Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com Doença de Chagas crônica atendidos em um centro de referência no Oeste da Bahia

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Ariane de Oliveira Gomes Nobre
Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira

Resumo

Objetivo: Caracterizar o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com doença de Chagas crônica atendidos em um centro de referência no Oeste da Bahia.  Métodos: Foi realizado um estudo transversal e descritivo, através de dados extraídos dos prontuários médicos dos pacientes com doença de Chagas crônica atendidas no Centro Municipal de Saúde Leonídia Ayres de Almeida, em Barreiras - Bahia, entre 2020 e 2021. Os dados foram tratados através da estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Diante de 324 prontuários analisados, o predomínio foi de pacientes do sexo feminino (66,4%), na faixa etária entre 50 e 60 anos (68,2%), procedentes de Barreiras - Bahia (58,3%), com ausência de sinais e/ou sintomas da doença (54,9%), que apresentaram, pelo menos, uma comorbidade (74,1%), com destaque especial para a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus. Conclusão: Os resultados encontrados permitiram caracterizar aspectos clínicos e epidemiológicos dos pacientes com doença de Chagas crônica no Oeste da Bahia, pouco conhecidos e poderão contribuir para a visibilidade dessa população, bem como para a condução de estratégias de enfrentamento da doença.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
NobreA. de O. G., & OliveiraL. G. R. (2025). Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com Doença de Chagas crônica atendidos em um centro de referência no Oeste da Bahia. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e20051. https://doi.org/10.25248/reas.e20051.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Boletim epidemiológico. Análise descritiva: um ano de implementação da notificação de doença de Chagas crônica no Brasil. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/ep idemiologicos/edico es/2024/boletim-epidemiologico-volume-55-no-08.pdf/view. Acessado em: 2 de fevereiro de 2025.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial. Guia para notificação de doença de Chagas Crônica 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/s vsa/doenca-de-chagas/guia-para-notificacao-de-doenca-de-chagas-cronicas-dcc/@@download/file. Acessado em: 2 de fevereiro de 2025.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Territorialização e vulnerabilidade para doença de Chagas crônica. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-especial-de-doenca-de-chagas-numero-especial-abril-de-2022/view. Acessado em: 2 de fevereiro de 2025.
4. BRASILEIRO AO et al. Perfil Epidemiológico da Doença de Chagas na Bahia. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. 2021; 7(10): 3096–3110.
5. BRITO BOF, et al. The evolution of electrocardiographic abnormalities in the elderly with Chagas disease during 14 years of follow-up: The Bambui Cohort Study of Aging. PLoS Negl Trop Dis. 2023; 17(6): 11419.
6. FEIO CMA, et al. Dislipidemia e hipertensão arterial. Uma relação nefasta. Rev Soc Bras Cardiol. 2020; 27(2): 64-7.
7. GUARIENTO ME, et al. Interação clínica entre moléstia de Chagas e hipertensão arterial primária em um serviço de referência ambulatorial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 1998; 70(6): 431–434.
8. HADDAD N. Metodologia de estudos em ciências da saúde. São Paulo: Roca, 2004; 286.
9. HASSLOCHER-MORENO AM, et al. Temporal changes in the clinical-epidemiological profile of patients with Chagas disease at a referral center in Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2021; 54: 40–2021.
10. HOCHMAN, B. et al. Desenhos de pesquisa. Acta Cirúrgica Brasileira. 2005; 20: 2–9.
11. LIDANI KCF, et al. Clinical and epidemiological aspects of chronic Chagas disease from Southern Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2020; 53: 20200225.
12. MEDEIROS CA, et al. Mapping the morbidity and mortality of Chagas disease in an endemic area in Brazil. Rev Inst Med trop S Paulo. 2022; 64: 5.
13. MENDONÇA RM, et al. Doença de Chagas: serviço de referência e epidemiologia. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. 2020; 33.
14. OLIVEIRA JUNIOR LR. et al. Cardiovascular comorbidities in patients with chronic Chagas disease. AME Medical Journal. 2018; 3.
15. OMS. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. 2023. In: Menos de 10% das pessoas com Chagas recebem um diagnóstico. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/13-4-2023-menos-10-das-pessoas-com-chagas-recebem-u m-diagnostico. Acessado em: 2 fev. 2025.
16. PAVAN TBS, et al. Seroepidemiology of Chagas disease in at-risk individuals in Caraíbas, a city with high endemicity in Bahia State, Brazil. Front Public Health. 2023; 11: 1196403.
17. PEVERENGO L, et al. Influencia de la dislipidemia aterogénica en la gravedad de la miocardiopatía chagásica crónica. Rev Assoc Med Bras. 2016; 62(1): 45–7.
18. PRADO CM, et al. The Vasculature in Chagas Disease. Adv Parasitol. 2011; 76: 83-99.
19. RESENDE BAM, et al. Chagas disease is not associated with diabetes, metabolic syndrome, insulin resistance and beta cell dysfunction at baseline of Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Parasitol Int. 2021; 85: 102440.
20. RIBEIRO ALP e ROCHA MOC. Forma indeterminada da doença de Chagas: considerações acerca do diagnóstico e do prognóstico. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 1998; 31(3): 301-314.
21. ROCHA MIF, et al. Mortalidade por doenças tropicais negligenciadas no Brasil no século XXI: análise de tendências espaciais e temporais e fatores associados. Rev Panam Salud Publica. 2023; 47: 1-10.
22. RODRIGUES PCN, et al. Perfil das comorbidades dos pacientes de insuficiência cardíaca de etiologia chagásica em um serviço de referência do estado de Pernambuco. Revista Eletrônica Estácio Recife. 2020; 6(1): 1-8.
23. SESAB. SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA. Plano Estadual de Saúde 2020-2023. Revista Baiana de Saúde Pública. 2020; 44(1): 1-84.
24. SILVA GG, et al. Perfil epidemiológico da Doença de Chagas aguda no Pará entre 2010 e 2017. Pará Research Medical Journal. 2020; 4(29): 1-6.
25. SOUSA OMF, et al. Triatomíneos da Bahia: manual de identificação e orientações para o serviço. Salvador: Oxente, 2020; 208.
26. ZANELLA LGFAB, et al. Clinical and epidemiological profile of patients in the chronic phase of Chagas disease treated at a reference center in Southeastern Brazil. Revista de la Facultad de Medicina. 2020; 68(3): 391-398.