Fragilidade e polifarmácia como determinantes de quedas em pessoas idosas: evidências para a atuação multiprofissional na atenção primária à saúde
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Resumo
Objetivo: Estimar a prevalência de quedas e analisar sua associação com a polifarmácia, a capacidade funcional e o uso de medicamentos potencialmente inapropriados para pessoas idosas atendidas na atenção primária à saúde. Métodos: Trata-se de estudo transversal realizado com 100 idosos no Nordeste do Brasil. Utilizou-se para coleta de dados a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e a Força de Preensão Manual. As variáveis explanatórias para o desfecho “Quedas” foram agrupadas de acordo com as características demográficas e avaliação da pessoa idosa. Realizaram-se as análises descritivas e bivariadas, seguidas da análise de Regressão Múltipla de Poisson. Resultados: Foi encontrada uma média de 71,5 anos de idade (DP: 6,08-6,34) com predominância do sexo feminino (68%). A prevalência de quedas foi de 42% e os fatores associados à ocorrência de quedas foram a polifarmácia (p = 0,015; RP: 5,04; IC95% 1,36-18,6), força de preensão manual fraca (p = 0,414; RP: 1,81; IC95% 0,43-7,63) e idade de 75 anos (p = 0,001; RP: 1,05; IC95% 1,02-1,09). A maioria dos participantes apresentou uma ou mais doenças crônicas. Conclusão: A interação entre quedas, polifarmácia e a Força de Preensão Manual destaca a importância da APS na prevenção de quedas e promoção do envelhecimento ativo.
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