Atitudes de pais sobre imunização infantil
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Avaliar comportamentos e atitudes de pais quanto à vacinação infantil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo, conduzido com 200 pais de crianças de 0 a 11 anos de idade, cadastradas em unidades de saúde da família. Os usuários responderam questionário sobre vacinação infantil. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva. Resultados: A amostra teve média de idade de 31,7 ± 7,8 anos, a maioria era mulheres (95%), 44% tinha ensino fundamental e 46% ensino médio. A maioria das famílias (64,5%) tinha renda menor que um salário-mínimo. Os pais acreditavam que seria melhor para seus filhos receberem menos doses de vacinas por vez (44%), e 31, % se preocupavam com eventos adversos pós vacinação. Em 28% os pais relataram ter atrasado a vacinação dos filhos e, 12% deixaram de vaciná-los. A maioria (85,6%) dos pais achava importante seguir o calendário de vacinação, e 95% declaravam intenção de vacinar os filhos no futuro, além disso, 95% confiavam nas informações vacinais recebidas dos profissionais de saúde. Conclusão: Atrasar e deixar de vacinar as crianças são comportamentos frequentes. Pais tem atitudes paradoxais quanto a vacinas dos filhos, embora se preocupem com eficácia e segurança das vacinas, referem intensão de vaciná-los.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BARBIERI CLA e COUTO MT. Decision-making on childhood vaccination by highly educated parents. Rev Saude Pública 2015; 49: 18.
3. BRASIL. Conselho Nacional de Secretaria de Saúde. A queda na Imunização no Brasil. Ver. Consensus/Saúde em Foco. 2017;25. Disponível em: https ://conass.org.br. Acesso em: 03 de novembro de 2024.
4. BRASIL. Conselho Nacional do Ministério Público. 2024. Disponível em: https ://www.cnmp.mp.b r/portal/institucional/comissoes/comissaodasaude/pactonacionalpelaconsciencia-vacinal/estudo-sobre-a-consciencia-vacinal-no-brasil. Acessado em: 03 de novembro de 2024.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS Tecnologia de Informação a Serviço do SUS. 2023. Disponível em: < http ://tabnet.datasus.gov.br/cgi/dhdat.exe?bd_pni/cpnibr.def>. Acesso em: 02 de novembro de 2024.
6. CÉSARE N, et al. Longitudinal profiling of the vaccination coverage in Brazil reveals a recent change in the patterns hallmarked by differential reduction across regions. International Journal of Infectious Diseases. 2020; 98: 275-280.
7. DOMINGUES CM, et al. 46 anos do Programa Nacional de Imunizações: uma história repleta de conquistas e desafios a serem superados. Cad. Saúde Pública, 2020; 36: 1-17.
8. DUBÉ E, et al. Underlying factors impacting vaccine hesitancy in high income countries: a review of qualitative studies. Expert Rev Vaccines. 2018; 17(11): 989–1004.
9. GJINI E, et al. Parents' and caregivers' role toward childhood vaccination in Albania: assessment of predictors of vaccine hesitancy. Ann Ig. 2023; 35(1): 75-83.
10. GOLDSTEIN S, et al. Health communication and vaccine hesitancy. Vaccine, 2015; 33(34): 4212-14.
11. GUALANO MR, et al. Attitude and beliefs towards compulsory vaccination: a systematic review. Hum Vaccin Immunother. 2019; 15(4): 918-31.
12. HENRIKSON NB, et al. Longitudinal trends in vaccine hesitancy in a cohort of mothers surveyed in Washington State, 2013– 2015. Public Health Reports. 2017; 132(4): 451- 54.
13. HUSSAIN A, et al. The Anti-vaccination Movement: A Regression in Modern Medicine. Cureus. 2018; 10(7): 2919.
14. LARSON HJ, et al. The State of Vaccine Confidence 2016: Global Insights Through a 67-Country Survey. EBioMedicine. 2016; 12: 295-30.
15. LARSON HJ, et al. Understanding vaccine hesitancy around vaccines and vaccination from a global perspective: A systematic review of published literature, 2007–2012. Vaccine. 2014; 32(19): 2150–2159.
16. LIMA MMO, et al. Parents’ or legal guardians’ beliefs and attitudes about childhood vaccination: a scoping review. Rev Bras Enferm. 2024; 77(4): 20240126.
17. LOKE AY, et al. The uptake of human papillomavirus vaccination and its associated factors among adolescents: a systematic review. J Prim Care Community Health. 2017; 8: 349-62.
18. MACDONALD NE e SAGE. Working Group on Vaccine Hesitancy. Vaccine hesitancy: Definition, scope and determinants. Vaccine. 2015; 33(34): 4161-4.
19. MARSHALL S, et al. Parent attitudes about childhood vaccines: point prevalence survey of vaccine hesitancy in an Irish population. Pharmacy. 2021; 9(4).
20. MARVILA GÉ, et al. Associated factors with vaccine hesitancy in mothers of children up to two years old in a Brazilian city. PLOS Glob Public Health. 2023; 3(6): 2026.
21. MAYEROVÁ D e ABBAS K. Oportunidade de imunização infantil e confiança na vacina por fonte de informações de saúde, características maternas, socioeconômicas e geográficas na Albânia. 9 BMC Saude Pública. 2021; 21(1): 1724.
22. NOUR RA. Systematic Review of Methods to Improve Attitudes Towards Childhood Vaccinations. Cureus. 2019; 11(7): 5067.
23. OLIVEIRA IO, et al. Anti- vaccination movements in the world and in Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2022; 55.
24. OMS. Organização Mundial da Saúde. Agenda de Imunização 2030; 2021.
25. PIVETTI M, et al. Vaccines and autism: a preliminary qualitative study on the beliefs of concerned mothers in Italy. Int J Qualit Stud Health Wellbeing. 2020; 15(1): 1754086.
26. SANTOS JÚNIOR CJ e COSTA PJ. Adaptação transcultural e validação para o português (Brasil) do Parent Attitudes About Childhood Vaccine (PACV). Ciênc. saúde coletiva. 2022; 27(5): 2057-70.
27. SANTOS JÚNIOR CJ, et al. Hesitação vacinal e a ‘pandemia’ dos não vacinados: o que fazer para enfrentar a nova “Revolta da vacina”? Medicina. 2022; 55(1).
28. SATO APS. What is the importance of vaccine hesitancy in the drop of vaccination coverage in Brazil? Rev. Saúde Pública. 2018; 52: 1-9.
29. SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria. Os desafios das coberturas vacinais e o fenômeno da hesitação. Departamento Científico de Imunizações (Gestão 2022-2024). 2024. Disponível em: https ://www.sbp.com.br. Acesso em: 15 de novembro de 2024.
30. SILVEIRA MF, et al. The emergence of vaccine hesitancy among upper-class Brazilians: Results from four birth cohorts, 1982-2015. Vaccine. 2020 Jan 16; 38(3): 482-488.
31. WEINBERG GA e SZILAGYI PG. Vaccine epidemiology: efficacy, effectiveness, and the translational research roadmap. J Infect Dis. 2010; 201: 1607-10.
32. WHO. World Health Organization. Ten threats to global health in 2019. 2019 [cited Jul 2020]. Available from: https ://www.who.int/. Acesso em: 10 de novembro 2024.
33. YAKUB O, et al. Attitudes to vaccination: a critical review. Social Scienci e Medicine. 2014; 112: 1- 11.
34. ZORZETTO R. As razões da queda na vacinação. Pesqui. Fapesp. 2018; (270):19-24.