Atendimento odontológico de emergência: um estudo transversal
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Resumo
Objetivo: Investigar emergências odontológicas em adultos com 18 anos ou mais que buscaram atendimento não programado em Clínicas de Estágio de Emergência Odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (FO-UFJF), analisando fatores demográficos, socioeconômicos e perfis de atendimento. Métodos: Foram entrevistados 250 pacientes ao longo de seis meses. Após o atendimento, os participantes responderam a um questionário estruturado com informações demográficas, socioeconômicas e odontológicas, incluindo motivos da consulta e necessidade de retorno. Foram realizadas análises descritivas e testes estatísticos (qui-quadrado de Pearson, exato de Fisher e teste de tendência linear) para avaliar associações entre variáveis. Resultados: A maioria dos pacientes (58%) eram mulheres, com idades entre 18 e 84 anos e baixa renda (menos de um salário-mínimo). As principais demandas envolveram procedimentos restauradores, protéticos ou endodônticos, especialmente entre pacientes em primeira visita (60,8%). Houve maior solicitação de próteses entre indivíduos com mais de 56 anos (p=0,05) e maior resolutividade em casos restauradores (p=0,013). Casos endodônticos frequentemente exigiram radiografias (p=0,017). Conclusão: Usuários eram majoritariamente mulheres com idade média de 50 anos e baixa condição socioeconômica. A maioria procurou o serviço pela primeira vez, com queixas resolvidas, na maioria das vezes, e necessidade de encaminhamento para continuidade do tratamento odontológico.
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