Influência do cronotipo na qualidade de vida e trabalho dos profissionais de enfermagem de um hospital universitário
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Resumo
Objetivo: Investigar o perfil cronobiológico de trabalhadores de enfermagem e se estes trabalham em discordância com seu cronotipo, compreendendo os impactos na qualidade de vida e trabalho. Métodos: Trata-se de estudo transversal, quantitativo e descritivo, realizado com profissionais de enfermagem de um hospital universitário de Belo Horizonte. Aplicou-se questionário cadastral; Questionário para Identificação de Indivíduos Matutinos e Vespertinos de Horne e Ostberg (1976) e Questionário de Fadiga de Yoshitake. Resultados: Participaram 67 enfermeiros e técnicos de enfermagem. As variáveis foram apresentadas de maneira descritiva e analítica (Teste da Soma de Postos de Wilcoxon e Teste exato de Fisher), com nível de significância de 5%. Majoritariamente, os profissionais dormem menos que o recomendado, havendo casos extremos de 2 a 5 horas por noite. Hábitos nocivos à saúde foram mais prevalentes nos sujeitos do turno noturno. Prevaleceu o cronotipo indiferente. Poucos trabalham em discordância com seu cronotipo e apenas parte desses apresenta prejuízos à saúde. Observou-se baixo nível de fadiga entre os participantes. Conclusão: Constatou-se contribuições relevantes para análises do comportamento dos profissionais de enfermagem quanto aos hábitos de sono. As limitações incluem o baixo número amostral e a não equivalência do quantitativo de profissionais do turno noturno e diurno, que impossibilita generalizações.
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