Distúrbios de Diferenciação Sexual (DDS) em crianças da mesma família

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Valdo Bertoldo Lima Filho
Emanuel Conceição Resque Oliveira
Marcelo Williams Oliveira de Souza

Resumo

Objetivo: Relatar dois casos de Distúrbios de Diferenciação Sexual (DDS) ocorridos em crianças da mesma família. Detalhamento do caso: Dados de anamnese, exame físico, exames laboratoriais, exames de imagens e uma discussão multidisciplinar visando permitir que se avalie a melhor conduta com relação ao sexo de criação de criança com ambiguidade genital. A corroborar a força de tais testemunhos, o relato das crianças atendidas no serviço é significativo: diagnosticadas, com genitália ambígua, elas sofreram intervenção médico-cirúrgica por volta dos 6 anos. Isso teria lhe permitido formar uma crença positiva quanto a seu corpo e identidade. As dúvidas que surgem, tanto para os familiares quanto para a própria criança, devem ser respondidas por uma equipe treinada. Por si só, posições tão díspares implicam a necessidade de questionar o discurso médico pró-intervenção, especialmente quando se consideram as críticas institucionais e de importantes pesquisadores. Considerações finais: Apesar dos DDS serem considerados, de uma maneira geral, incomum entre os quadros patológicos diversos, as informações podem ser agregadas a um corpo mais abrangente de conhecimento. Nesse sentido, o presente trabalho não se prendeu a indicar conclusões, e sim contribuir com reflexões no campo tanto teórico, como prático e do lado psicossocial de tal condição clínica.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Lima FilhoV. B., OliveiraE. C. R., & SouzaM. W. O. de. (2025). Distúrbios de Diferenciação Sexual (DDS) em crianças da mesma família. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(5), e20332. https://doi.org/10.25248/reas.e20332.2025
Seção
Estudos de Caso

Referências

1. CASTRO JUNIOR AC e ESTEVES APSE. Genitália ambígua: desafios e possibilidades.

2. CFM. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Publicada no DOU, 13 de maio de 2003. Seção 1, n. 14, 101. Disponível em: http ://www.portalmedico.org.br/resolu coes/cfm/2003/1664_2003.htm. Acesso em: 03 de outubro de 2024. 2003; 1: 1.664.

3. CHAWLA R, et al. Utilization of a shared decision-making tool in a female infant with congenital adrenal hyperplasia and genital ambiguity. J Pediatr Endocrinol Metab, 2019; 2: 6.

4. CHOWDHURY MAK, et al. Ambigous genitália - A social dilema in Bangladesh: A case report. International Journal of Surgery Case Reports. 2018; 42(1).

5. DAMIANI D, et al. Genitália ambígua: diagnóstico diferencial e conduta. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 2001.

6. DAMIANI D. Anomalias da diferenciação sexual. In. SETIAN, N. (Org.). Endocrinologia Pediátrica: Aspectos Físicos e Metabólicos do Recém-Nascido ao Adolescente. São Paulo: Ed Sarvier, 2002; 425- 432.

7. DAVIES JH e CHEETHAM T. Recognition and assessment of atypical and ambiguous genitalia in the newborn. Archives Of Disease In Childhood, 2017; 102(10).

8. DE ANDRADE JGR, et al. Perfil clínico de 62 casos de distúrbios da diferenciação sexual. Revista Paulista de Pediatria, Sociedade de Pediatria de São Paulo São Paulo, Brasil, 2008; 26(4): 321-328.

9. GARGARI SS, et al. A Case with late onset of ambiguous genitália. Int J Reprod BioMed, 2017: 15(3).

10. GREENBERG JA. Legal, ethical, and human rights considerations for physicians treating children with atypical or ambiguous genitalia. Seminars In Perinatology, 2017; 41(4).

11. INDYK JA. Disorders/differences of sex development (DSDs) for primary care: the approach to the infant with ambiguous genitalia. Translational Pediatrics, 2017; 6(4).

12. MACIEL-GUERRA AT e GUERRA-JÚNIOR G. Menino ou menina? Distúrbios da diferenciação do sexo. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2(201): 608.

13. MACIEL-GUERRA AT e GUERRA-JÚNIOR G. Menino ou menina? Os distúrbios da diferenciação do sexo. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2002; 321.

14. PROJECT MUSE. Special parents for "special" children? 2019. Disponível em: https ://muse.jhu.ed u/article/731467. Acesso em: 28 de outubro de 2024.

15. RAZA J, et al. Management of disorders of sex development e With a focus on development of the child and adolescent through the pubertal years. Best Pract Res Clin Endocrinol Metabol, 2019; 33: 1-15.

16. REVISTA DA FACULDADE DE MEDICINA DE TERESÓPOLIS, 2021; 5(1).

17. REVISTA MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE. SEXO. 2; 10.51161/rems/3223.

18. SILVA A, et al. genitália ambígua: aspectos psicossociais envolvidos na definição do ----

19. SMET ME, et al. Jornals Prenatal Diagnosis. Discordant Fetal Sex on Nipt And Ultrasound, 2020.

20. SPINOLA-CASTRO AM. A importância dos aspectos éticos e psicológicos na abordagem do intersexo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 2005; 49(1).

21. SPINOLA-CASTRO AM. Importance of ethical and psychological features in the intersex management. Arq Bras Endocrinol Metabol, 2005.

22. STAMBOUGH K, et al. Evaluation of ambiguous genitalia. Current Opinion in Obstetrics and Gynecology, 2019; 31(5).

23. SZARRAS-CZAPNIK MS, et al. The risk of mental disorders in patients with disorders/differences of sex differentiation/development (DSD) and Y chromosome. Endokrynologia Polska, 2020.

24. TAMAR-MATTIS S, et al. Identifying and counting individuals with differences of sex development conditions in population health research. LGBT Health, 2018; 5(5).

25. THYEN U, et al. Epidemiology and initial management of ambiguous genitalia at birth in Germany. Horm. 2006; 6(4).