Série histórica revela baixa cobertura vacinal e altas taxas de lesões de alto grau/CCU na região do Xingu, Pará, Amazônia, Brasil
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Resumo
Objetivo: Analisar a cobertura vacinal anti-HPV e a prevalência de lesões de alto grau/CCU em exames citopatológicos na região do Xingu antes e após a introdução da vacina anti-HPV. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo, transversal e analítico, utilizou-se dados do SIPNI (2014–2022) e InforMS (2023–2024) para cálculo da cobertura vacinal, e dos sistemas SISCOLO (2000–2013) e SISCAN (2013–2024) para prevalência de Lesão Intraepitelial Escamosa. Foram comparados os períodos pré (2004–2013) e pós-vacina (2015–2024), com análise estratificada por município e faixa etária (25–64 anos). Dados populacionais foram obtidos do DATASUS.Resultados: Durante o período de 2014 a 2024, nenhum município da região do Xingu alcançou sequer metade da meta vacinal de 90% de cobertura. O maior registro de cobertura foi em 2014, com 33,4%, e o menor, de 2,1%. Em relação à prevalência de lesões de alto grau, observou-se um aumento significativo no período pós-vacinação, atingindo 14,42 casos por 10 mil habitantes em 2024, um crescimento acentuado em relação a 2013(2,68/10 mil). Conclusão: A baixa cobertura vacinal e o aumento na prevalência de lesões neoplásicas sugerem desafios na efetividade da vacinação anti-HPV na região do Xingu, exigindo estratégias adaptadas às particularidades locais.
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