Perfil epidemiológico de suicídios e lesões autoprovocadas em Goianésia do Pará (2018–2023)
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de lesões autoprovocadas e óbitos por suicídio no município de Goianésia do Pará entre 2018 e 2023, identificando características sociodemográficas, métodos utilizados e locais de ocorrência. Métodos: Estudo descritivo-exploratório com análise de dados secundários obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para lesões autoprovocadas e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para óbitos por suicídio. Foram analisadas variáveis como sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, métodos utilizados e local de ocorrência. Resultados: Do total de 69 casos registrados, observou-se que as mulheres representaram 55,1% das lesões autoprovocadas, enquanto os homens predominaram nos óbitos (66,7%); Adolescentes (12-17 anos) concentraram 18,8% das lesões, enquanto idosos (≥72 anos) representaram 33,3% dos óbitos; a população parda foi a mais afetada (78,3% das lesões e 66,7% dos óbitos)e residência foi o principal local de ocorrência (68,1% das lesões e 66,7% dos óbitos). Conclusão: Esses achados evidenciam a necessidade urgente de políticas públicas intersetoriais que considerem as particularidades locais, com ações específicas para a prevenção primária focada em adolescentes, a identificação precoce de risco em idosos, e restrição de acesso a métodos letais no ambiente doméstico.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ANGERANI-CAMON VA. Psicologia da Saúde: um novo significado para a prática clínica. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
3. BACHMANN S. Epidemiologyof Suicide andthePsychiatric Perspective. Int J Environ Res Public Health. 2018;15(7):1425.
4. BAHLS SC, BOTEGA NJ. Epidemiologia das tentativas de suicídio e dos suicídios. In: MELLO MF, MELLO AAF, KOHN R (Eds.). Epidemiologia da Saúde mental no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2007. p.151-71.
5. BAPTISTA MN. Suicídio e Depressão: Atualizações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
6. BAHIA CA, et al. Notificações e internações por lesão autoprovocada em adolescentes no Brasil, 2007-2016. EpidemiolServ Saúde. 2020;29(2):e2019066.
7. BOTEGA NJ. Suicídio: saindo da sombra em direção a um Plano Nacional de Prevenção. RevBras Psiquiatr. 2007;29(1):7-8.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. Mortalidade por suicídio e notificações de lesões autoprovocadas no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2021;33.
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Suicídio: Saber agir e prevenir. Boletim Epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde, 2017;48(30).
10. BRAUN BF, et al. Perfil epidemiológico dos casos de tentativa de suicídio: revisão integrativa. Rev Eletrônica Saúde Mental Álcool Drogas. 2023;19(1):112-22.
11. BRZOZOWSKI FS, et al. Suicide time trends in Brazilfrom 1980 to 2005. Cad Saúde Pública. 2010;26(7):1293-301.
12. CARVALHO MMG, et al. Violência autoprovocada e suicídio: caracterização epidemiológica de casos notificados em Santarém-PA. Rev Ft. 2024;28(131):2-12.
13. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de ética profissional do Psicólogo. Brasília: CFP, 2005.
14. DIAS ML. Suicídio: testemunhos de adeus. São Paulo: Brasiliense, 1997.
15. DURKHEIM É. O suicídio. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
16. FUKUMITSU KO. Suicídio e psicoterapia: uma visão gestáltica. Campinas: Livro Pleno, 2005.
17. GOETTEN IF, et al. Análise de óbitos por suicídio no Amazonas e sua relação com a COVID-19. Braz J Health Rev. 2025;8(1):1-15.
18. LAGUARDIA J, et al. Sistema de informação de agravos de notificação em saúde. EpidemiolServ Saúde. 2004;13(3):135-46.
19. MACHADO DB, SANTOS DN. Suicídio no Brasil, de 2000 a 2012. J Bras Psiquiatr. 2015;64(1):45-54.
20. MACHADO MFS, et al. Políticas Públicas de Prevenção do Suicídio no Brasil. Rev Gestão Polít Públicas. 2014;4(2):334-56.
21. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde. Genebra: OMS, 2000.
22. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Suicídio [Internet]. 2023 [acesso em 03 abr 2023]. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/suicidio
23. PEREIRA SR, et al. Tentativa de suicídio em indígenas no Amazonas. Acervo Saúde. 2023;23(10):e13132.
24. SILVA MSD, et al. Perfil epidemiológico das notificações de lesão autoprovocada no Acre. Braz J Health Rev. 2021;4(2):6321-33.
25. SOARES FC, et al. Tendência de suicídio no Brasil de 2011 a 2020. Rev Panam Salud Publica. 2022;46:e212.
26. TURECKI G, BRENT DA. Suicide andsuicidalbehaviour. Lancet. 2016;387(10024):1227-39.
27. VIDAL CEL, et al. Tentativas de suicídio: fatores prognósticos. Cad Saúde Pública. 2013;29(1):175-87.
28. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Preventing suicide: a global imperative. Genebra: WHO, 2014.
29. WORLD HEALTH ORGANIZATION. PreventionofSuicidalBehaviours. Genebra: WHO, 2017.
30. WERLANG BSG, BOTEGA NJ. Comportamento suicida. Porto Alegre: Artmed, 2004.