Avaliação morfofuncional do hipocampo em idosos após exercício físico: revisão sistemática com metanálise

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Roberto José Bittencourt
Gabriel de Souza
Isabela Guimarães Barbosa
Pedro Akira Yoshida Cavalcante
Tiago Medeiros Nobre

Resumo

Objetivo: Verificar a influência dos exercícios físicos na neuroplasticidade do hipocampo em idosos, avaliando alterações morfofuncionais e conectividade cerebral. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados, envolvendo idosos sem declínio cognitivo. A busca foi conduzida em várias bases de dados, utilizando descritores específicos. Os estudos incluídos foram analisados quanto ao impacto dos exercícios físicos no volume e na conectividade do hipocampo, utilizando-se da ressonância magnética morfo estrutural (MRI) e ressonância magnética funcional (fMRI), com avaliação de viés e análise estatística. Resultados: A metanálise incluiu 14 estudos com um total de 1.773 participantes. Os resultados não demonstraram uma relação significativa entre exercícios físicos e aumento do volume do hipocampo ou aumento da conectividade hipocampal. Considerações finais: Não foi observada uma relação de causa e efeito entre exercícios físicos e o aumento do volume do hipocampo, ou mesmo aumento da conectividade hipocampal, utilizando-se MRI ou fMRI. A melhoria da cognição estimulada pelo exercício físico em idosos pode estar relacionada a mecanismos advindos da neuroplasticidade ainda não identificados por exames de neuroimagem.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
BittencourtR. J., SouzaG. de, BarbosaI. G., CavalcanteP. A. Y., & NobreT. M. (2025). Avaliação morfofuncional do hipocampo em idosos após exercício físico: revisão sistemática com metanálise. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(5), e20483. https://doi.org/10.25248/reas.e20483.2025
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. BALBIM GM, et al. Aerobic exercise training effects on hippocampal volume in healthy older individuals: a meta-analysis of randomized controlled trials. GeroScience, 2024; 46: 2755-64.

2. BEAR MF, et al. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2017; 4: 846-853.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes metodológicas: elaboração de revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados, 2020.

4. BURKE SN e BARNES CA. Neural plasticity in the ageing brain. Nat Rev Neurosci, 2006; 7(1): 30-40.

5. CARMONA RH e LIPONIS M. Integrative Preventive Medicine. Capítulo 16: Aging, Brain Plasticity, and Integrative Preventive Medicine. Michael M. Merzenich. Nova Iorque: Oxford University Press, 2017; 300-331.

6. CASTRO CPN, et al. Exercício físico e neuroplasticidade hipocampal: Revisão de literatura. Vittalle – Revista de Ciências da Saúde, 2017; 29(2): 57-78.

7. CAVANAUGH JC e BLANCHARD-FIELDS F. Adult development and aging. Boston: Cengage Learning; 2015; 7: 496.

8. CHEUNG MWL. Modeling dependent effect sizes with three-level meta-analyses: a structural equation modeling approach. Psychological methods, 2014; 19(2): 211-29.

9. CEPAL. COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Envejecimiento en América Latina y el Caribe: inclusión y direitos de las personas mayores. Santiago (CL), 2022; 187.

10. DIAS RG, et al. Diferenças nos aspectos cognitivos entre idosos praticantes e não praticantes de exercício físico. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 2014; 63(4): 326-31.

11. FLOEL A, et al. Physical activity and memory functions: are neurotrophins and cerebral gray matter volume the missing link? NeuroImage, 2010; 49(3): 2756-63.

12. FUCHS E e FLÜGGE G. Adult neuroplasticity: more than 40 years of research. neural plasticity, 2014; 541870: 10.

13. HIGGINS JPT, et al. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions. chichester: John Wiley & Sons, 2019; 2.

14. JONATHAN ACS, et al. RoB 2: a revised tool for assessing risk of bias in randomised trials. Research Methods and Reporting, 2019; 366: 4898.

15. KANDEL ER, et al. Princípios de neurociência. Porto Alegre: Artmed, 2014; 5: 1159-1160.

16. MATTHEW JP, et al. A declaração PRISMA 2020: diretriz atualizada para relatar revisões sistemáticas. epidemiologia e serviços de saúde, 2022; 31(2): 2022107.

17. NORMAN DOIDGE. O cérebro que cura. São Paulo: Editora Record, 2016; 3: 560.

18. PETERS JL, et al. Contour-enhanced meta-analysis funnel plots help distinguish publication bias from other causes of asymmetry. J Clin Epidemiol, 2008; 61(10): 991-6.

19. R CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. Vienna: R Foundation for Statistical Computing, 2023; 3917.

20. TIEPPO C. Uma viagem pelo cérebro: a via rápida para entender neurociência. São Paulo: Editora Conectomus, 2019; 1: 304.