Avaliação da dinâmica de fragilidade em pacientes idosos onco-hematológicos
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Descrever a avaliação dinâmica de fragilidade e funcionalidade em pacientes idosos onco-hematológicos atendidos no ambulatório de Hematologia do Hospital Ophir Loyola, Belém, Pará, identificando características clínicas e analisando fragilidade e funcionalidade conforme o diagnóstico. Métodos: Estudo prospectivo, observacional e descritivo com 70 pacientes diagnosticados com doenças linfoproliferativas e mieloma múltiplo. Utilizou-se a Ficha de Avaliação Protocolar Onco-hematogeriatria, incluindo dados sociodemográficos, antropométricos, clínicos e funcionais. Aplicaram-se a Escala de Fragilidade (Frail Scale) e a Escala de Lawton para avaliar a funcionalidade atual e seis meses antes, com análises descritivas e inferenciais realizadas pelo software Biostat. Resultados: Inicialmente, 85,71% dos pacientes eram independentes pela Escala de Lawton, reduzindo para 60% após seis meses (p < 0,0001). O mieloma múltiplo apresentou maior piora funcional, com aumento de dependência grave (0% para 19,35%) e moderada (3,23% para 22,58%; p = 0,0024). A Frail Scale revelou aumento significativo na fragilidade entre pacientes com mieloma múltiplo (12,90% para 35,48%; p = 0,0002). O IMC médio foi 25,5 kg/m² (±4,891), indicando prevalência de sobrepeso. Conclusão: A funcionalidade e fragilidade deterioram-se ao longo do tempo, especialmente em pacientes com mieloma múltiplo, destacando a importância do monitoramento e intervenções precoces para reduzir os impactos clínicos. Estudos futuros devem explorar essas interações em maior profundidade
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. CLEGG A, et al. Frailty in elderly people. Lancet, 2013;381(9868):752-762.
3. CRUZ-JENTOFT AJ, et al. Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis. Age and Ageing, 2019;48(1):16-31.
4. DENT E, et al. Management of frailty: opportunities, challenges, and future directions. The Lancet, 2019; 394(10206): 1376-1386.
5. DHAKAL P, et al. Prevalence and effects of polypharmacy on overall survival in acute myeloid leukemia. Leuk Lymphoma, 2020;61(7):1702-1708.
6. FERNANDES NLM. Avaliação do perfil clínico dos pacientes atendidos no ambulatório de oncogeriatria de um serviço terciário. [dissertação]. Ribeirão Preto: University of São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; 2023.
7. FREIRE JCG, et al. Fatores associados à fragilidade em idosos hospitalizados: uma revisão integrativa. Saúde Debate, 2017; 41(115): 1199-1211.
8. FRIED LP, et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci, 2001;56(3):M146-156.
9. GOEDE V, et al. Frailty assessment in the care of older people with haematological malignancies. Lancet Healthy Longev, 2021;2(11):e736-e745.
10. GORDON MJ, et al. Comorbidities predict inferior outcomes in chronic lymphocytic leukemia treated with ibrutinib. Cancer, 2018;124(15):3192-3200.
11. HAMAKER ME, et al. The relevance of a geriatric assessment for elderly patients with a haematological malignancy - a systematic review. Leuk Res, 2014;38(3):275-283.
12. JOHNSON PC. Frailty and Diffuse Large B-Cell Lymphoma: Where do we go from here? Journal of the National Comprehensive Cancer Network, 2022; 20(6): 735-736.
13. KARNAKIS T. Oncogeriatria: uma revisão da avaliação geriátrica ampla nos pacientes com câncer. RBM Rev. Bras. Med., 2011; 68(5): esp.
14. KIM DH, ROCKWOOD K. Frailty in Older Adults. N Engl J Med, 2024;391(6):538-548.
15. KOJIMA G, et al. Frailty syndrome: implications and challenges for healthcare policy. Risk Manag Healthc Policy, 2019;12:23-30.
16. KOLL TT, ROSKO AE. Frailty in Hematologic Malignancy. Curr Hemato lMalig Rep, 2018;13(3):143-154.
17. KROK-SCHOEN JL, et al. Incidence and survival of hematological cancers among adults ages ≥75 years. Cancer Med, 2018;7(7):3425-3433.
18. KUMAR SK, et al. NCCN guidelines insights: multiple myeloma, version 1.2020. J Natl Compr Canc Netw, 2019;17(10):1154-1165.
19. LAMB M, et al. Lymphoid blood cancers, incidence and survival 2005-2023: a report from the UK's Haematological Malignancy Research Network. Cancer Epidemiol., 2024;88:102513.
20. LAWTON MP, BRODY EM. Assessment of older people: self-maintaining and instrumental activities of daily living. Gerontologist, 1969;9(3):179-186.
21. MERCANTE DR. Condições de saúde de idosos com linfoma não-Hodgkin segundo a avaliação geriátrica multidimensional. [dissertação]. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; 2018.
22. MISHRA R, et al. A population-level analysis of second hematological malignancies in chronic lymphocytic leukemia/small lymphocytic lymphoma survivors in the era of targeted therapies. Hematol Oncol, 2023;41(5):884-893.
23. MORAES EN. Atenção à Saúde do Idoso: Aspectos Conceituais. Brasília, DF: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012; 245p.
24. MORLEY JE, et al. Frailty consensus: a call to action. Journal of the American Medical Directors Association, 2013; 14(6): 392-397.
25. NAJAS M, et al. Nutrição em gerontologia. In: FREITAS EV, et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Cap. 126.
26. PAIVA, AS. Perfis imunofenotípicos das doenças linfoproliferativas crônicas no Rio Grande do Norte. 2018. [Tese]. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018.
27. PEREIRA EEB, et al. Avaliação da capacidade funcional do paciente oncogeriátrico hospitalizado. Rev Pan-Amaz Saude, 2014;5(4):37-44.
28. PINHO FMO, et al. Exame físico geral. In: PORTO CC. Semiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Cap. 8, p. 78-116.
29. PINTO MP. As grandes síndromes geriátricas. Revista Oficial SPGG, 2022;1:21-27.
30. ROCKWOOD K, MITNITSKI A. Frailty defined by deficit accumulation and geriatric medicine defined by frailty. Clinics in Geriatric Medicine, 2011; 27(1): 17-26.
31. ROCKWOOD K, MITNITSKI A. Frailty in relation to the accumulation of deficits. J Gerontol a Biol Sci Med Sci, 2007;62(7):722-727.
32. ROSA ML, et al. Use of drugs that induce osteoporosis or fracture in older adults with multiple myeloma: cross-sectional study. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, 2023;14(2):0922.
33. SCHEEPERS ERM, et al. Geriatric assessment in older patients with a hematologic malignancy: a systematic review. Haematologica, 2020;105(6):1484-1493.
34. SEMPREBOM PTF, et al. Functional capacity and self-care practices of older primary healthcare users and their association with indicators of social vulnerability. Cad Bras Ter Ocup, 2024;32:e3619.
35. STRATI P, et al. Relationship between co-morbidities at diagnosis, survival and ultimate cause of death in patients with chronic lymphocytic leukaemia (CLL): a prospective cohort study. Br J Haematol, 2017;178:394-402.
36. UMIT EG, et al. Frailty in patients with acute myeloid leukaemia, conceptual misapprehension of chronological age. Eur J Cancer Care (Engl), 2018;27(2):e12810.
37. WILDIERS H, et al. International Society of Geriatric Oncology consensus on geriatric assessment in older patients with cancer. J Clin Oncol, 2014;32(24):2595-2603.