Taxa de mortalidade e uso de anticoagulantes em uma unidade de terapia intensiva do Distrito Federal, Brasil

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Cyntia Elizabeth Fonseca Bosco Galvão
Taynara Gomes Aguiar
Dayani Galato

Resumo

Objetivo: Analisar a taxa de mortalidade e o uso de anticoagulantes em pacientes da unidade de terapia intensiva de um Hospital público do Distrito Federal. Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, transversal, no qual foram coletados dados de pacientes com 18 anos ou mais, em uso ou não de anticoagulantes, ocorrência de sangramento ou trombos e desfechos durante o período que estiveram internados entre julho/2021 a junho/ 2023. Resultados: Foram analisados 168 pacientes, destes 87 (51,7%) evoluíram para óbito. Os motivos de internação de maior frequência estavam relacionados às doenças infecciosas (24,4%) e aos pós-operatórios (31,0%). A maioria dos pacientes (92,9%) possuíam score de Pádua elevado e 73,8% dos pacientes utilizaram anticoagulantes. A enoxaparina foi o anticoagulante mais prescrito e a heparina não fracionada esteve associada à mortalidade. Além disso, o sexo (p=0,770) e a idade (p=0,210) não demonstraram associação com a mortalidade, porém a menor taxa de filtração glomerular (p<0,001), obesidade (p<0,009) e plaquetopenia (p<0,001) apresentaram. Conclusão: A mortalidade na unidade foi alta podendo estar relacionada à complexidade dos pacientes e a fatores de risco como doença renal, sepse e maior idade. A maioria dos pacientes recebeu tromboprofilaxia, demonstrando segurança da equipe de saúde sobre os benefícios dessa farmacoterapia.

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Como Citar
GalvãoC. E. F. B., AguiarT. G., & GalatoD. (2025). Taxa de mortalidade e uso de anticoagulantes em uma unidade de terapia intensiva do Distrito Federal, Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(6), e20568. https://doi.org/10.25248/reas.e20568.2025
Seção
Artigos Originais

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