Associação entre o uso de drogas estimulantes e desempenho acadêmico em estudantes de medicina da cidade do Rio de Janeiro
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Resumo
Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico de estudantes de medicina no município do Rio de Janeiro e identificar a correlação entre uso de estimulantes cognitivos, desempenho acadêmico, níveis de estresse e saúde mental. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, observacional e descritivo com estudantes de medicina do 1º ao 6º ano de universidades particulares do Rio de Janeiro. Um questionário com questões padronizadas foi aplicado online entre maio de 2018 e maio de 2024. Resultados: Dos 169 estudantes, 34,9% relataram usar estimulantes, predominantemente no 3º período. Entre esses, 47,6% perceberam melhora no desempenho acadêmico, 29,8% não notaram diferença e 26,4% estavam indecisos. Além disso, 71,6% dos estudantes relataram aumento na ansiedade após o ingresso no curso, sendo a véspera de provas o período de maior ansiedade para 62,1% dos alunos. Quanto ao uso de bebidas energéticas, 46,1% relataram consumo regular ou ocasional. Conclusão: O uso de estimulantes mostrou efeitos variados no desempenho acadêmico e na saúde mental dos estudantes, destacando a necessidade de maior atenção das universidades aos impactos na ansiedade e no uso de substâncias estimulantes para manter o rendimento acadêmico.
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