Influência do Índice de Massa Corpórea nas sequelas de Prostatectomia Radical Retropúbica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Bruno Reis Cantini
Rafaela Rossi
João Marco Braz Scarpa Mariano Pereira
Luiz Carlos Maciel
Alcedir Raiser Lima
Frederico Vilela de Oliveira
Márcio Vaz de Lima Ruiz

Resumo

Objetivo: Estabelecerrelações que possam contribuir com esclarecimentos acerca da relação entre as sequelas da Prostatectomia Radical Retropúbica (PRR) e o Câncer de Próstata (CaP). Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que avaliou 239 pacientes, de 39 a 80 anos, submetidos à PRR, entre janeiro de 2017 a dezembro de 2023, no serviço de Residência Médica de Urologia do Hospital Regional do Vale do Paraíba. Os dados coletados, por meio da avaliação de prontuários e descrições cirúrgicas, foram interpretados juntamente com materiais obtidos de plataformas, como Pubmed, Scielo e outros portais institucionais de saúde. Resultados: Pacientes com IMC alterado, acima do normal, apresentaram maiores complicações perioperatórias na PRR. Nas sequelas intra-operatórias, dentre o que mais acometeu esse tipo de paciente, destacam-se abertura do reto, dissecção difícil da próstata e sangramento. Infecção, sangramento, protrusão da sínfise púbica, fístula vesical e necessidade de cistostomia, colostomia, uretrotomia e uretroplastia foram as sequelas pós-operatórias precoces mais prevalentes nesses pacientes, enquanto que disfunção erétil, incontinência urinária e a associação de ambas foram as mais prevalentes nesses paciente em relação às sequelas pós-operatórias tardias. Conclusão: Pacientes com alteração de IMC apresentam maior tendência em evoluir com complicações e sequelas no tratamento cirúrgico do CaP.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
CantiniB. R., RossiR., PereiraJ. M. B. S. M., MacielL. C., LimaA. R., OliveiraF. V. de, & RuizM. V. de L. (2025). Influência do Índice de Massa Corpórea nas sequelas de Prostatectomia Radical Retropúbica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(5), e20419. https://doi.org/10.25248/reas.e20419.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. AMORIM GL, et al. Comparative analysis of radical prostatectomy techniques using perineal or suprapubic approach in the treatment of localized prostate cancer. Einstein (Sao Paulo). 2010; 8(2): 200-4.

2. araujo t, et al. A Obesidade e seus Efeitos no Diagnóstico do Câncer de Próstata e Níveis Séricos do Antígeno Prostático Específico (PSA). R. Saúde [Internet]. 27º de setembro de 2016 [citado 26º de novembro de 2024]; 3(1): 57-6.

3. BARBOSA NETO e CRISTOVÃO MACHADO. Análise comparativa de três técnicas de prostatectomia radical: prostatectomia radical retropúbica, prostatectomia radical robô assistida e prostatectomia laparoscópica [thesis]. São Paulo: Faculdade de Medicina, 2024 [cited 2025-02-23].

4. BRANCO AW, et al. Prostatectomia radical laparoscópica em obeso mórbido: relato de caso. Rev Bras Videocir. 2004; 2(1): 31-35.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Incidência de câncer no Brasil [Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2022 nov 22 [citado 2023 fev 23]. Disponível em: https ://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca .local/files/media/document/estimativa-2023.pdf . Acessado em: 1 de novembro de 2024.

6. CABALLERO B. Humans against obesity: who will win? Adv Nutr. 2019; 10(1): 4-9.

7. CAO Y e MA J. Body mas index, prostate cancer-specific mortality, and biochemical recurrence: a systematic review and meta-analysis. Cancer Prev Res (Phila). 2011; 4(4): 486-501.

8. CATAÑO J, et al. Asociación entre obesidad, prostatectomía radical y pronóstico oncológico: un enigma que sigue vigente [Internet], 2018.

