Avaliação do controle da frequência cardíaca durante internação por Infarto Agudo do Miocárdio e sua relação com desfechos clínicos

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Bianca Miranda Gouveia
Vitor Bruno Teixeira de Holanda
Lucianna Serfaty de Holanda

Resumo

Objetivo: Avaliar o controle da frequência cardíaca durante internação por infarto agudo do miocárdio e sua relação com desfechos clínicos. Métodos: Coorte retrospectivo, tipo observacional descritivo, não intervencionista. Realizado com 222 pacientes internado no período de abril a julho de 2024 em um hospital referência em cardiologia no estado do Pará. Resultados: Entre os pacientes que atingiram meta de frequência cardíaca controlado durante a internação, houve apenas 1 óbito, enquanto os que não atingiram a meta obtiveram 19 óbitos, além de mais choque cardiogêncio e novo infarto durante a internação. A frequência cardíaca elevada aumenta o risco de reinternação, novo infarto e morte. Podem ser usados medicamentos para realizar o controle, sendo a principal classe a de betabloqueadores. Conclusão: O uso de medicamentos, incluindo betabloqueadores, para realizar o controle de frequência cardíaca é imprescindível após evento de infarto agudo do miocárdio. Na prática, a inércia terapêutica durante a internação impacta em desfechos negativos para esses pacientes.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
GouveiaB. M., HolandaV. B. T. de, & HolandaL. S. de. (2025). Avaliação do controle da frequência cardíaca durante internação por Infarto Agudo do Miocárdio e sua relação com desfechos clínicos. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 25(6), e20810. https://doi.org/10.25248/reas.e20810.2025
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ABI KHALIL C, et al. Beta-blockers and Short-term cardiovascular outcomes in patients Hospitalized for Acute coronary Syndrome and a Left Ventricular ejection fraction≥ 40%. Scientific Reports, 2020; 10(1): 3520.

2. BARRETTO ACP, et al. Fast up Titration of Carvedilol in Heart Failure Is Safe and Allow Discharging Patients with Full Dosage and the Identification of Those with Worse Prognosis. Journal of Cardiac Failure, 2006; 12(6): 128.

3. BRAZ EHV, et al. Segurança e redução de mortalidade no uso de beta-bloqueadores no infarto agudo do miocárdio. Estudos Avançados sobre Saúde e Natureza, 2022; 4: 223-226.

4. BYRNE RA, et al. 2023 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes: developed by the task force on the management of acute coronary syndromes of the European Society of Cardiology (ESC). European Heart Journal: Acute Cardiovascular Care, 2024; 13(1): 55-161.

5. CÉSAR LAM. Freqüência cardíaca e risco cardiovascular. Revista da Associação Médica Brasileira, 2007; 53: 456-459.

6. CULLINGTON D, et al. Heart rate as risk factor in patients with chronic heart failure. Eur J Heart Fail, 2012.

7. DÜNGEN HD, et al. Heart rate following short‐term beta‐blocker titration predicts all‐cause mortality in elderly chronic heart failure patients: insights from the CIBIS‐ELD trial. European journal of heart failure, 2014; 16(8): 907-914.

8. FARMAKIS D, et al. Rapid uptitration of guideline-directed medical therapies in acute heart failure with and without atrial fibrillation. Heart Failure, 2024; 12(11): 1845-1858.

9. GREENE SJ, et al. Management of worsening heart failure with reduced ejection fraction: JACC Focus Seminar 3/3. Journal of the American College of Cardiology, 2023; 82(6): 559-571.

10. KONDO T, et al. Efficacy of Dapagliflozin According to Heart Rate: A Patient-Level Pooled Analysis of DAPA-HF and DELIVER. Circulation: Heart Failure, 2023; 16(12): 10898.

11. MACKIEWICZ U, et al. Ivabradine protects against ventricular arrhythmias in acute myocardial infarction in the rat. Journal of Cellular Physiology, 2014; 229(6): 813-823.

12. MĄCZEWSKI M e MACKIEWICZ U. Effect of metoprolol and ivabradine on left ventricular remodelling and Ca2+ handling in the post-infarction rat heart. Cardiovascular research, 2008; 79(1): 42-51.

13. MADDOX TM, et al. ACC expert consensus decision pathway for treatment of heart failure with reduced ejection fraction: a report of the American College of Cardiology Solution Set Oversight Committee. Journal of the American College of Cardiology, 2024; 83(15): 1444-1488.

14. MEBAZAA A, et al. Safety, tolerability and efficacy of up-titration of guideline-directed medical therapies for acute heart failure (STRONG-HF): a multinational, open-label, randomised, trial. The Lancet, 2022; 400(10367): 1938-1952.

15. MELO DSB. Impacto do uso rápido dos betabloqueadores sobre a mortalidade e remodelamento ventricular na insuficiência cardíaca avançada. 2011. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

16. MS. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Campanha Nacional do Infarto do Miocárdio. Brasil, 2022. Disponível em: Infarto — Ministério da Saúde (www.gov.br). Acessado em: 18 de agosto de 2023.

17. MIRANDA-ARBOLEDA AF, et al. Factores predictores de mortalidad en pacientes con enfermedad coronaria y compromiso del tronco principal izquierdo. Revista Colombiana de Cardiología, 2022; 29(6): 629-639.

18. NICOLAU JC, et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre angina instável e infarto agudo do miocárdio sem supradesnível do segmento ST–2021. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2021; 117: 181-264.

19. NICOLAU JC, et al. The Use of oral beta-blockers and clinical outcomes in patients with non-ST-Segment Elevation Acute Coronary Syndromes: a long-term follow-up study. Cardiovascular drugs and therapy, 2018; 32: 435-442.

20. PATOLIA H, et al. Implementing guideline-directed medical therapy for heart failure: JACC Focus Seminar 1/3. Journal of the American College of Cardiology, 2023; 82(6): 529-543.

21. PIEGAS LS, et al. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST. Arquivos brasileiros de cardiologia, 2015; 105: 1-121.

22. RAO SV, et al. ACC/AHA/ACEP/NAEMSP/SCAI guideline for the management of patients with acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. Circulation, 2025; 151(13): 771-862.

23. SILVA JSN, et al. Além do Escore GRACE SCA: É Necessário um Modelo Diferente para Homens e Mulheres após IAMCSST? Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2024; 121(4): 20230060.

24. YNDIGEGN T, et al. Design and rationale of randomized evaluation of decreased usage of beta-blockers after acute myocardial infarction (REDUCE-AMI). European Heart Journal-Cardiovascular Pharmacotherapy, 2023; 9(2): 192-197.

25. ZORNOFF LAM, et al. Perfil clínico, preditores de mortalidade e tratamento de pacientes após infarto agudo do miocárdio, em hospital terciário universitário. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2002; 78(4): 396-405.