Análise da frequência da contaminação bacteriana em concentrados de plaquetas
##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar a frequência de contaminação bacteriana em concentrados de plaquetas (CPs) em um Serviço de Hemoterapia público em Belém – Pará, Brasil. Métodos: Estudo quantitativo, de natureza descritiva e transversal. O procedimento de coleta de dados foi realizado no Hemocentro Coordenador da Fundação HEMOPA e abarcou o período de janeiro de 2022 a junho de 2024. Os dados foram tabelados e processados através do software Microsoft Excel ®, onde realizou-se o cálculo da frequência relativa. Resultados: A média da frequência de contaminação bacteriana no período analisado foi de 0,5%. As bactérias Gram-positivas representaram 88,8%, sendo S. epidermidis e S. aureus as espécies mais frequentes. A maior frequência de positividade segundo o tipo de hemocomponente foi de CPBC (58,6%), além disso, o total de hemocomponentes descartados no período foi de 508, sendo maior a frequência de descarte de PFC. Conclusão: A alta susceptibilidade dos concentrados de plaquetas à proliferação bacteriana requer melhorias contínuas nos serviços de hemoterapia, visando aprimorar a segurança transfusional e reduzir o descarte de hemocomponentes. Assim, a análise do perfil e da frequência da contaminação bacteriana em CPs é essencial para a adoção de estratégias eficazes de prevenção.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ALTUN O et al. Controlled Evaluation of the New BacT/Alert Virtuo Blood Culture System for Detection and Time to Detection of Bacteria and Yeasts. Journal of Clinical Microbiology, 2016; 54(4): 1148–1151.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC Nº 34, de 11 de junho de 2014, que dispõe sobre as Boas Práticas no Ciclo do Sangue, 2014.
4. BRASIL Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2007. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/manual_integra_lavagem_das_maos_anvisa.pdf. Acessado em: 30 de janeiro de 2025.
5. BRASIL Agência Nacional De Vigilância Sanitária (ANVISA). Produção hemoterápica no Brasil, 2024.
6. BRASIL Agência Nacional De Vigilância Sanitária (ANVISA). Manual para o Sistema Nacional de Hemovigilância no Brasil, 2022. Disponível em: https://abhh.org.br/wp-content/uploads/2022/12/Manual-de-Hemovigilancia-v.2022.pdf. Acessado em: 30 de janeiro de 2025.
7. BRASIL Ministério da Saúde. Portaria Nº 158, de 4 de fevereiro de 2016. Redefine o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos, 2016.
8. BUCHHOLZ DH et al. Effects of White Cell Reduction on the Resistance of Blood Components to Bacterial Multiplication. Transfusion, 1994; 34(10): 852–857.
9. COVO MZ et al. Financial cost of Whole blood and blood component disposals in a Brazilian coordinating blood center. Revista Gaúcha de Enfermagem, 2019; 40: 1-7.
10. CUNHA G et al. Bacterial contamination of random-donor platelets in a university hospital in the midwestern region of Brazil. Transfusion, 2007; 48(2): 282-285.
11. IBÁÑEZ-CERVANTES G et al. Prevalence of Bacterial Contamination in Platelet Concentrates at the National Center of Blood Transfusion (Mexico). Transfusion Clinique et Biologique, 2017; 24(2): 56–61.
12. JACOBS MR et al. Bacterial Contamination of Platelet Products. Microorganisms, 2024; 12: 258–258.
13. KLAUSENSS et al. Bacterial Contamination of Blood Components: Norwegian Strategies in Identifying Donors with Higher Risk of Inducing Septic Transfusion Reactions in Recipients. Transfusion and Apheresis Science, 2014; 51(2): 97–102.
14. LOZANO M, CID J. Platelet Concentrates: Balancing between Efficacy and Safety? La Presse Médicale, 2016; 45: e289–e298.
15. MARTINI R et al. Contaminação bacteriana em concentrados plaquetários: identificação, perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e sepse associada à transfusão. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2010; 43(6): 682-685.
16. MARTINI R Investigação da contaminação bacteriana em concentrados plaquetários e avaliação de técnicas convencionais. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2012; 102 p.
17. MATTIA D et al. Indicadores para a avaliação do processo transfusional: revisão integrativa. Revista de Enfermagem da UFSM, 2023; 13: 1-27.
18. MEZA G de MR Contaminação bacteriana em concentrados plaquetários. Monografia (Especialização) - Curso de Hematologia Clínica, Laboratorial e Banco de Sangue, Academia de Ciências e Tecnologia, São José do Rio Preto, 2018; 9 p.
19. NESS P et al. Single-Donor Platelets Reduce the Risk of Septic Platelet Transfusion Reactions. Transfusion, 2001; 41(7): 857–861.
20. Organización Panamericana de la Salud (OPAS). Suministro de Sangre Para Transfusiones En Los Países de América Latina Y El Caribe 2016-2017. Disponível em: https://iris.paho.org/handle/10665.2/52150. Acessado em: 30 de janeiro de 2025.
21. PRAX M et al. Microbiological Screening of Platelet Concentrates in Europe. Transfusion Medicine and Hemotherapy, 2019; 46(2): 76–86.
22. SALES LNM. A Importância Da Educação Permanente Como Estratégia Para Qualificar O Processo de Coleta de Sangue Do Doador Promovendo a Segurança Na Terapia Transfusional. Sínteses, 2019; 7: e019035.
23. SÁNCHEZ-GUZMÁN M et al. In Situ and in Vitro Evaluation of Two Antiseptics for Blood Bank Based on Chlorhexidine Gluconate/Isopropyl Alcohol and Povidone-Iodine. Transfusion and Apheresis Science, 2024; 63(1): 103854–103854.
24. SHANSON DC. Microbiology in Clinical Practice, 3rd ed. CRC Press, 1999.
25. SOUSA NETO AL. De, BARBOSA, MH. Incidentes transfusionais imediatos: revisão integrativa da literatura. Acta Paulista de Enfermagem, 2012; 25(1): 146-150.
26. SOUSA AIMS et al. Disposal of bags produced in a hemotherapy center in a Northeastern region of Brazil. Research, Society and Development, 2021; 10(10): e540101019344.
27. TAHA M et al. Biofilm-Forming Skin Microflora Bacteria Are Resistant to the Bactericidal Action of Disinfectants Used during Blood Donation. Transfusion, 2014; 54(11): 2974–2982.
28. TEIXEIRA MP et al. Prevenção e controle da contaminação bacteriana de hemocomponentes. Rev. Enferm. Cent. O. Min. Minas Gerais, 2011; 1(3).
29. VAMVAKAS EC. Relative Safety of Pooled Whole Blood-Derived versus Single-Donor (Apheresis) Platelets in the United States: A Systematic Review of Disparate Risks. Transfusion, 2009; 49(12): 2743–2758.
30. VIANA JD et al. Detection of bacterial contamination in platelet concentrates from Brazilian donors by molecular amplification of the ribosomal 16S gene. Transfus Med., 2018; 28(6): 420-426.
31. WALTHER-WENKE G. Incidence of bacterial transmission and transfusion reactions by blood components. Clinical Chemistry and Laboratory Medicine, 2008; 46(7): 919-925.
32. WALKER BS et al. Residual Bacterial Detection Rates after Primary Culture as Determined by Secondary Culture and Rapid Testing in Platelet Components: A Systematic Review and Meta-Analysis. Transfusion, 2020; 60(9).