Corte epidemiológico dos acidentes ofídicos notificados no estado do Pará, Brasil, entre 2019 e 2023
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Resumo
Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos com foco na distribuição demográfica dos casos nos municípios com mais notificações no estado do Pará, Brasil. Métodos: O estudo utilizou dados do Ministério da Saúde e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), organizados pelo sistema DATASUS Tabnet. Como o artigo usa dados de bases públicas, não foi necessário submeter a pesquisa ao comitê de ética, conforme a resolução 466 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Entre 2019 e 2023, as taxas de acidentes ofídicos no Pará oscilaram, com pico em 2021 e queda nos anos seguintes. A maioria, com 79,7% das vítimas, eram homens, com idades entre 20 e 39 anos (37,6%), e o gênero de serpente mais comum foi o Bothrops, sendo 97,1% dos casos. 53,1% das picadas ocorreram no pé e 90% dos acidentados receberam soro antiofídico, com taxa de cura de 84%. Santarém teve o maior número de notificações, com 28,1%. Conclusão: Para reduzir os acidentes, é essencial investir na capacitação contínua dos profissionais de saúde, melhorar a infraestrutura de atendimento e promover a educação preventiva nas escolas e comunidades. A prevenção deve ser responsabilidade do governo, profissionais de saúde e sociedade.
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