Análise do conhecimento de médicos residentes de clínica médica do estado do Pará sobre a interpretação da eficácia de testes diagnósticos

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Railla Barbosa de Souza
Luciano Moura de Assunção
Valter Fernando Rodrigues Farias
Leonardo Magalhães Santos
Wesley Thyago Alves da Costa
Isabela Freitas Coelho
Wanderson Maia da Silva
Caio Meira Lobato Gomes

Resumo

Objetivo: Analisar o conhecimento dos médicos residentes de Clínica Médica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará sobre a interpretação da eficácia dos testes diagnósticos e sua aplicação no raciocínio diagnóstico probabilístico. Métodos: Foram aplicados questionários aos residentes para avaliar sua autopercepção sobre esses conceitos e sua habilidade prática em interpretá-los no raciocínio clínico. As perguntas abrangeram definições teóricas e aplicação em casos simulados, incluindo o uso do Nomograma de Fagan. Resultados: Os resultados indicaram que, enquanto a sensibilidade e especificidade são bem compreendidas e aplicadas na prática diária, a razão de verossimilhança e o uso do Nomograma de Fagan apresentam baixo domínio entre os residentes. Esta lacuna revela a necessidade de aprimorar o ensino sobre raciocínio probabilístico e interpretação de testes diagnósticos na formação médica. Estudos anteriores corroboram essa dificuldade, indicando que muitos profissionais de saúde enfrentam desafios na aplicação desses conceitos em cenários clínicos complexos. Conclusão: O estudo conclui que a inclusão de métodos avançados de análise diagnóstica e ferramentas probabilísticas nos currículos médicos pode favorecer um raciocínio clínico mais preciso, beneficiando a tomada de decisão e, consequentemente, a qualidade e segurança dos cuidados ao paciente.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SouzaR. B. de, AssunçãoL. M. de, FariasV. F. R., SantosL. M., CostaW. T. A. da, CoelhoI. F., SilvaW. M. da, & GomesC. M. L. (2025). Análise do conhecimento de médicos residentes de clínica médica do estado do Pará sobre a interpretação da eficácia de testes diagnósticos. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e19972. https://doi.org/10.25248/reas.e19972.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ARGIMON-PALLAS JM, et al. Effectiveness of a short-course in improving knowledge and skills on evidence-based practice. BMC Family Practice, 2011; 12(1): 64.

2. BERGUS G, et al. Appraising and applying evidence about a diagnostic test during a performance-based assessment. BMC Medical Education, 2004; 13;4(1):20.

3. BERWICK DM, et al. When doctors meet numbers. The American Journal of Medicine, 1981; 71(6): 991-8.

4. BORAK J, VEILLEUX S. Errors of intuitive logic among physicians. Social Science & Medicine, 1982; 16(22): 1939-43.

5. BOSSUYT PM, et al. STARD 2015: an updated list of essential items for reporting diagnostic accuracy studies. BMJ, 2015;351:h5527.

6. BRAMWELL R, et al. Health professionals’ and service users’ interpretation of screening test results: experimental study. BMJ, 2006; 333(7562): 284.

7. CASSCELLS W, et al. Interpretation by Physicians of Clinical Laboratory Results. New England Journal of Medicine. 1978; 299(18): 999-1001.

8. CHERNUSHKIN K, et al. Diagnostic Reasoning by Hospital Pharmacists: Assessment of Attitudes, Knowledge, and Skills. The Canadian Journal of Hospital Pharmacy, 2012; 65(4): 258-264.

9. ESTELLAT C, et al. French academic physicians had a poor knowledge of terms used in clinical epidemiology. Journal of Clinical Epidemiology, 2006; 59(9): 1009-1014.

10. HOFFRAGE U, et al. Communicating statistical information. Science, 2000; 290(5500): 2261-2.

11. HOFFRAGE U, GIGERENZER G. Using natural frequencies to improve diagnostic inferences. Academic Medicine, 1998; 73(5): 538–40.

12. LOPES B, et al. Biostatistics: fundamental conceptsandpracticalapplications. Revista Brasileira de Oftalmologia, 2014; 73(1): 16-22.

13. NETO JNA, SANTOS-NETO L. The Post Hoc Pitfall: Rethinking Sensitivity and Specificity in Clinical Practice. Journal of General Internal Medicine, 2024; 39: 1506-1510.

14. NOGUCHI Y, et al. Quantitative evaluation of the diagnostic thinking process in medical students. Journal of General Internal Medicine, 2002; 17(11): 848–53.

15. PACHECO DAC, et al. Desempenho das diretrizes AGA, Fukuoka e Europeia nos incidentalomas mucinosos do pâncreas submetidos à ultrassonografia endoscópica com punção por agulha fina. BioSCIENCE, 2024;82(e):e004.

16. REID MC, et al. Academic Calculations versus Clinical Judgments: Practicing Physicians’ Use of Quantitative Measures of Test Accuracy. The American Journal of Medicine, 1998; 104(4): 374-80.

17. SASSI F, MCKEE M. Do Clinicians Always Maximize Patient Outcomes? A Conjoint Analysis of Preferences for Carotid Artery Testing. Journal of Health Services Research & Policy. 2008; 13(2): 61-6.

18. SOX CM, et al. The influence of types of decision support on physicians’ decision making. Archives of Disease in Childhood. 2009; 94(3): 185–90.

19. STEURER J, et al. Communicating accuracy of tests to general practitioners: a controlled study. BMJ. 2002; 324(7341): 824-6.

20. VERMEERSCH P, BOSSUYT X. Comparative Analysis of Different Approaches to Report Diagnostic Accuracy. Archives of Internal Medicine, 2010; 170(8): 734-5.

21. WEATHERALL M. Information provided by diagnostic and screening tests: improving probabilities. Postgraduate Medical Journal, 2018; 94(1110): 230-5.

22. WHITING PF, et al. How well do health professionals interpret diagnostic information? A systematic review. BMJ Open, 2015; 5(7): e008155.

23. YOUNG JM. General practitioners’ self ratings of skills in evidence based medicine: validation study. BMJ, 2002; 324(7343): 950-1.