Farmacovigilância e eventos adversos associados à losartana potássica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Guilherme Valente Cavalcante
Thainara Leitão Viana
Victor dos Santos Araújo
Luciana de Cássia Silva do Nascimento

Resumo

Objetivo: Analisar o perfil de eventos adversos associados ao uso da losartana potássica no Brasil entre os anos 2018 a 2023. Métodos: Estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa, utilizando dados secundários obtidos da plataforma VigiMed, no período de 01/01/2018 a 02/04/2023. Resultados: Foram registradas 18 notificações, envolvendo pacientes de 24 a 90 anos. A maioria (88%) pertencia à geração X, 50% são do sexo feminino e 50% do sexo masculino. Em 55% dos casos, houve a retirada do medicamento, 94% utilizaram a dose 50mg, e 72% relataram uso duas vezes ao dia. As notificações foram realizadas por farmacêuticos em 50% dos casos, sendo 77% espontâneas. O evento adverso mais citado com 11% foi a omissão da dose; quanto a gravidade 33% relatou outro efeito clinicamente significativo e 50% dos casos foram considerados resolvidos. Conclusão: Os resultados indicaram os pacientes pertenciam à geração X, sugerindo que a idade avançada é um fator de risco mais significativo do que o sexo, dado que a proporção entre homens e mulheres foi equivalente. Embora os farmacêuticos desempenhem papel essencial na notificação desses eventos, apenas uma parte das reações é efetivamente reportada, comprometendo a identificação de sinais de segurança medicamentosa.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
CavalcanteG. V., VianaT. L., AraújoV. dos S., & NascimentoL. de C. S. do. (2025). Farmacovigilância e eventos adversos associados à losartana potássica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e19385. https://doi.org/10.25248/reas.e19385.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Boletim de Farmacovigilância n° 7: Subnotificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos. 2019.

2. BARROSO WKS, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. ArqBrasCardiol. 2021; 116(3): 516-658.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica. Caderno de Atenção Básica, n. 5. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022.

5. CAMPOS MCG, SENGER MH. Avaliação do estágio de urgências clínicas em uma unidade de pronto atendimento sob a perspectiva dos alunos. RevBrasEducMed. 2011;38(1):103–12.

6. DE ANDRADE ROYO, V. et al. Análise do medicamento losartana potássica manipulado em farmácias de Montes Claros-MG. Infarma-Ciências Farmacêuticas, v. 26, n. 4, p. 229-232. 2014.

7. DE BRITO MF, LINS CA. VigiMed: notificações de suspeitas de eventos adversos relacionados aos medicamentos no Rio Grande do Sul, 2023. Jornal De Assistência Farmacêutica E Farmacoeconomia, 8(4).

8. DIAZ VVM, et al. Perfil de reações adversas associadas ao uso de medicamentos que atuam no sistema cardiovascular: uma série de relato de casos. IJHS-PDVS, Edição Especial: 2º ConSAÚDE, Recife, v. 3, n. 2, p. 189-190, out. 2024.

9. GISMONDI RA, et al. Comparison of benazepril and losartan on endothelial function and vascular stiffness in patients with Type 2 diabetes mellitus and hypertension: A randomized controlled trial. J Renin Angiotensin Aldosterone Syst. 2015 Dec;16(4):967-74.

10.KONSTAM MA, et al. Effects of high-dose versus low-dose losartán on clinical outcomes in patients with heart failure (HEAAL study): A randomised, double-blind trial, Lancet, 374(9704), 1840-1848 (2009)

11. LOPEZ-GONZALEZ E, et al. Determinants of under-reporting of adverse drug reactions: a systematic review. Drug Saf. 2009;32(1):19–31.

12. MAIGETTER K, et al. Pharmacovigilance in India, Uganda and South Afri ca with reference to WHO’s minimum requirements. Int J HealPolicyManag. 2015;4(5):295–305.

13. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Relatório aponta que o número de adultos com hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/maio/relatorio-aponta-que-numero-de-adultos-com-hipertensao-aumentou-3-7-em-15-anos-no-brasil. Acesso em: 6 nov. 2024.

14. MODESTO ACF, et al. Reações adversas a medicamentos e farmacovigilância: conhecimentos e condutas de profissionais de saúde de um hospital da rede sentinela. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 40, n. 3, p. 401-410, 2016.

15. OLIVEIRA, HSB, et al. Risk factors associated with potential cardiovascular and cerebrovascular adverse events in elderly individuals assisted at secondary level (2020). Rev. Assoc. Med. Bras. 66(8), 1087-1092.

16. REIS, L.L.M., et al. (2018). Métodos não farmacológicos utilizados pelo Enfermeiro na prevenção e controle da Hipertensão Arterial Sistêmica. Nursing USP,21(244),2338-2341.

17. ROMEU GA, et al. Notification of adverse reactions in a sentinel hospital of Fortaleza – Ceará. Rev Bras Farm Hosp Serv Saude. (2019).

18. SCHREUDER, J., et al. Safety, tolerability, and outcomes of losartan use in patients hospitalized with SARS-CoV-2 infection: A feasibility study. PLOS ONE, 2021.

19. SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. (2020). Sociedade Brasileira de Nefrologia. VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. ArqBrasCardiol.

20. ŠOLA KF, et al. Drug therapy problems identified among older adults placed in a nursing home: the Croatian experience (2020). Journal of International.

21. SOUZA, AJG, et al. Reações adversas associadas ao uso de anti-hipertensivos em pacientes com doenças renais crônicas: revisão sistemática.BrazilianJournalofDevelopment. 2022.

22. TEUTO. Losartana potássica: comprimido revestido 50 mg. Responsável técnico: Andreia Cavalcante Silva. Goiás: Teuto, 2019.

23. UPPSALA MC - UMC. Annual Report. July 2017 - June 2018. 2018. p. 1–24.

24. VALLEJOS, AN, et al. Caracterización de pacientes con prescripción de losartán en dosis superior a la dosis máxima diaria, su problemática e intervención (2022). Revista Colombiana de Ciencias Químicas y Farmacéuticas, 51(2), 912-924

25. VARALLO FR, et al. [Causes for the underreporting of adverse drug events by health professionals: a systematic review]. Rev Esc Enferm USP. 2014 Aug;48(4):739–47.

26. WANG, et al. Association between: Potentially Inappropriate Medication Use and Chronic Diseases in the Elderly. (2019). International Journal of Environmental Research and Public Health. 16(12), 2189.