Perfil microbiológico e de resistência bacteriana em uma unidade de terapia intensiva pediátrica: importância do gerenciamento de antimicrobianos
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Descrever o perfil microbiológico e de resistência das bactérias e seus mecanismos de resistência, apresentar a terapia antimicrobiana dos pacientes e correlacionar faixa etária e sexo com o perfil de infecções bacterianas. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, epidemiológico e observacional realizado em uma unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital universitário. Foram coletados dados secundários de pacientes internados durante o período de agosto a dezembro de 2023. Resultados: No período de cinco meses, 31,62% dos pacientes internados apresentaram diagnóstico de infecção bacteriana com crescimento microbiológico. As infecções mais recorrentes foram as de corrente sanguínea e trato respiratório, em bebês e crianças com menos de cinco anos, principalmente do sexo masculino. O perfil microbiológico demonstrou uma prevalência da Pseudomonas aeruginosa, já o perfil de resistência deu destaque para as classes das quinolonas, cefalosporinas e penicilinas. Os mecanismos de resistência mais encontrados foram a produção de enzimas β-lactamases. Os carbapenêmicos foram a terapia antimicrobiana mais utilizada. Conclusão: O programa de gerenciamento de antimicrobianos surge como uma importante ferramenta para otimizar a prescrição antimicrobiana. A participação ativa do farmacêutico clínico é essencial para garantir o uso racional, efetividade do tratamento e segurança do paciente crítico pediátrico.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução nº 2.271/2020, 2020. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/resolucoes/BR/2020/2271_2020.pdf. Acessado em: 18 de dezembro de 2023.
3. FARIA LF, et al. Principais mecanismos de resistência bacteriana relacionados ao uso indiscriminado de antibióticos. Revista Saúde em Foco, 2021; 13: 577-586.
4. GAUBA A, RAHMAN KM. Evaluation of Antibiotic Resistance Mechanisms in Gram-Negative Bacteria. Antibiotics, 2023; 12(11): 1590.
5. GIMA MBS, et al. Características microbiológicas e perfil de resistência de microrganismos causadores de infecções hospitalar em uma UTI para pacientes pediátricos de um hospital referência em infectologia do Amazonas. Brazilian Journal of Health Review, 2020; 3(4): 8663–8678.
6. Kayambankadzanja RK, et al. The use of antibiotics in the intensive care unit of a tertiary hospital in Malawi. BMC Infectious Diseases, 2020; 20(1): 434.
7. LIMA CC, et al. Mecanismo de resistência bacteriana frente aos fármacos: uma revisão. CuidArte Enfermagem, 2017; 11 (1): 105-113.
8. MARTINS APS, et al. Association between multidrug-resistant bactéria and outcomes in intensive care unit patients: a non-interventional study. Frontiers in Public Health, 2024; 11: 1297350.
9. MELO MC, et al. Microbiological characteristics of bloodstream infections in a reference hospital in northeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology, 2024; 84(1): 1-8.
10. MENEZES JMR, et al. Perfil da infecção bacteriana em ambiente hospitalar. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 2016; 15(2): 199-207.
11. MILLER WR, ARIAS CA. ESKAPE pathogens: antimicrobial resistance, epidemiology, clinical impact and therapeutics. Nature Reviews Microbiology, 2024; 22(10): 598–616.
12. MOKRANI D, et al. Antibiotic stewardship in the ICU: time to shift into overdrive. Annals of Intensive Care, 2023; 13(1): 1-10.
13. NAMPOOTHIRI V, et al. Evolution of pharmacist roles in antimicrobial stewardship: A 20-year systematic review. International journal of infectious diseases, 2024; 107: 107306.
14. PEDRAZA DF, ARAUJO EMN. Internações das crianças brasileiras menores de cinco anos: revisão sistemática da literatura. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2017; 26(1): 169-182.
15. SILVA AJL, et al. Resistência microbiana a medicamentos em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. Acta Paulista de Enfermagem, 2022; 35: eAPE03751.
16. SOUZA GHA, et al. Carbapenem-resistant Pseudomonas aeruginosa strains: a worrying health problem in intensive care units. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 2021; 63: e71.
17. TEIXEIRA AR, et al. Resistência bacteriana relacionada ao uso indiscriminado de antibióticos. Revista Saúde em Foco, 2019; 11: 853-875.
18. UC-CACHÓN AH, et al. Bacterias Gram-negativas de prioridad crítica en pacientes de las UCI de un hospital de tercer nivel. Revista Médica del Instituto Mexicano del Seguro Social, 2023; 61(5): 552-558.
19. VIEIRA PN, VIEIRA SLV. Uso irracional e resistência a antimicrobianos em hospitais. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, 2017; 21(3): 209-212.
20. WANI FA, et al. Resistance Patterns of Gram-Negative Bacteria Recovered from Clinical Specimens of Intensive Care Patients. Microorganisms, 2021; 9(11): 2246.