTI obstétrica no Recife, região nordeste do Brasil. Revista Associação Médica Brasileira, 2008; 54(3): 261-6.

2. ANDRADE MS e VIEIRA EM. Itinerários terapêuticos de mulheres com morbidade materna grave. Caderno Saúde Pública, 2018; 34(7).

3. BENEFIELD LE. Implementing evidence-based practice in home care. Home Health Nurse, 2003; v. 21, 12: 804-811.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual dos comitês de mortalidade materna / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 3. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009; 104 p.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/06/Boletim-epidemiologico-SVS-20-aa.pdf. Acessado em: 14 de dezembro de 2024.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Uma análise da situação de saúde com enfoque nas doenças imunopreveníveis. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2019_analise_situacao.pdf. Acessado em 14 de dezembro de 2024.

7. CARRENO I, et al. Epidemiological profile of maternal deaths in Rio Grande do Sul, Brazil: 2004-2007. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2012; 15(2): 396-406.

8. CARRENO I, et al. Temporal evolution and spatial distribution of maternal death. Revista de Saúde Pública, 2014; 48: 662-670.

9. CARVALHEIRA APP. Sentimentos e percepções de mulheres no ciclo gravídico-puerperal que sobreviveram à morbidade materna grave. Tese de mestrado (Mestrado em enfermagem) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2009; p.10.

10. CREANGA AA, et al. Racial and ethnic disparities in severe maternal morbidity: a multistate analysis, 2008-2010. American Journal Obstetric and Gynecology, 2014; 210(5): 435.

11. DIAS MAB, et al. Incidência do near miss materno no parto e pós-parto hospitalar: dados da pesquisa Nascer no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 2014; 30(1): S169–S181.

12. FEDUNIW S, et al. Epidemiology, prevention and management of early postpartum hemorrhage — a systematic review. Ginekologia Polska, 2020; 91(1): 38–44.

13. FERREIRA EC, et al. Robson Ten Group Classification System applied to women with severe maternal morbidity. Birth [Internet], 2015; 42(1): 38-47.

14. GALVÃO LP, et al. The prevalence of severe maternal morbidity and near miss and associated factors in Sergipe, Northeast Brazil. BMC Pregnancy Childbirth, 2014; 14: 25.

15. GOMES JO, et al. Perfil sociodemográfico e clínico de mortalidade materna. Revista de Enfermagem UFPE on line, 2018; 12(12): 3165–3171.

16. HERDT MCW, et al. Temporal Trend of near Miss and its Regional Variations in Brazil from 2010 to 2018. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2021; 43: 97-106.

17. KACHALE F, et al. Determinants of maternal near-miss cases at two selected central hospitals in Malawi. Malawi Med J. 2021; 33: 3-9.

18. MENDES JKS, et al. Fatores associados ao near miss e mortalidade materna no Brasil: uma revisão sistemática. Revista de Medicina (São Paulo), 2024; 103(4): e226758.

19. MORSE ML, et al. Morbidade materna grave e Near Miss em um hospital de referência regional. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2011; 4(2): 310-22.

20. OLIVEIRA LC e COSTA AAR. Maternal near miss in the intensive care unit: clinical and epidemiological aspects. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 2015; 27(3): 2020-7.

21. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Saúde materna. Disponível em: https://www.paho.org/pt/node/63100. Acessado em: 14 de dezembro de 2024.

22. PACHECO LD, et al. Medical management of postpartum hemorrhage: an update. Seminars in Perinatology, 2019; 43(1): 22–26.

23. PATTINSON R. Near miss audit in obstetrics. Best Practice & Research Clinical Obstetrics & Gynaecology, 2009;. 23(3): 285–286.

24. PINTO KB, et al. Panorama de Mortalidade Materna no Brasil por Causas Obstétricas Diretas. Research, Society and Development, 2022; 11(6): e17111628753.

25. SOUZA JP, et al. Maternal morbidity and near miss in the community: findings from the 2006 Brazilian demographic health survey. BJOG, 2010; 117(13): 1586-1592.

26. TESHOME HN, et al. Determinants of maternal near-miss among women admitted to public hospitals in North Shewa Zone, Ethiopia: A case-control study. Front Public Health, 2022; 10: 996885.

27. TUNÇALP O, et al. The prevalence of maternal near miss: a systematic review. BJOG, 2012; 119(6) : 653-61.

28. TUNÇALP Ö, et al. Education and severe maternal outcomes in developing countries: a multicountry cross-sectional survey. BJOG, 2014; 121(1): 57-65.

29. WHO. World Health Organization. Evaluating the quality of care for severe pregnancy complications: the WHO near-miss approach for maternal health. Genova: WHO, 2011.

30. WHO. World Health Organization. International statistical classification of diseases and related health problems. 5. ed. rev. Geneva: [s. n.], 2016.

31. WHO. World Health Organization. Trends in maternal mortality 2000 to 2020: estimates by WHO, UNICEF, UNFPA, World Bank Group and UNDESA/Population Division. Geneva: World Health Organization, 2023. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240068759. Acessado em: 14 de dezembro de 2024.

32. WHO. World Health Organization. Evaluating the quality of care for severe pregnancy complications: the WHO near-miss approach for maternal health. Geneva, Switzerland: Word Health Organization, 2011. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44692/9789241502221_eng.pdf?sequence=. Acessado em: 14 de dezembro de 2024.

33. SAY L, et al. Maternal near miss - towards a standard tool for monitoring quality of maternal health care. Best Practice and Research Clinical Obstetrics Gynaecology, 2009; 23:287–296.

34. de LIMA THB, et al. Maternal near miss determinants at a maternity hospital for high-risk pregnancy in northeastern Brazil: a prospective study. BMC Pregnancy Childbirth, 2019; Aug 1;19(1):271.

35. MA Y, et al. Low Incidence of Maternal Near-Miss in Zhejiang, a Developed Chinese Province: A Cross-Sectional Study Using the WHO Approach. Clin Epidemiol, 2020; Apr 29;12:405-414.