Morbimortalidade por traumatismo intracraniano no estado do Piauí nos anos de 2014 a 2024

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Demerval de Morais Machado Neto
Tibério César Meneses de Oliveira Sinimbu
Moisés Rocha Seabra
Felipe Tolstenko Nogueira Ayres Câmara
Vinícius Sá Nunes
Cintia Maria de Melo Mendes
Isânio Vasconcelos Mesquita
Fábio Benígno de Carvalho Santos
Eduardo Batista Soares Neto
Luciana Tolstenko Nogueira

Resumo

Objetivo: Analisar tendências nos índices de morbimortalidade por traumatismo intracraniano no estado do Piauí nos anos de 2014 a 2024. Métodos: Tratou-se de uma pesquisa do tipo epidemiológica e quantitativa que foi realizada no Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Resultados: A maioria dos atendimentos foi de urgência, totalizando 26.532 casos (99,9%). Neste período a taxa de mortalidade foi maior no sexo masculino (10,69%), que também apresentou tempo médio de internação superior (6,2 dias contra 5,7 dias no sexo feminino). O custo médio de internação por dia foi de R$ 1.713,42 para os homens e R$ 1.511,81 para as mulheres, resultando em um gasto total de R$ 29.506.886,25 e R$ 6.181.106,74, respectivamente. A faixa etária de 40 a 59 anos obteve maior tempo médio de internação (6,5 dias), enquanto pacientes com 80 anos ou mais apresentaram maior custo médio (R$ 2.062,50). Já a faixa de 20 a 39 anos gerou maior gasto total (R$ 14.488.049,63). Conclusão: Foi possível constatar alta demanda por atendimentos de urgência, maior incidência e mortalidade no sexo masculino, além de elevados custos hospitalares.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Machado NetoD. de M., SinimbuT. C. M. de O., SeabraM. R., CâmaraF. T. N. A., NunesV. S., MendesC. M. de M., MesquitaI. V., SantosF. B. de C., Soares NetoE. B., & NogueiraL. T. (2025). Morbimortalidade por traumatismo intracraniano no estado do Piauí nos anos de 2014 a 2024. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25, e20371. https://doi.org/10.25248/reas.e20371.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. DATASUS. Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Brasília, DF: MS, 2024. Disponível em: http://sihd.datasus.gov.br/principal/index.php. Acesso em: 10 fev. 2025.

2. DIAS MS, GUERRA HS. Perfil epidemiológico dos pacientes internados por traumatismo cranioencefálico na região centro-oeste do Brasil. Rev Cient da Esc Estadual de Saúde Pública de Goiás, 2024; 10: 1-6.

3. CARTERI RBK, SILVA RA. Incidência hospitalar de traumatismo cranioencefálico no Brasil: uma análise dos últimos 10 anos. Rev Bras Ter Intensiva. 2021; 33(2): 282-289.

4. CHOI WS, et al. Can helmet decrease mortality of craniocerebral trauma patients in a motorcycle accident: A propensity score matching. PLoS One. 2020; 15(1): 1-12.

5. COSTA DGA, et al. Análise epidemiológica da vítima de traumatismo intracraniano nas macrorregiões brasileiras. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences. 2024; 6(1): 81-90.

6. HOWLETT JR, et al. Mental health consequences of traumatic brain injury. Biological Psychiatry. 2022; 91(5): 413-420.

7. KHELLAF A, et al. Recent advances in traumatic brain injury. Journal of Neurology. 2019; 266(11): 2878-2889.

8. MAGALHÃES ALG, et al. Traumatic brain injury in Brazil: an epidemiological study and systematic review of the literature. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. 2022; 80(4): 410-423.

9. MOSTERT CQB, et al. Long-term outcome after severe traumatic brain injury: a systematic literature review. Acta Neurochirurgica. 2022; 164(3): 599-613.

10. MUILI AO, et al. Management of traumatic brain injury in Africa: challenges and opportunities. Int. J. Surg (Lond, Engl). 2024; 110(6): 3760–3767.

11. MUNIZ IS, et al. Perfil dos pacientes internados em um setor de neurocirurgia do hospital público de Floriano (Piauí, Brasil). Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba. 2021; 22(2): 53-58.

12. NASCIMENTO TR, et al. Traumatismo cranioencefálico: um panorama clínico e epidemiológico dos eventos e desfechos. Contribuciones a Las Ciencias Sociales. 2024; 17(3): 1-16.

13. RIBEIRO EA, et al. Perfil clínico-epidemiológico de traumatismos cranioencefálicos associados a acidentes de trânsito no Sudeste do Pará, na Amazônia brasileira: Medicina (Ribeirão Preto). 2023; 56(3): 1-9.

14. SANTOS JC. “Traumatismo cranioencefálico no Brasil: análise epidemiológica.” Rev. Cient. Esc. Estadual Saúde Pública de Goiás Cândido Santiago. 2020; 6(3): 1-12.

15. SILVA CVL et al. Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com traumatismo cranioencefálico no Brasil: revisão integrativa da literatura. Caderno Pedagógico. 2024; 21(9), 80-22.

16. SOUZA E, SILVA DDS. Morbimortalidade hospitalar por traumatismo cranioencefálico na Bahia entre 2008 a 2017. Enfermagem Brasil. 2019; 18(5): 665-672.

17. TEASDALE G, JENNETT B. Assessment of coma and impaired consciousness: a practical scale. The Lancet. 1974; 304 (7872): 81-84.

18. THAPA K. et al. Traumatic brain injury: mechanistic insight on pathophysiology and potential therapeutic targets. Journal of Molecular Neuroscience. 2021; 71(9): 1725-1742.

19. XENOFONTE MR, MARQUES CPC. Perfil epidemiológico do traumatismo cranioencefálico no Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Neurologia. 2021; 57(1): 17-21.

20. VASCONCELOS ES et al. Epidemiologia dos traumatismos cranioencefálicos de pacientes atendidos em um hospital de referência da Macrorregião II de Rondônia em 2019. Brazilian Journal of Surgery & Clinical Research. 2022; 41(3): 18-21.