Análise do conhecimento de médicos residentes de clínica médica do estado do Pará sobre a interpretação da eficácia de testes diagnósticos
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar o conhecimento dos médicos residentes de Clínica Médica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará sobre a interpretação da eficácia dos testes diagnósticos e sua aplicação no raciocínio diagnóstico probabilístico. Métodos: Foram aplicados questionários aos residentes para avaliar sua autopercepção sobre esses conceitos e sua habilidade prática em interpretá-los no raciocínio clínico. As perguntas abrangeram definições teóricas e aplicação em casos simulados, incluindo o uso do Nomograma de Fagan. Resultados: Os resultados indicaram que, enquanto a sensibilidade e especificidade são bem compreendidas e aplicadas na prática diária, a razão de verossimilhança e o uso do Nomograma de Fagan apresentam baixo domínio entre os residentes. Esta lacuna revela a necessidade de aprimorar o ensino sobre raciocínio probabilístico e interpretação de testes diagnósticos na formação médica. Estudos anteriores corroboram essa dificuldade, indicando que muitos profissionais de saúde enfrentam desafios na aplicação desses conceitos em cenários clínicos complexos. Conclusão: O estudo conclui que a inclusão de métodos avançados de análise diagnóstica e ferramentas probabilísticas nos currículos médicos pode favorecer um raciocínio clínico mais preciso, beneficiando a tomada de decisão e, consequentemente, a qualidade e segurança dos cuidados ao paciente.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BERGUS G, et al. Appraising and applying evidence about a diagnostic test during a performance-based assessment. BMC Medical Education, 2004; 13;4(1):20.
3. BERWICK DM, et al. When doctors meet numbers. The American Journal of Medicine, 1981; 71(6): 991-8.
4. BORAK J, VEILLEUX S. Errors of intuitive logic among physicians. Social Science & Medicine, 1982; 16(22): 1939-43.
5. BOSSUYT PM, et al. STARD 2015: an updated list of essential items for reporting diagnostic accuracy studies. BMJ, 2015;351:h5527.
6. BRAMWELL R, et al. Health professionals’ and service users’ interpretation of screening test results: experimental study. BMJ, 2006; 333(7562): 284.
7. CASSCELLS W, et al. Interpretation by Physicians of Clinical Laboratory Results. New England Journal of Medicine. 1978; 299(18): 999-1001.
8. CHERNUSHKIN K, et al. Diagnostic Reasoning by Hospital Pharmacists: Assessment of Attitudes, Knowledge, and Skills. The Canadian Journal of Hospital Pharmacy, 2012; 65(4): 258-264.
9. ESTELLAT C, et al. French academic physicians had a poor knowledge of terms used in clinical epidemiology. Journal of Clinical Epidemiology, 2006; 59(9): 1009-1014.
10. HOFFRAGE U, et al. Communicating statistical information. Science, 2000; 290(5500): 2261-2.
11. HOFFRAGE U, GIGERENZER G. Using natural frequencies to improve diagnostic inferences. Academic Medicine, 1998; 73(5): 538–40.
12. LOPES B, et al. Biostatistics: fundamental conceptsandpracticalapplications. Revista Brasileira de Oftalmologia, 2014; 73(1): 16-22.
13. NETO JNA, SANTOS-NETO L. The Post Hoc Pitfall: Rethinking Sensitivity and Specificity in Clinical Practice. Journal of General Internal Medicine, 2024; 39: 1506-1510.
14. NOGUCHI Y, et al. Quantitative evaluation of the diagnostic thinking process in medical students. Journal of General Internal Medicine, 2002; 17(11): 848–53.
15. PACHECO DAC, et al. Desempenho das diretrizes AGA, Fukuoka e Europeia nos incidentalomas mucinosos do pâncreas submetidos à ultrassonografia endoscópica com punção por agulha fina. BioSCIENCE, 2024;82(e):e004.
16. REID MC, et al. Academic Calculations versus Clinical Judgments: Practicing Physicians’ Use of Quantitative Measures of Test Accuracy. The American Journal of Medicine, 1998; 104(4): 374-80.
17. SASSI F, MCKEE M. Do Clinicians Always Maximize Patient Outcomes? A Conjoint Analysis of Preferences for Carotid Artery Testing. Journal of Health Services Research & Policy. 2008; 13(2): 61-6.
18. SOX CM, et al. The influence of types of decision support on physicians’ decision making. Archives of Disease in Childhood. 2009; 94(3): 185–90.
19. STEURER J, et al. Communicating accuracy of tests to general practitioners: a controlled study. BMJ. 2002; 324(7341): 824-6.
20. VERMEERSCH P, BOSSUYT X. Comparative Analysis of Different Approaches to Report Diagnostic Accuracy. Archives of Internal Medicine, 2010; 170(8): 734-5.
21. WEATHERALL M. Information provided by diagnostic and screening tests: improving probabilities. Postgraduate Medical Journal, 2018; 94(1110): 230-5.
22. WHITING PF, et al. How well do health professionals interpret diagnostic information? A systematic review. BMJ Open, 2015; 5(7): e008155.
23. YOUNG JM. General practitioners’ self ratings of skills in evidence based medicine: validation study. BMJ, 2002; 324(7343): 950-1.