9. CONITEC. COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SUS. Relatório para sociedade: informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS – Sistema cirúrgico robótico para cirurgia minimamente invasiva: prostatectomia radical. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2018. Disponível em: https ://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2018/sociedade/20201231_re soc84_davinci_prostecto mia.pdf. Acessado em: 1 de novembro de 2024.

10. FAVARATO D. Obesidade, gordura corporal e desfecho cardiovascular: além do índice de massa corporal. Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5): 887-8.

11. HAQUE R, et al. Association of body mass index and prostate cancer mortality. Obes Res Clin Pract. 2014; 8(4): 374-81.

12. HERRANZ-AMO F. La prostatectomía radical retropúbica: Orígenes y evolución de la técnica. Actas Urológicas Españolas. 2020; 44(6): 408-416.

13. JAYRAM G, et al. Obese men have higher-grade and larger tumors: an analysis of the Duke Prostate Center database. Prostate Cancer Prostatic Dis. 2012; 15(3): 259-63.14.

14. PATEL HD, et al. Obesity is independently associated with an increased risk of inpatient complications after prostatectomy. J Endourol. 2011; 25(6): 1025-30.

15. LIMA GAB, et al. IGF-I, insulina e câncer de próstata. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009; 53(8): 969-75.

16. LIMA RCA, et al. Principais alterações fisiológicas decorrentes da obesidade: um estudo teórico. Sanare Rev Polít Públicas. 2018; 17(2): 1-10.

17. LUDEÑA J, et al. Complicaciones de la prostatectomía radical: evolución y manejo. Actas Urol Esp. 2006; 30(10): 1057-66.

18. LUGHEZZANI G, et al. Obesity and prostate cancer: a critical analysis of the literature. Eur Urol. 2011; 60(4): 674-86.

19. MAYORAL LP, et al. Subtipos de obesidade, biomarcadores relacionados e heterogeneidade. Indian J Med Res. 2020; 151(1): 11-21.

20. MELO ME. Doenças desencadeadas ou agravadas pela obesidade. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO, 2011.

21. MØLLER H, et al. Incidência de câncer de próstata, estágio clínico e sobrevida em relação à obesidade: um estudo de coorte prospectivo na Dinamarca. Int J Cancer, 2014; 136(8): 1940.

22. PARENTE EB. Is body mass index still a good tool for obesity evaluation? Arch Endocrinol Metab. 2016; 60(6): 507-509.

23. PATEL HD, et al. Obesity is independently associated with an increased risk of inpatient complications after prostatectomy. J Endourol. 2011; 25(6): 1025-30.

24. PATHAK RA, et al. The role of body mass index on quality indicators following minimally-invasive radical prostatectomy. Investig Clin Urol. 2021; 62(3): 290.

25. SARRIS AB, et al. Câncer de próstata: uma breve revisão atualizada. Visão Acad. 2018; 19(1).

26. SHAPIRO DD, et al. Increased body mass index is associated with operative difficulty during robot-assisted radical prostatectomy. BJUI Compass. 2021; 3(1): 68-74.

27. SMITH-PALMER J, et al. Literature review of the burden of prostate câncer in Germany, France, the United Kingdom and Canada. BMC Urol. 2019; 19(1).

28. SOTO-VÁZQUEZ T, et al. Prostatectomía radical asistida por robot en el centro médico naval: experiencia inicial. Rev Mex Urol. 2019; 79(3): 1-9.

29. VIDAL AC, et al. Obesity and prostate cancer-specific mortality after radical prostatectomy: results from the Shared Equal Access Regional Cancer Hospital (SEARCH) database. Prostate Cancer Prostatic Dis. 2016; 20(1): 72-8.

30. WEIR CB, Jan A. Percentil de classificação do IMC e pontos de corte. [Atualizado em 2023 Jun 26]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing, 2024.

31. YU YD, et al. Impact of body mass index on oncological outcomes of prostate cancer patients after radical prostatectomy. Sci Rep. 2018; 8(1).