Intervalo de tempo entre diagnóstico e início do tratamento do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço associado ao estágio da doença

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Maria Luíza Campos Galarza Kikugawa
Ana Emília Farias Pontes
Brenda Neves Barreto
Carlos Eduardo Pinto de Alcântara
Carolina Oliveira de Lima
Elaine Maria Sgavioli Massucato
Mariane Floriano Lopes Santos Lacerda
Patricia do Socorro Queiroz Feio
Pedro Paulo Lopes de Oliveira Júnior
Rose Mara Ortega

Resumo

Objetivo: Analisar o intervalo de tempo existente entre o diagnóstico e o início do tratamento, relacionando com o estágio em que a doença foi diagnosticada e o falecimento. Métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo que analisou 134 prontuários de pacientes diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço em um dos centros de referência para tratamento de câncer na cidade de Governador Valadares, Minas Gerais, nos anos de 2019 e 2020. Resultados: O Carcinoma Espinocelular foi diagnosticado em 92,5% dos casos. 8,4% dos casos foram diagnosticados no estágio I, 9% no estágio II, 15,9% no estágio III e 44,7% no estágio IV. O intervalo de tempo entre o diagnóstico e início do tratamento foi maior nos casos diagnosticados nos estágios I e II e menor nos casos diagnosticados nos estágios III e IV. O falecimento foi relacionado aos estágios III e IV da doença. Conclusão: Embora os resultados estejam de acordo com a literatura, o presente estudo reflete uma ocorrência local, entretanto, podemos sugerir que o maior intervalo de tempo entre o diagnóstico e início do tratamento deve-se ao tempo necessário para o planejamento e preparo cirúrgico.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
KikugawaM. L. C. G., PontesA. E. F., BarretoB. N., AlcântaraC. E. P. de, LimaC. O. de, MassucatoE. M. S., LacerdaM. F. L. S., FeioP. do S. Q., Oliveira JúniorP. P. L. de, & OrtegaR. M. (2025). Intervalo de tempo entre diagnóstico e início do tratamento do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço associado ao estágio da doença. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(5), e19440. https://doi.org/10.25248/reas.e19440.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ANDRADE JOM, et al. Fatores associados ao câncer de boca: um estudo de caso-controle em uma população do Nordeste do Brasil. Ver. Bras. Epidemiol, 2015; 18(4): 894-905.

2. BARSOUK A, et al. Epidemiology, Risk Factors, and Prevention of Head and Neck Squamous Cell Carcinoma Med Sci (Basel). 2023; 11(2): 42.

3. DHANUTHAI K, et al. Oral cancer: A multicenter study. Med Oral Patol Oral Cir Bucal, 2018; 23(1): 23- 29.

4. EUGENIE DU, et al., Long-term Survival in Head and Neck Cancer: Impact of Site, Stage, Smoking, and Human Papillomavirus Status. Laryngoscope, 2019; 129(11): 2506–2513.

5. FARQUHAR DR, et al. Travel time to provider is associated with advanced stage at diagnosis among low in come head and neck squamous cell carcinoma patients in North Carolina. Oral Oncology, 2019; 89: 115–120.

6. FELIPPU AW, et al. Impact of delay in the diagnosis and treatment of head and neck cancer. Braz J Otorhinolaryngol, 2016; 82(2): 140-3.

7. GEORGES P, et al. Chemotherapy advances in locally advanced head and neck cancer. World J Clin Oncol 2014; 5(5): 966-972.

8. GORMLEY M, et al. Reviewing the epidemiology of head and neck cancer: definitions, trends and risk factors. British Dental Journal. 2022; 233(9): 780-786.

9. GÜNERI P e EPSTEIN JB. Late stage diagnosis of oral cancer: components and possible solutions. Oral Oncol, 2014; 50(12): 1131-6.

10. HYUNA SUNG, et al. Global Cancer Statistics 2020: GLOBOCAN Estimates of Incidence and Mortality Worldwide for 36 Cancers in 185 Countries. CA Cancer J Clin. 2021; 71(3): 209-249.

11. INCA. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Disponível em: Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil | INCA - Instituto Nacional de Câncer.

12. KHAN KH, et al. Targeting the PI3K-AKT-mTop signaling network in cancer. Chin J Cancer, 2013; 32(5): 253-265.

13. LIAO DZ, et al. Association of Delayed Time to Treatment Initiation With Overall Survival and Recurrence Among Patients With Head and Neck Squamous Cell Carcinoma in an Underserved Urban Population. JAMA Otolaryngol Head Neck Surg, 2019; 145(11): 1001-1009.

14. LYDIATT W, et al. Major Changes in Head and Neck Staging for 2018. American Society of Clinical Oncology, 2018; 38.

15. MONTERO PH e PATEL SG. Cancer of the oral cavity. Surg Oncol Clin N Am, 2015; 24(3): 491-508.

16. MUPPARAPU M e SHANTI RM. Evaluation and Staging of Oral Cancer. Dent Clin North Am, 2018; 47-58.

17. NEVILLE BW e TERRY AD. Oral cancer and precancerous lesions. CA Cancer JClin, 2002; 52(4): 195-215.

18. QUILES SM, et al. Factors associated with diagnosis delay in head and neck cancer. Acta Otorrinolaringologica, 2022; 73: 19-26.

19. RIVERA C. Essentials of oral câncer. Int J Clin Exp Pathol, 2015; 8(9): 11884-94.

20. ROGERS SN, et al. Reasons for delayed presentation in oral and oropharyngeal cancer: the patients perspective. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 2011; 59: 349-353.

21. SCHOONBEEK RC, et al. Determinants of delay and association with outcome in head and neck cancer: A systematic review. European Journal of Surgical Oncology, 2021; 47: 1816-1827.

22. T SINGH e SCHENBERG. Delayed diagnosis of oral squamous cell carcinoma following dental treatment. Ann R Coll Surg Engl, 2013; 95(5): 369–373.

23. WANG Y, et al. Perioperative mortality of head and neck cancers. BMC Cancer, 2021; 21: 9.

24. WONG HM. Oral complications and management strategies for patients undergoing cancer therapy. ScientificWorldJournal, 2018; 8: 581795.

25. WONG TSC e WIESENFELD D. Oral Cancer. Aust Dent J, 2018; 63(1): 91-99.