Perfil epidemiológico de suicídios e lesões autoprovocadas em Goianésia do Pará (2018–2023)

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Junior da Silva Gomes
Maria Eduarda Silva Santos
Wanessa Figueira Nunes de Matos
Marcio André Neves Bastos
Marcos Mickael Gomes Carvalho
Glauciney Pereira Gomes
Guilherme Augusto Barros Conde
Valney Mara Gomes Conde

Resumo

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de lesões autoprovocadas e óbitos por suicídio no município de Goianésia do Pará entre 2018 e 2023, identificando características sociodemográficas, métodos utilizados e locais de ocorrência. Métodos: Estudo descritivo-exploratório com análise de dados secundários obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para lesões autoprovocadas e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para óbitos por suicídio. Foram analisadas variáveis como sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, métodos utilizados e local de ocorrência. Resultados: Do total de 69 casos registrados, observou-se que as mulheres representaram 55,1% das lesões autoprovocadas, enquanto os homens predominaram nos óbitos (66,7%); Adolescentes (12-17 anos) concentraram 18,8% das lesões, enquanto idosos (≥72 anos) representaram 33,3% dos óbitos; a população parda foi a mais afetada (78,3% das lesões e 66,7% dos óbitos)e residência foi o principal local de ocorrência (68,1% das lesões e 66,7% dos óbitos). Conclusão: Esses achados evidenciam a necessidade urgente de políticas públicas intersetoriais que considerem as particularidades locais, com ações específicas para a prevenção primária focada em adolescentes, a identificação precoce de risco em idosos, e restrição de acesso a métodos letais no ambiente doméstico.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
GomesJ. da S., SantosM. E. S., MatosW. F. N. de, BastosM. A. N., CarvalhoM. M. G., GomesG. P., CondeG. A. B., & CondeV. M. G. (2025). Perfil epidemiológico de suicídios e lesões autoprovocadas em Goianésia do Pará (2018–2023). Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(5), e20501. https://doi.org/10.25248/reas.e20501.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5, DiagnosticandStatistical Manual of Mental Disorders. 5th ed. Arlington: American PsychiatricPublishing, 2013.

2. ANGERANI-CAMON VA. Psicologia da Saúde: um novo significado para a prática clínica. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014.

3. BACHMANN S. Epidemiologyof Suicide andthePsychiatric Perspective. Int J Environ Res Public Health. 2018;15(7):1425.

4. BAHLS SC, BOTEGA NJ. Epidemiologia das tentativas de suicídio e dos suicídios. In: MELLO MF, MELLO AAF, KOHN R (Eds.). Epidemiologia da Saúde mental no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2007. p.151-71.

5. BAPTISTA MN. Suicídio e Depressão: Atualizações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

6. BAHIA CA, et al. Notificações e internações por lesão autoprovocada em adolescentes no Brasil, 2007-2016. EpidemiolServ Saúde. 2020;29(2):e2019066.

7. BOTEGA NJ. Suicídio: saindo da sombra em direção a um Plano Nacional de Prevenção. RevBras Psiquiatr. 2007;29(1):7-8.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. Mortalidade por suicídio e notificações de lesões autoprovocadas no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2021;33.

9. BRASIL. Ministério da Saúde. Suicídio: Saber agir e prevenir. Boletim Epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde, 2017;48(30).

10. BRAUN BF, et al. Perfil epidemiológico dos casos de tentativa de suicídio: revisão integrativa. Rev Eletrônica Saúde Mental Álcool Drogas. 2023;19(1):112-22.

11. BRZOZOWSKI FS, et al. Suicide time trends in Brazilfrom 1980 to 2005. Cad Saúde Pública. 2010;26(7):1293-301.

12. CARVALHO MMG, et al. Violência autoprovocada e suicídio: caracterização epidemiológica de casos notificados em Santarém-PA. Rev Ft. 2024;28(131):2-12.

13. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de ética profissional do Psicólogo. Brasília: CFP, 2005.
14. DIAS ML. Suicídio: testemunhos de adeus. São Paulo: Brasiliense, 1997.

15. DURKHEIM É. O suicídio. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

16. FUKUMITSU KO. Suicídio e psicoterapia: uma visão gestáltica. Campinas: Livro Pleno, 2005.

17. GOETTEN IF, et al. Análise de óbitos por suicídio no Amazonas e sua relação com a COVID-19. Braz J Health Rev. 2025;8(1):1-15.

18. LAGUARDIA J, et al. Sistema de informação de agravos de notificação em saúde. EpidemiolServ Saúde. 2004;13(3):135-46.

19. MACHADO DB, SANTOS DN. Suicídio no Brasil, de 2000 a 2012. J Bras Psiquiatr. 2015;64(1):45-54.

20. MACHADO MFS, et al. Políticas Públicas de Prevenção do Suicídio no Brasil. Rev Gestão Polít Públicas. 2014;4(2):334-56.

21. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde. Genebra: OMS, 2000.

22. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Suicídio [Internet]. 2023 [acesso em 03 abr 2023]. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/suicidio

23. PEREIRA SR, et al. Tentativa de suicídio em indígenas no Amazonas. Acervo Saúde. 2023;23(10):e13132.

24. SILVA MSD, et al. Perfil epidemiológico das notificações de lesão autoprovocada no Acre. Braz J Health Rev. 2021;4(2):6321-33.

25. SOARES FC, et al. Tendência de suicídio no Brasil de 2011 a 2020. Rev Panam Salud Publica. 2022;46:e212.

26. TURECKI G, BRENT DA. Suicide andsuicidalbehaviour. Lancet. 2016;387(10024):1227-39.

27. VIDAL CEL, et al. Tentativas de suicídio: fatores prognósticos. Cad Saúde Pública. 2013;29(1):175-87.

28. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Preventing suicide: a global imperative. Genebra: WHO, 2014.

29. WORLD HEALTH ORGANIZATION. PreventionofSuicidalBehaviours. Genebra: WHO, 2017.

30. WERLANG BSG, BOTEGA NJ. Comportamento suicida. Porto Alegre: Artmed, 2004.