Efeitos da terapia de reposição com testosterona no hipogonadismo hipogonadotrófico de homens com doença renal crônica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Mirna Soares Moreira
Aniette Renom Espineira
Angélica Nunes Rodrigues

Resumo

Objetivo: Investigar a segurança e eficácia da terapia de reposição de testosterona (TRT) em homens com doença renal crônica (DRC) e hipogonadismo hipogonadotrófico, com foco em desfechos clínicos e segurança cardiovascular. Revisão Bibliográfica: A Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) em homens com Doença Renal Crônica (DRC) e hipogonadismo visa restaurar níveis hormonais, melhorando diversas funções, como a libido, massa muscular, densidade óssea e humor; Sendo possível de ser adminsitrada por diversas vias que variam, sendo a intramuscular associada a maior risco cardiovascular devido à metabolização hepática. A segurança cardiovascular da TRT é controversa; estudos iniciais sugeriram riscos, mas pesquisas recentes  não confirmaram aumento de eventos cardiovasculares maiores, embora tenham excluído pacientes com DRC avançada. Pacientes com DRC apresentam múltiplas comorbidades, como aterosclerose, calcificação vascular e inflamação crônica, que exigem avaliação individualizada de riscos e benefícios da TRT, assim como acompanhamento rigoroso. Considerações finais: A TRT é considerada um tratamento promissor, podendo melhorar significativamente a qualidade de vida. Contudo, são essenciais estudos de alta qualidade, focados especificamente na população com DRC, com protocolos padronizados e maior tempo de seguimento, para avaliar segurança e eficácia a longo prazo, incluindo análises de subgrupos, biomarcadores de risco cardiovascular e diferentes estágios da DRC.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
MoreiraM. S., EspineiraA. R., & RodriguesA. N. (2025). Efeitos da terapia de reposição com testosterona no hipogonadismo hipogonadotrófico de homens com doença renal crônica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e20169. https://doi.org/10.25248/reas.e20169.2025
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. BASARIA S, et al. Adverse events associated with testosterone administration. N Engl J Med. 2010;363(2):109-22.

2. CARRERO JJ, STENVINKEL P. The vulnerable man: impact of testosterone deficiency on the uraemic phenotype. Nephrol Dial Transplant. 2012;27(11):4030-41.

3. CHAN AW, et al. Declaração SPIRIT 2013: definindo itens de protocolo padrão para ensaios clínicos. Ann Intern Med. 2013;158(3):200-7.

4. CORONA G, et al. Cardiovascular safety of testosterone replacement therapy in men: an updated systematic review and meta-analysis. Expert Opin Drug Saf. 2024;23(5):565-79.

5. FERNÁNDEZ-BALSELLS MM, et al. Adverse effects of testosterone therapy in adult men: a systematic review and meta-analysis. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95(6):2560-75.

6. FINKLE WD, et al. Increased Risk of Non-Fatal Myocardial Infarction Following Testosterone Therapy Prescription in Men. PLoS One. 2014;9(1):e85805.

7. GRANT MJ, BOOTH A. Uma tipologia de revisões: uma análise de 14 tipos de revisão e metodologias associadas. Health Info Libr J. 2009;26(2):91-108.

8. HSU CY, et al. O risco de insuficiência renal aguda em pacientes com doença renal crônica. Kidney International. Julho de 2008; 74(1):101-7.

9. HUDSON J, et al. Eventos cardiovasculares adversos e mortalidade em homens durante o tratamento com testosterona: uma metanálise de dados individuais e agregados de pacientes. Lancet Healthy Longev. 2022;6(3):109-22.

10. JAMES MT, et al. Taxa de filtração glomerular, proteinúria e a incidência e consequências da lesão renal aguda: um estudo de coorte. Lancet. 18 de dezembro de 2010; 376(9758):2096-103.

11. LEVEY, ANDREW S et al. Modelo conceitual da DRC: aplicações e implicações. American Journal of Kidney Diseases: the official journal of the National Kidney Foundation vol. 53,3 Suppl 3 (2009): S4-16.

12. LINCOFF AM, et al. Cardiovascular safety of testosterone-replacement therapy. N Engl J Med. 2023;389(2):107-17.

13. MOHER D, et al. Itens de relatório preferenciais para revisões sistemáticas e metanálises: a declaração PRISMA. PLoS Med. 2009;6(7):e1000097.

14. MOHER D, et al. A declaração CONSORT: recomendações revisadas para melhorar a qualidade dos relatos de ensaios clínicos randomizados de grupos paralelos. Ann Intern Med. 2001;134(8):657-62.

15. MORGENTALER A, et al. Testosterone therapy in men with hypogonadism: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2018;103(5):1715-44.

16. PAGE MJ, et al. A declaração PRISMA 2020: uma diretriz atualizada para relatar revisões sistemáticas. BMJ. 2021;372:n71.

17. PAN J, et al. Existe um risco bidirecional entre níveis reduzidos de testosterona e a progressão e prognóstico da doença renal crônica? World J Mens Health. 2024;42(2):429-40.

18. VILAR L, et al. Endocrinologia clínica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 2016. p. 747.

19. VIGEN R, et al. Association of testosterone therapy with mortality, myocardial infarction, and stroke in men with low testosterone levels. JAMA. 2013;310(17):1829-36.

20. YEAP BB, et al. Endocrine Society of Australia position statement on male hypogonadism (part 2): treatment and therapeutic considerations. Med J Aust. 2016;205(5):228-31.

21. ZITZMANN M. Deficiência de testosterona e doença renal crônica. Clin Transl Endocrinol. 2024;37.