Gestação de alto risco: avaliação dos desfechos obstétricos e perinatais em uma maternidade de referência na região Rio Caeté, Pará
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Resumo
Objetivo: Avaliar os desfechos obstétricos e perinatais de gestantes classificadas como alto risco em uma maternidade de Referência Regional. Métodos: Estudo epidemiológico, transversal, analítico, de abordagem quantitativa. Resultados: O estudo foi composto por 121 parturientes com diagnostico de gestação de alto risco no momento da admissão hospitalar. A taxa de cesariana foi de 82.6% entre as pacientes pesquisadas. Dentre as participantes do estudo, 38.8% estavam estáveis, 39.7% com Pré-eclâmpsia, 5.8% tiveram hemorragia pós-parto, 4.1% evoluíram para Eclampsia, 1.7% para Síndrome Hellp e 9.9% estavam com Hiperglicemia. Dessas, 15 pacientes foram internadas na UTI e 2 evoluíram a óbito materno por eclampsia e hemorragia pós-parto. Nos desfechos perinatais identificamos que 91.8% nasceram vivos, 8.2% em óbito fetal. 27.1% dos nascidos vivos internaram na UTI/UCI, sendo que 27.9% eram prematuros, 25.5% tinham baixo peso ao nascer, 12.3% sofreram algum tipo de asfixia ao nascer, pois tiveram Apgar abaixo de 7 no 5º minuto e 3.3% tiveram óbito neonatal. Conclusão: Diante deste achado ressaltamos a importância de avançar na organização do serviço de saúde, com classificação de risco gestacional em todas as consultas de pré-natal, fluxo de referência e contra-referência, com vinculação das gestantes aos pontos de atenção pré-natal de alto risco e transporte sanitário seguro e em momento oportuno, além de investir empolíticas públicas inclusivas e redução das desigualdades sociais, favorecendo melhorar escolaridade e renda das gestantes e família.
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