Estudo sobre antibioticoterapia em pacientes oncológicos: indicações e principais drogas empregadas

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Higor Henrique Paz Rocha Oliveira
João Antônio da Cruz Costa
João Pedro Discacciati Siervo
Matheus Henrique de Santana Tonussi
Pedro Antônio Ochoa Stigert de Sá
Flaviany Custódio Faria

Resumo

Objetivos: Analisar os casos em que o emprego de antibióticos é mais adequado para pacientes oncológicos; identificar e debater sobre os principais tipos de drogas utilizadas e identificar quais as melhores estratégias para otimização do uso dos antibióticos, a fim de aumentar a segurança do paciente. Métodos: Estudo observacional e transversal de pacientes oncológicos. A análise microbiana foi realizada em parceria com a equipe de infectologia do hospital, analisando as culturas. A população foi constituída por todos os pacientes que apresentaram culturas positivas para bactérias. A amostragem foi realizada por conveniência, de acordo com os resultados das culturas. Resultados: Os resultados desse estudo demonstraram associações estatisticamente significativas (p<0,05), com resistência as drogas Sulfametazol + Trimetropim (SUT), Piperacilina-tazobactam (PTZ), Gentamicina (GT), Ceftazidima (CAZ) relacionadas com o desfecho dos pacientes. Quanto ao desfecho geral dos pacientes, 93 pacientes (73,2%) tiveram alta hospitalar e 34 pacientes (26,8% foram a óbitos. A neoplasia maligna mais encontrada no presente estudo foi câncer de cólon (15,7%), na sequência câncer de próstata (15%) e a seguir, Linfoma de Hodgkin (12,6%). Conclusão: A mera prescrição, sem uma fundamentação adequada, pode levar ao maior sofrimento do paciente, sem um controle de cura e manejos inadequados.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
OliveiraH. H. P. R., CostaJ. A. da C., SiervoJ. P. D., TonussiM. H. de S., SáP. A. O. S. de, & FariaF. C. (2025). Estudo sobre antibioticoterapia em pacientes oncológicos: indicações e principais drogas empregadas. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(6), e20758. https://doi.org/10.25248/reas.e20758.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. AVERBUCH D, et al. European guidelines for empirical antibacterial therapy for febrile neutropenic patients in the era of growing resistance: summary of the 2011 4th European Conference on Infections in Leukemia. Haematologica, 2013; 98(12).

2. AVORN J e SOLOMON DH. Cultural and Economic factors that (mis)shape antibiotic use: the nonpharmacologic basis of therapeutics. Annals of Internal Medicine, 2000; 133(2): 128-135.

3. AZEVEDO MEF. Identificação de Enterococcus spp. e Avaliação da ocorrência de genes de resistência à vancomicina em amostras de pacientes de hospitais de Manaus, AM. Tese (Doutorado em Fisiopatologia em Clínica Médica) - Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia em Clínica Médica, Botucatu, 2013.

4. BAPTISTA MGFM. Mecanismos de Resistência aos Antibióticos. Dissertação (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas) - Faculdade de Ciências e Tecnologias da Saúde, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2013.

5. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria. No 2616, 12 de maio de 1998.

6. BROOM J, et al. Why is optimisation of antimicrobial use difficult at the end of life? Internal Medicine Journal, 2019; 49(2): 269-271.

7. BUCANEVE G, et al. Results of a multicenter, controlled, randomized clinical trial evaluating the combination of piperacillin/tazobactam and tigecycline in high-risk hematologic patients with cancer with febrile neutropenia. J. Clin. Oncol., 2014; 32: 1463-1471.

8. FREIFELD AG, et al. Clinical practice guideline for the use of antimicrobial agent sin neutropenic patients with cancer: 2010 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin. Infect. Dis, 2011; 52: 5693.

9. FUCHS FD. Princípios Gerais de uso de antimicrobianos. In: Fuchs F, Wannamacher L, Ferreira M, editors. Farmacologia Clínica - Fundamentos da Terapêutica Racional. Rio de Janeiro, 2004: Guanabara Koogan; 2004; 3: 342.

10. GUIMARÃES DO, et al. Antibióticos: importância terapêutica e perspectivas para a descoberta e desenvolvimento de novos agentes. Quim. Nova, 2010; 33(3): 667-679.

11. IPAC. INFECTION PREVENTION AND CONTROL. Canada. Program Standard. Can J Infect Control. 2016; 30: 1-97.

12. LEE SF. Antibiotics in palliative care: less can be more. Recognising overuse is easy. The real challenge is judicious prescribing. BMJ Support Palliat Care, 2018; 8(2): 187-188.

13. NAUROIS J, et al. Management of febrile neutropenia: ESMO clinical practice guidelines. Ann. Oncol, 2010; 21: 252-256.

14. PEREIRA NML, et al. Manejo e Prevenção de Reações Adversas da Quimioterapia Antineoplásica com Platinas em Pacientes com Cânceres Esofágico e Gástrico: Revisão Sistemática da Literatura. Rev Bras Cancerol, 2021.

15. RIBEIRO-SANTOS G. Quimioterapia do Câncer: Imunossupressão x Imunoestimulação, 2025; 2(3).

16. SANTOS CDSM. Visão de futuro para produção de antibióticos: tendências de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Tese (Doutorado em Ciências) - Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos, Rio de Janeiro, 2014.

17. SANTOS MDO, et al. Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, 2023- 2025. Rev Bras Cancerol, 2023 [citado 25 de fevereiro de 2025]; 69(1).

18. SAWADA NO, et al. Avaliação da qualidade de vida de pacientes com câncer submetidos à quimioterapia. Rev. Esc. Enferm. USP, 2009; 43(3): 581–7.

19. STORR J, et al. Core components for effective infection prevention and control programmes: new WHO evidence-based recommendations. Antimicrob Resist Infect Control, 2017.

20. TORTORA GJ, et al. Microbiologia. Riode Janeiro, Artmed, 2012; 10.

21. TUMBARELLO M, et al. Infections caused by KPC-producing Klebsiella pneumoniae: differences in therapy and mortality in a multicentre study. J. Antimicrob. Chemother, 2015; 70: 2133-2143.

22. WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines on Core Components of Infection Prevention and Control Programmes at the National and Acute Health Care Facility Level. World Health Organization, 2016.