Controle clínico da diabetes tipo 2 e a contribuição do cuidado farmacêutico
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Resumo
Objetivo: Investigar a contribuição do cuidado farmacêutico para o controle da Diabetes tipo 2 (DM2) em usuários de Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Métodos: Realizou-se um estudo longitudinal retrospectivo. Foram utilizados dados secundários provenientes dos formulários de consultas farmacêuticas e do sistema informatizado local (e-Saúde). A população do estudo foi constituída por pessoas com DM2 insulinizadas, cadastradas nas UBSs e em acompanhamento farmacêutico desde o ano de 2018. Resultados: Predominaram pessoas do sexo feminino (65,5%); 50 a 69 anos (63,6%), alfabetizadas (76,7%), sem cuidador (76,8%), sedentárias (74,7%), com autonomia de uso dos medicamentos (89,9%) e em uso de 4 a 9 medicamentos (81,9%). Os maiores problemas envolvendo o uso da insulina foram a homogeneização incorreta (91,9%), omissão de doses (79,8%), prescrição em subdose (77,7%) e administração inadequada (65,6%). As pessoas com DM2 também usavam hipoglicemiantes orais, hipocolesterolemiantes, anticoagulantes e hipotensores. Após as consultas farmacêuticas houve redução significativa dos valores sanguíneos de hemoglobina glicada (p<0,001). Conclusão: As consultas farmacêuticas podem fortalecer o cuidado integral das pessoas assistidas pelas equipes de saúde das UBSs, contribuindo para o controle das doenças crônicas, a melhora da qualidade de vida e a otimização dos recursos do Sistema Único de Saúde.
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